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O coordenador da Rede Brasileira de Serviços de Preservação Digital (Cariniana) do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), Miguel Angel Márdero Arellano, participará hoje (06) de uma aula aberta intitulada "Apagão de Dados e a Preservação da Informação, qual o futuro?". A aula, que compõe o curso "Gestão Arquivística de Informações e Dados", será realizada às 18h30, com transmissão ao vivo pelo canal da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP) no YouTube.

Durante a aula aberta, os pesquisadores e professores presentes debaterão sobre a memória digital humana e a insegurança dos dados digitais. Em relação ao tema, os palestrantes discutirão acerca da preservação digital enquanto política pública de gestão da informação e a preocupação com o risco informacional e a preservação.

A mediação do debate será conduzida por Charlley Luz, da Escola de Humanidades da FESPSP, e também contará com a participação de Fabiano Alves Passos, consultor em Segurança da Informação e professor da Pós-graduação em Gestão Arquivística da FESPSP, e Marcelo Assis, diretor do Arquivo de São Caetano e professor da FESPSP.

Clique aqui para se inscrever no evento e/ou aqui para acessar o canal da FESPSP.


Núcleo de Comunicação Social do Ibict

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Acontece entre os dias 12 e 14 de maio de 2021, de forma online, a quinta edição do Seminário Internacional de Preservação Digital (V SINPRED), organizado pela Rede Brasileira de Preservação Digital – Cariniana. Simultaneamente ao Seminário serão realizados o VI Encontro da Rede Cariniana e o V Encontro da Rede de Pesquisa Dríade.

A iniciativa é do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e busca promover o intercâmbio de informações e experiências entre parceiros e usuários dos serviços oferecidos pela Rede.

O evento é gratuito, com tradução simultânea e contará com debates, palestras, reuniões e workshops com a participação de colaboradores da Rede Cariniana, representantes de diversas instituições parceiras, além de usuários e pesquisadores interessados na preservação digital.

No primeiro dia, 12/5, serão debatidos temas como teoria, metadados, tecnologias, política e planejamento da Preservação Digital. Já no 13/5, as mesas serão dedicadas à discussões sobre preservação de repositórios digitais; curadoria e preservação de dados científicos; avaliação, auditoria e certificação digital; e preservação de conteúdo web.

O último dia do SINPRED, 14/5, será dedicado ao VI Encontro da Rede Cariniana e ao V Encontro da Rede de Pesquisa Dríade, com reuniões, apresentação de relatórios, além de atividades relacionadas a eleições, apresentação de resumos de projetos e lançamentos.

Para participar é necessário efetuar inscrição prévia no site do evento e colaboradores ou pesquisadores da área da preservação digital interessados em apresentar resumos devem submeter suas propostas no período de 5/4 a 9/5. Haverá emissão de certificados para aqueles que participarem dos dois dias de evento.

Clique aqui para mais informações.

Lucas Guedes
Núcleo de Comunicação Social do Ibict

 

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O grupo de pesquisa DRÍADE- Estudos e Práticas de Preservação Digital, ligado à Rede Cariniana e ao Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) realizou, no último dia 2 de fevereiro, o webinar “Arquivamento e Preservação da Web – Trocando Experiências”.

Com o objetivo de permitir a troca de experiências sobre a área do arquivamento e da preservação na web, o evento teve a abertura de Miguel A. Márdero (Ibict) e Gabriela Ayres (Biblioteca Nacional) e palestras de Gildenir Santos (CONIFER/Unicamp), Moises Rockembach (NUAWEB/UFRGS), Rondineli Saad (SciELO) e Ricard de la Vega (PADICAT/CSUC).

O webinar permitiu ainda a troca de saberes de pesquisadores sobre políticas, metodologias e tecnologias que envolvem a seleção, captura, armazenamento, preservação e disponibilização de conteúdos da web para acesso e uso futuro.

Gildenir Santos apresentou a ferramenta CONIFER e explicou que “arquivos web são registros de recursos da web, que podem incluir HTML, scripts, folhas de estilo, vídeo, áudio e outros elementos em um único arquivo, além de capturar não apenas o conteúdo, mas também o comportamento dos usuários”.

O coordenador de infraestrutura do SciELO, Rondineli Saad, mostrou a atuação e o funcionamento detalhado da biblioteca digital de livre acesso e modelo cooperativo de publicação digital de periódicos científicos brasileiros, que tem como função a preparação, armazenamento, disseminação e avaliação da produção científica em formato eletrônico.

