Dia Mundial da Preservação Digital 2020: Brasil celebra data com ampla programação de palestras
O Dia Mundial da Preservação Digital é realizado na última quinta-feira de todo mês de novembro. A data foi criada pela Digital Preservation Coalition (DPC), organização sediada no Reino Unido que busca garantir a preservação de recursos digitais e proteger a memória digital global.
Este ano, a data será celebrada no dia 5 de novembro, com atividades e eventos simultâneos em diversos países. Com o tema "Digits: for Good", o Dia Mundial da Preservação Digital 2020 é uma oportunidade de conectar a comunidade de preservação digital e celebrar o impacto positivo que a preservação digital teve em um ano de pandemia, que viu uma dependência repentina e global de informações e infraestrutura digital.
Para celebrar a data, a Rede Cariniana (Rede Brasileira de Serviços de Preservação Digital- Ibict) e o Grupo de Pesquisa Dríade vão realizar um evento online e gratuito, com uma ampla programação de palestras com especialistas de diversas instituições do Brasil e da América Latina.
O evento busca criar uma maior consciência sobre a importância da preservação digital com o objetivo de gerar um entendimento mais amplo que permeia todos os aspectos da sociedade - negócios, formulação de políticas e boas práticas.
As palestras acontecem no dia 5 de novembro e serão transmitidas ao vivo pelo canal da Rede Cariniana no Youtube.
Confira a programação:
8h – Abertura - Miguel Angel Márdero Arellano – IBICT/Rede Cariniana
8h30 - Daniel Villanueva - UNAM
“Lapreservación digital em la UNAM a través de CLOCKSS”.
9:00 - BrendaC. B. Rocco - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO
“Variáveis da preservação Digital: mais do que uma questão técnica”
Apresenta as demais variáveis que agem sobre a preservação.
9h30 - Fabiano Couto Corrêa - UFRGS
“Panorama das iniciativas de preservação digital de dados científicos”
Mapeamento de iniciativas em âmbito acadêmico e governamental.
10h - MillardSchisler – Instituto Moreira Salles
“Preservação digital – como isto será pago?”
10h30 - José CarlosAbbud Grácio - UNESP
“Modelo para elaboração de política de preservação digital”
O modelo para elaboração de políticas de preservação digital de documentos de arquivo para instituições de ensino superior a partir do caso da Unesp.
11h - ElaVilla - Pontificia Universidad Católica del Perú
JulioSantillan– Universidade de Brasília
“Preservação digital no Peru: primeiros alcances normativos”
A preservação digital no Peru é uma questão ainda não abordada teoricamente, e as práticas em instituições públicas e privadas ainda são bastante incipientes e isoladas. Neste documento, identificamos alguns elementos relacionados à preservação digital na legislação voltada para consolidar o Governo Digital e a Transformação Digital no Peru.
11h30 - Pablo Gobira- State University of Minas Gerais/UEMG
"A insuficiência das técnicas clássicas de preservação digital para a conservação estética das artes digitais"
Considerações acerca dos métodos clássicos de preservação digital dos objetos digitais vistos da perspectiva da preservação digital das artes e das artes digitais.
12h - Marisa de Giusti – Universidad de La Plata
“Las actividades dedicadas a la preservación que llevan adelante um repositorio de acceso abierto”.
12h30 - Andréa Gonçalves - FIOCRUZ
“Teoria e prática da preservação digital em repositórios institucionais”
Relato de experiência sobre a adoção de políticas e práticas de preservação digital no repositório institucional Arca da Fiocruz.
13h - Ana Paula Araújo Cabral da Silva–Biblioteca da Faculdade de Medicina da UFRGS
"Digitalizar para preservar e divulgar"
Relato de experiências no uso da digitalização com o propósito de preservação de documentos, ampliando sua divulgação e oportunidades de utilização.
