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A Política de Preservação Digital da Fundação Biblioteca Nacional (FBN) foi publicada.O documento estabelece princípios para a conservação preventiva, o gerenciamento de riscos e a difusão do acervo digital da instituição. 

Segundo a Biblioteca Nacional, a política visa “dar continuidade ao cumprimento de sua missão de preservar o patrimônio cultural brasileiro, agora também construído no ambiente digital”. Além do documento guia, será instituída uma Comissão Permanente de Preservação Digital, para efetuar a implementação da política e criar os planos de preservação para as áreas da instituição.

O documento é vinculado à atuação da BNDigital, área criada em 2006 e que trouxe novas tecnologias para a preservação e difusão do patrimônio documental da Biblioteca Nacional através da digitalização sistemática e virtualização dos seus acervos. Em agosto de 2020, foi aprovada a Política de Preservação Digital da FBN.

A Fundação Biblioteca Nacional (FBN) é umas das instituições membro da Rede Brasileira de Serviços de Preservação Digital (Rede Cariniana/Ibict).

Acesse o documento  completo no portal da FBN:

https://www.bn.gov.br/producao/documentos/politica-preservacao-digital-biblioteca-nacional-ppdbn

 

 

Carolina Cunha, Núcleo de Comunicação Social do Ibict

Com informações da Biblioteca Nacional

Publicado em Notícias

A Fundação Biblioteca Nacional (FBN) e o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict/MCTI) anunciam a adesão da FBN à Rede Brasileira de Serviços de Preservação Digital (Rede Cariniana/Ibict).

O acordo entre as instituições busca promover o arquivamento digital na estrutura da Rede Cariniana dos periódicos eletrônicos editados pela comunidade acadêmica do Brasil e parte dos acervos da Biblioteca Nacional Digital (BN Digital).  Além disso, prevê a participação em eventos, grupos de trabalhos e pesquisas na área de preservação digital com os demais parceiros da Rede.

Localizada no Rio de Janeiro (RJ) e com mais de 200 anos de história, a Biblioteca Nacional é a depositária do patrimônio bibliográfico e documental do Brasil, considerada pela UNESCO uma das dez maiores bibliotecas nacionais do mundo e a maior da América Latina.

“A Biblioteca Nacional é a detentora oficial dos acervos de bibliografia do Brasil e sua chegada é muito esperada. A presença da BN fortalece a nossa rede, que busca criar uma estrutura nacional de preservação digital e salvaguardar os registros da ciência, tecnologia e do patrimônio cultural do Brasil”, diz Miguel Arellano, coordenador da Rede Cariniana.

Criada pelo Ibict, a Rede Cariniana tem como finalidade desenvolver a cooperação entre instituições públicas e privadas visando compartilhar projetos de preservação de objetos digitais e contribuir para o aperfeiçoamento dos serviços de preservação de acervos digitais oferecidos pela Rede às instituições participantes.

A entrada da Biblioteca Nacional nessa rede faz parte de uma série de ações que a instituição pretende desenvolver no escopo da preservação digital. “Nos últimos anos, a BN Digital se dedicou a ampliar o acesso para o público. Estamos avançando cada vez mais na digitalização de nosso acervo impresso e arquivos documentais. Agora temos o compromisso de avançar na preservação. Criamos uma política nesse campo e vamos elaborar um plano de preservação digital com iniciativas em várias frentes de nossas atividades institucionais”, conta Joaquim Marçal, coordenador da BNDigital.

Joaquim Marçal reforça a amplitude do desafio da preservação digital para a biblioteca, que possui um imenso conjunto de obras e objetos, o que demanda uma grande capacidade de armazenamento. “O acervo da BN é muito grande, são mais de 100 mil obras digitais, fora a Hemeroteca Digital Brasileira, que tem 21 milhões de páginas digitalizadas de periódicos. Já temos um Data Center e precisamos ampliar ainda mais essa infraestrutura para ter tudo copiado no futuro. É um grande sonho e temos essa missão a cumprir”, diz.

A prioridade da Biblioteca Nacional na Rede Cariniana será a preservação de periódicos e publicações científicas. Para o coordenador da BN Digital, a entrada da instituição na rede é estratégica para a salvaguarda da produção intelectual brasileira. “A parceria com a Cariniana é muito importante. Vamos entrar nesse esforço de preservar as publicações científicas. Teremos uma Caixa LOCKSS local e uma estrutura de rede de preservação distribuída. É importante estarmos ao lado do Ibict porque é uma instituição que acompanha o estado da arte da preservação digital. Estaremos juntos nesse diálogo para contribuir com o avanço da área no Brasil”, acrescenta o coordenador da BN Digital.

Miguel Arellano, coordenador da Rede Cariniana, reforça a importância da consolidação de parcerias e do trabalho em rede no âmbito da preservação digital. “Trabalhar em rede é algo que as instituições brasileiras precisam. O mundo está globalizado e surgem novas tecnologias a todo momento. Em rede, as instituições passam a aderir a padrões internacionais e potencializam uma estrutura de preservação coletiva e aprendizado que beneficia a todos”, acredita.

Sobre a Rede Cariniana

A Rede Cariniana surgiu no Ibict da necessidade de se criar no Brasil um serviço de preservação digital de documentos eletrônicos de instituições científicas e culturais, com o objetivo de garantir o acesso continuado a longo prazo. A implantação da Rede está fundamentada em uma infraestrutura descentralizada, utilizando recursos de computação distribuída, permitindo que o mesmo material autorizado seja coletado, guardado e preservado localmente em várias instituições.

A atividades são desenvolvidas em parceria com instituições brasileiras de ensino e pesquisa e com a colaboração da Stanford University, University of Edinburgh e Harvard University. A Rede disponibiliza serviços de preservação digital de periódicos, livros, teses e dissertações eletrônicas, repositórios de dados de pesquisa para instituições com publicações de acesso livre, além de fontes de informação e mecanismos que facilitem a automatização dos processos de identificação, armazenamento, validação e conversão para novos formatos digitais.

O armazenamento das coleções digitais é realizado pelo sistema LOCKSS, um sistema de código aberto criado pela Stanford University, que cria uma rede de replicação de dados (cópias compartilhadas de periódicos eletrônicos e documentos), permitindo que os participantes acessem dados preservados confiáveis através de uma conexão restrita a um grupo. A Rede também promove a capacitação de profissionais dedicados ao registro de acervos em instituições e a realização de pesquisas sobre assuntos relacionado à preservação digital.

 

Carolina Cunha

 

 

 

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