Moises Rockembach apresentou questões ligadas à área de pesquisa sobre o tema, como ética, metodologias, políticas e tecnologias na preservação digital. Falou ainda sobre redes sociais e sobre a efemeridade da web, bem como da necessidade urgente de preservação.

Por fim, Ricard de la Vega explicou o que é e como funciona o PADICAT, uma iniciativa da Biblioteca da Catalunha para capturar, preservar e divulgar o Arquivo Web da região e conta, atualmente, com 380 mil capturas, 117 mil websites e 526 milhões de arquivos.

O vídeo completo com todas as apresentações pode ser visto aqui.

Lucas Guedes
Núcleo de Comunicação Social do Ibict

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O Sala Aberta, projeto de extensão vinculado ao Instituto de Ciência da Informação da Universidade Federal da Bahia (ICI-UFBA), apresenta a série “Biblioteca, Arquivos e Museus”, com transmissões ao vivo pela internet. A programação acontece entre os dias 24/07 e 28/07 e trás lives com pesquisadores e profissionais que vão discutir sobre a atuação e políticas para o acesso e uso de espaços de informação, cultura e memória, bem como a possível reconfiguração de seus produtos e serviços no contexto pós-pandêmico.

Na segunda-feira (27/07), às 18hs, será realizada a mesa “Preservação da memória social pós-pandêmica: o papel dos arquivos no controle e acesso às informações”, com a participação de Miguel Ángel Arellano (Ibict), Aluf Alba Vilar Elias (Arquivo Nacional) Ivana Severino (UFBA) e mediação de Débora Leitão (UFBA).

Miguel Ángel Arellano trabalha no Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), unidade de pesquisa vinculada ao Ministério da Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). É Tecnologista Sênior e Coordenador da Rede Brasileira de Serviços de Preservação Digital (Rede Cariniana). Editor pelo Brasil do repositório internacional E-LIS e membro do Standing Committee of Preservation and Conservation da IFLA (2017-2021).

Aluf Alba Vilar Elias é Coordenadora-Geral de Processamento Técnico e Preservação do Acervo do Arquivo Nacional. É arquivista, tem doutorado em Ciência da Informação pela Universidade de Brasília, com experiência na área de informação e acervos, com ênfase na curadoria, no assessoramento e na gestão de atividades relacionadas aos Arquivos Permanentes.

Ivana Severino é arquivista consultora do Memorial de Dança da Universidade Federal da Bahia. Membro da Associação de Pesquisadores em Crítica Genética - APCG e do Fórum Nacional das Associações de Arquivologia do Brasil - FNArq.

A transmissão ao vivo da mesa será no canal de Youtube do Projeto Sala Aberta: www.youtube.com/c/ProjetoSalaAberta

Não é necessária inscrição. Os certificados poderão ser solicitados durante a transmissão através do link que será disponibilizado longo da live.

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O que é preservação digital e os principais caminhos percorridos em relação ao assunto foram debatidos em uma entrevista exclusiva concedida pelo coordenador da Rede Brasileira de Serviços de Preservação Digital Cariniana do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), Miguel Ángel Márdero Arellano.

A entrevista de Miguel Arellano foi concedida em homenagem ao mês das comemorações do Dia Mundial da Preservação Digital, celebrado em 29 de novembro. A data foi reconhecida pela Coalizão de Preservação Digital (DPC) (saiba mais sobre o assunto: http://www.dpconline.org/events/international-digital-preservation-day). O objetivo do Dia Mundial da Preservação Digital é criar uma maior conscientização sobre a preservação digital, podendo trazer um entendimento mais amplo que possa permear todos os aspectos da sociedade.

Miguel Arellano é formado em Antropologia Social pelo Instituto Nacional de Antropologia e História, e fez mestrado e doutorado em Ciência da Informação pela Universidade de Brasília (UnB). O coordenador da Rede Cariniana também é editor pelo Brasil do repositório internacional E-LIS e membro do Standing Committee of Preservation and Conservation da IFLA (2017-2021).

Confira a entrevista.

Poderia explicar o que é preservação digital?