13h30 - Caterina Pavão e Moises Rokembach- UFRGS
"Preservação da web na UFRGS"
14h - Vanderlei Batista dos Santos – Câmara dos Deputados
“A telecinagem de filmes da década de 1970”
14h30 - Marco Dreer Buarque, João Guilherme Nogueira Machado, Eliane Batista Pontes- FIOCRUZ
“Plano de preservação digital da VídeoSaúde: estratégias para a gestão de documentos audiovisuais”
15h - Magda Almada– UGB/FIOCRUZ
"Preservação digital de acervos sonoros da área da saúde"
15h30 - Kadidja Valéria Reginaldo Oliveira - PPGCINF/UnB
“A diversidade linguística brasileira: registro, documentação e preservação digital”
16h - Lídia Brandão Toutain e Joseana Oliveira da Cruz– UFBA
“Preservação digital na UFBA: foco no material audiovisual”
16h30 - Anna Carla Almeida Mariz – UNIRIO
“Preservação digital de acervos fotográficos pessoais”
17h - Sonia Araújo de Assis Boeres – CAPES
“Metodologia para análise da preservação digital e do acesso pós cancelamento no Portal da CAPES”
17h30 - Charlley Luz – FESPSP
Ana Van Meegen - Arquivo de Amsterdã
“Diálogo de Preservação: Brasil-Holanda”
18h - Rafael Augusto Mendes Rosa e Thiara de Almeida Costa– UnB
“Proposta de plano de preservação digital para o Arquivo Central da Universidade de Brasília”
18h30 - Tiago Braga e Alexandre Faria de Oliveira – Ibict
“A pesquisa científica e a criação de arquivos digitais confiáveis”
19h - Joaquim Marçal Andrade – Biblioteca Nacional Digital
“A Preservação como vocação: a trajetória da Biblioteca Nacional - do analógico ao digital”
19h30 - Sessão de Encerramento
Todos os palestrantes
Carolina Cunha
Núcleo de Comunicação Social do Ibict
Inscrições abertas para o seminário Gestão de dados científicos: preservação digital e repositório institucional
No dia 3 de novembro, das 14h às 16h, acontece o seminário “Gestão de dados científicos: preservação digital e repositório institucional", promovido pela Biblioteca da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP).
O evento conta com palestras de Fátima de Lourdes Nunes Marques, professora da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP e responsável pelo repositório de dados da universidade, e Miguel Márdero Arellano, coordenador da Rede Brasileira de Serviços de Preservação Digital (Cariniana-Ibict).
A primeira metade do seminário vai abordar conceitos sobre preservação digital de dados científicos, preservação digital colaborativa e boas práticas para repositórios institucionais de dados. Na segunda metade, será apresentado o repositório de dados científicos da Universidade de São Paulo, sua política de dados e de apoio aos pesquisadores.
As vagas são limitadas. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no link:
https://doity.com.br/gestao-de-dados-cientificos-preservacao-digital-e-repositorio-institucional/
Palestrantes
Fátima de Lourdes dos Santos Nunes Marques
Superintendência de Tecnologia da Informação da Universidade de São Paulo (STI/USP)
Professora titular da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP. Suas pesquisas são predominantemente na área de Computação, com ênfase em Realidade Virtual, Processamento de Imagens, Recuperação de dados multimídia por conteúdo. Integra a coordenação da Superintendência de Tecnologia da Informação e é responsável pelo repositório de dados da USP.
Miguel Ángel Márdero Arellano
Rede Cariniana/Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict)
Doutor em Ciências da Informação pela Universidade de Brasília. Desde 1997, é Tecnologista Senior no Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) e coordenador da Rede Brasileira de Serviços de Preservação Digital - CARINIANA. Experiência em preservação digital, em particular nas seguintes áreas: sistemas eletrônicos de gestão da informação, publicações científicas eletrônicas, Open Journal Systems OJS, Dataverse, ICA-AtoM, Archivematica, repositórios digitais confiáveis, sistemas preservação distribuídos, LOCKSS e bibliotecas digitais.
Carolina Cunha
Núcleo de Comunicação Social do Ibict
Ibict é destaque em pesquisa sobre a produção científica e redes sociais colaborativas de preservação digital no Brasil
A preservação da informação digital é um campo de estudo consolidado na Ciência da Informação. As publicações sobre essa temática tiveram início na década de 1990, mas foi somente a partir do ano 2000 que os estudos ganharam mais força. Mas como a preservação digital vem se desenvolvendo no Brasil e quais são as redes de colaboração científica relacionadas ao tema?
O assunto é abordado no artigo “Preservação digital: estudo exploratório sobre a literatura científica e as redes sociais colaborativas no Brasil”, publicado no dossiê Preservação Digital da revista científica Reciis (Revista Eletrônica de Comunicação Informação e Inovação em Saúde, v. 14, n. 3, 2020). O artigo foi realizado por Aureliana Tavares, doutoranda em Ciência da Informação da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e Isa Maria Freire, professora do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da UFPB.
A pesquisa realizou a revisão de literatura e utilizou a metodologia de Análise de Redes Sociais para identificar a colaboração entre pesquisadores nos processos de produção e comunicação científica na temática da preservação digital. “A relevância de um trabalho como este, que mapeia a produção em uma dada área do conhecimento científico, está tanto no processo quanto no produto: por um lado, conhecer a literatura da área de estudo é fundamental para a pesquisa; por outro lado, conhecer os pesquisadores, os pares, de uma área em que você atua ou irá atuar, sua produção e relações sociais, é relevante para se situar no campo científico”, explica a autora Isa Maria Freire.
A ideia do artigo surgiu a partir da tese de doutorado de Aureliana Tavares, que realizou uma revisão de literatura como parte da pesquisa. Ela apresentou um mapeamento realizado na Base de Dados em Ciência da Informação (BRAPCI), com o objetivo de identificar autores, instituições e periódicos científicos que disseminaram a preservação digital no Brasil entre 2000 e 2019.
Ao analisar a base da BRAPCI, que possui mais de 20 mil itens, Tavares identificou 61 artigos sobre o tema na Ciência da Informação. O estudo destaca ainda 24 periódicos científicos que divulgaram essas pesquisas e 25 instituições onde se concentram os pesquisadores da área.
O levantamento indica que os três periódicos que mais publicaram artigos sobre preservação digital no Brasil são a revista Ciência da Informação, publicada pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), a Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência da Informação, vinculada à Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e a Revista Ibero-Americana de Ciência da Informação, publicada pela Universidade de Brasília (Unb).
O Ibict também se destaca como a instituição brasileira com mais artigos publicados. Em relação ao número de autores filiados, o Ibict e a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) aparecem no topo. Cada instituição tem 12 pesquisadores filiados que desenvolveram estudos sobre preservação digital.
Para a professora Isa, a revisão de literatura indica que existe um interesse crescente pela preservação digital na Ciência da Informação. No entanto, o tema ainda é pouco estudado. “Me chamou atenção a pequena quantidade de artigos publicados. Afinal, a preservação digital é extremamente importante na sociedade em rede, pois representa o caminho possível de guardar, organizar e recuperar informações que, de outro modo, se perderiam. Essa temática precisa se tornar mais relevante e presente no universo de estudo dos pesquisadores da área. É aí que entra o papel do Ibict”.
Na análise sobre autorias, a pesquisa identificou 110 autores que estudaram a preservação digital. Ao analisar a rede de colaboração científica, o indicador utilizado foi o de coautoria dos artigos levantados na busca. Quatro atores da rede se destacaram em número de ligações: Daniel Flores (UFSM), Virgínia Pinto (UFC), Miguel Márdero Arellano (Ibict) e Caterina Pavão (UFRGS) – esses atores também foram os que mais colaboraram nos artigos analisados.
Para Miguel Márdero Arellano, coordenador da Rede Cariniana do Ibict, o estudo é pioneiro ao revelar os grupos de pesquisa em formação no Brasil com interesse no tema. “A análise de Redes Sociais conseguiu traçar as conexões entre grupos de pesquisadores e sua frequência de publicação. Com o mapeamento, as autoras conseguiram destacar a produção científica em preservação digital no Brasil nas últimas duas décadas, apontando o papel das redes de colaboração entre pesquisadores da área”, avalia.
O papel do Ibict e da Rede Cariniana
A pesquisa desenvolvida pelas professoras Aureliana Tavares e Isa Maria Freire aponta que o protagonismo do Ibict na produção científica sobre preservação digital é fruto de pesquisas desenvolvidas no âmbito da Rede Cariniana, criada pelo Ibict em 2013. A rede tem como finalidade desenvolver a cooperação entre instituições visando compartilhar projetos de preservação digital e contribuir para o aperfeiçoamento dos serviços de preservação de acervos digitais.
“A Rede Cariniana, tem se mostrado altamente atuante e lidera, sem dúvida, o movimento para preservação de documentos digitais no Brasil. A adesão do Ibict ao Programa LOCKSS, da Stanford University, representa uma contribuição significativa para a informação científica no Brasil, e o programa de capacitação tecnológica, em parceria com instituições relevantes no campo científico, no Brasil, vem obtendo sucesso. A revista Ciência da Informação, do Ibict, é a que mais publicou sobre a temática Preservação Digital no período abordado pela pesquisa, e a instituição, ciente do valor e da necessidade de preservação documental, vem colhendo resultados que merecem nossa gratidão”, afirma Isa Maria Freire.
Miguel Márdero Arellano avalia que a pesquisa da UFPB mostrou a importância do trabalho realizado na Rede Cariniana. “A rede possibilita o repasse de informações relevantes sobre pesquisas internacionais, as quais apontam para a preservação distribuída de acervos digitais de instituições nacionais”.
Outro fator apontado por Márdero Arellano para a produção científica do Ibict é a criação, em 2013, do grupo de pesquisa “Estudos e Práticas de Preservação Digital”, ligado à instituição. “O Ibict começou a monitorar projetos dentro de linhas de pesquisa orientadas a serviços e soluções tecnológicas. O resultado desse trabalho é a produção de insumos que vêm definindo os critérios para o uso em instituições no país de ferramentas voltadas para a preservação em rede, seguindo as modernas políticas de gestão de sistemas de informação, de análise de risco e segurança da informação”, explica.
Carolina Cunha
Fundação Biblioteca Nacional adere à Rede Cariniana para a preservação digital de documentos
A Fundação Biblioteca Nacional (FBN) e o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict/MCTI) anunciam a adesão da FBN à Rede Brasileira de Serviços de Preservação Digital (Rede Cariniana/Ibict).
O acordo entre as instituições busca promover o arquivamento digital na estrutura da Rede Cariniana dos periódicos eletrônicos editados pela comunidade acadêmica do Brasil e parte dos acervos da Biblioteca Nacional Digital (BN Digital). Além disso, prevê a participação em eventos, grupos de trabalhos e pesquisas na área de preservação digital com os demais parceiros da Rede.
Localizada no Rio de Janeiro (RJ) e com mais de 200 anos de história, a Biblioteca Nacional é a depositária do patrimônio bibliográfico e documental do Brasil, considerada pela UNESCO uma das dez maiores bibliotecas nacionais do mundo e a maior da América Latina.
“A Biblioteca Nacional é a detentora oficial dos acervos de bibliografia do Brasil e sua chegada é muito esperada. A presença da BN fortalece a nossa rede, que busca criar uma estrutura nacional de preservação digital e salvaguardar os registros da ciência, tecnologia e do patrimônio cultural do Brasil”, diz Miguel Arellano, coordenador da Rede Cariniana.
Criada pelo Ibict, a Rede Cariniana tem como finalidade desenvolver a cooperação entre instituições públicas e privadas visando compartilhar projetos de preservação de objetos digitais e contribuir para o aperfeiçoamento dos serviços de preservação de acervos digitais oferecidos pela Rede às instituições participantes.
A entrada da Biblioteca Nacional nessa rede faz parte de uma série de ações que a instituição pretende desenvolver no escopo da preservação digital. “Nos últimos anos, a BN Digital se dedicou a ampliar o acesso para o público. Estamos avançando cada vez mais na digitalização de nosso acervo impresso e arquivos documentais. Agora temos o compromisso de avançar na preservação. Criamos uma política nesse campo e vamos elaborar um plano de preservação digital com iniciativas em várias frentes de nossas atividades institucionais”, conta Joaquim Marçal, coordenador da BNDigital.
Joaquim Marçal reforça a amplitude do desafio da preservação digital para a biblioteca, que possui um imenso conjunto de obras e objetos, o que demanda uma grande capacidade de armazenamento. “O acervo da BN é muito grande, são mais de 100 mil obras digitais, fora a Hemeroteca Digital Brasileira, que tem 21 milhões de páginas digitalizadas de periódicos. Já temos um Data Center e precisamos ampliar ainda mais essa infraestrutura para ter tudo copiado no futuro. É um grande sonho e temos essa missão a cumprir”, diz.
A prioridade da Biblioteca Nacional na Rede Cariniana será a preservação de periódicos e publicações científicas. Para o coordenador da BN Digital, a entrada da instituição na rede é estratégica para a salvaguarda da produção intelectual brasileira. “A parceria com a Cariniana é muito importante. Vamos entrar nesse esforço de preservar as publicações científicas. Teremos uma Caixa LOCKSS local e uma estrutura de rede de preservação distribuída. É importante estarmos ao lado do Ibict porque é uma instituição que acompanha o estado da arte da preservação digital. Estaremos juntos nesse diálogo para contribuir com o avanço da área no Brasil”, acrescenta o coordenador da BN Digital.
Miguel Arellano, coordenador da Rede Cariniana, reforça a importância da consolidação de parcerias e do trabalho em rede no âmbito da preservação digital. “Trabalhar em rede é algo que as instituições brasileiras precisam. O mundo está globalizado e surgem novas tecnologias a todo momento. Em rede, as instituições passam a aderir a padrões internacionais e potencializam uma estrutura de preservação coletiva e aprendizado que beneficia a todos”, acredita.
Sobre a Rede Cariniana
A Rede Cariniana surgiu no Ibict da necessidade de se criar no Brasil um serviço de preservação digital de documentos eletrônicos de instituições científicas e culturais, com o objetivo de garantir o acesso continuado a longo prazo. A implantação da Rede está fundamentada em uma infraestrutura descentralizada, utilizando recursos de computação distribuída, permitindo que o mesmo material autorizado seja coletado, guardado e preservado localmente em várias instituições.
A atividades são desenvolvidas em parceria com instituições brasileiras de ensino e pesquisa e com a colaboração da Stanford University, University of Edinburgh e Harvard University. A Rede disponibiliza serviços de preservação digital de periódicos, livros, teses e dissertações eletrônicas, repositórios de dados de pesquisa para instituições com publicações de acesso livre, além de fontes de informação e mecanismos que facilitem a automatização dos processos de identificação, armazenamento, validação e conversão para novos formatos digitais.
O armazenamento das coleções digitais é realizado pelo sistema LOCKSS, um sistema de código aberto criado pela Stanford University, que cria uma rede de replicação de dados (cópias compartilhadas de periódicos eletrônicos e documentos), permitindo que os participantes acessem dados preservados confiáveis através de uma conexão restrita a um grupo. A Rede também promove a capacitação de profissionais dedicados ao registro de acervos em instituições e a realização de pesquisas sobre assuntos relacionado à preservação digital.
Carolina Cunha
Webinar gratuito sobre o uso do Dataverse acontece nos dias 4 a 6 de agosto
O grupo de pesquisa Estudos e Práticas de Preservação Digital, ligado ao Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), vai realizar o webinar “The Dataverse Project and Research Data Management”.
O webinar acontece nos dias 4, 5 e 6 de agosto, com transmissão ao vivo, sempre no horário das 12 às 13h30.
O evento terá como palestrantes Ceilyn Boyd, Manager of the Harvard Library Research Data Management Program, e Sonia Barbosa, Manager of the Data Curation for the Harvard Dataverse and of The Murray Research Archive.
O Dataverse é um repositório de dados científicos desenvolvido pelo Instituto de Ciências Sociais Quantitativas da Universidade de Harvard. “O webinar vai tratar de diversas dimensões do Dataverse. É importante que as pessoas conheçam como se aplica esse software para compartilhamento, descoberta e preservação de dados”, conta Miguel Arellano, líder do grupo de pesquisa e coordenador da Rede Cariniana, rede de serviços de preservação digital do Ibict.
Segundo Arellano, o participante vai ter contato com conceitos sobre como gerenciar esse repositório, com dicas práticas como a gestão segura dos dados, a organização dos estudos, a catalogação de informações, o arquivamento de dados e a visibilidade das pesquisas.
Confira a programação:
Dia 04 - Research Data Management Basics
Dia 05 - Introduction to the Dataverse Project: Installations, dataverses, metadata and more
Dia 06 - Creating “datasets” and uploading “data files” in the Dataverse.
As atividades são gratuitas e realizadas em inglês. Haverá emissão de certificado para o participante.
Os interessados em participar podem enviar um e-mail com seu nome e nome da instituição para cariniana@ibict.br. Os links de transmissão serão divulgados após a inscrição.
Carolina Cunha
Núcleo de Comunicação Social do Ibict
Redes Sociais