O tema da preservação dos documentos digitais está cada vez mais presente entre os criadores e gerenciadores de coleções digitais. Para aqueles que começam a enfrentar a possibilidade de não poder recuperar informações produzidas há 5 ou 10 anos, é vital contar com estratégias que garantam a persistência desses dados. Para bibliotecários, arquivistas, museólogos e o pessoal de tecnologia da informação, a preservação digital é percebida como um conjunto de atividades desenvolvidas para conservar e prolongar a vida da informação digital, protegendo-a da obsolescência tecnológica, da perda e das falhas de equipamentos.

Segundo a Associação Americana de Bibliotecários “a preservação digital combina políticas, estratégias e ações que garantem o acesso ao conteúdo digital através do tempo” (ALA, Definitions of digital preservation, 2007). As técnicas de preservação que eram conhecidas pelas bibliotecas e pelos centros de informação se modificaram e encontraram novas práticas em um contexto de rede de computadores, em que a informação não fica apenas em um só lugar. A preservação da informação em formato digital precisa de um conjunto de práticas técnicas e de gerenciamento que mudam constantemente.

Quais as soluções possíveis para a preservação digital?

O problema da preservação digital está no conteúdo dos objetos digitais, nas informações armazenadas e na maneira como foram armazenadas. Não são apenas sequências de zeros e uns ou cadeias de bits (bitstream), mas o conjunto de decisões que definiram a formação básica do objeto informacional como um objeto único. Isso envolve a descrição de documentos que podem ser representados de diferentes formas, mas o seu conteúdo será sempre interpretado do mesmo modo, no momento da sua recuperação, ou seja, será a mesma cadeia de bits com seu significado original.

As estratégias de preservação digital que procuram incorporar todos os aspectos relacionados ao problema tecnológico surgem de custos, legislação, gestão, acesso, políticas e critérios. São formas de reunir soluções parciais ante um problema complexo no qual estão envolvidos, entre outros itens, a migração, emulação, arqueologia digital, criptografia, metadados, formatos-padrão, a preservação em rede e o software livre.

 Desde quando o Ibict tem atuado em preservação digital?

O Ibict realiza pesquisas sobre sistemas de informação que servem para a preservação digital desde 2003, quando o instituto reuniu vários especialistas para discutir o tema da preservação digital e a criação de um comitê. O comitê foi composto por representantes do Ibict, Biblioteca Nacional, Programa Sociedade da Informação, Bireme, Capes, ABEC, UNESCO e especialistas convidados. Foram criados vários GTs, entre os quais estava o de certificação digital. Em 2012, o Ibict oficializa como projeto estruturante do Instituto a Rede Brasileira de Serviços de Preservação Digital Cariniana.

Quais eventos marcaram o mês da preservação digital?

O principal evento celebrado este ano como motivo do dia mundial da preservação digital foi organizado pela Digital Preservation Coalition (DPC), uma associação inglesa voltada para a salvaguarda da herança digital mundial,  que, além de divulgar os eventos comemorativos, convocou os representantes das maiores iniciativas  internacionais da área para deixarem registrados seus propósitos no blog da associação.

No Brasil, o dia foi celebrado com o primeiro evento organizado pelo Ibict, a UNIFESP e a UNESP, na cidade de São Paulo com palestras de especialistas brasileiros.

Quais os principais desafios para a preservação digital no Brasil?

No âmbito nacional, a definição das políticas, obrigações e metodologias mais apropriadas à preservação dos documentos eletrônicos deve levar em consideração a implementação de modelos, a fim de verificar se eles atendem às expectativas dos usuários de instituições de ensino e pesquisa no país. É importante comprovar se eles estão em concordância com os padrões internacionais já testados, que promovem o arquivamento digital de longo prazo.

No Brasil, é clara a ausência da identificação das responsabilidades necessárias para a realização das atividades de preservação digital por parte das equipes que administram os repositórios institucionais e as bibliotecas digitais. Não foi definido um perfil dos profissionais responsáveis por tais tarefas e são poucas as atividades de grupos de pesquisa relacionadas com a avaliação de softwares de preservação digital desenvolvidas localmente. A adoção de sistemas de repositórios digitais já prontos não tem levado ao estudo das funções de preservação dos mesmos. Tal discussão não pode ficar isolada em um pequeno grupo de países ou numa única área de conhecimento. Ela é parte de um tema de debate internacional que deve incluir o Brasil.

Poderia também elencar cinco iniciativas nacionais e internacionais que são referências em preservação digital?

No Brasil eu indico a Câmara Técnica de Documentos Eletrônicos do CONARq, do Arquivo Nacional, que vem cooperando para que a preservação digital seja abordada pela comunidade arquivística, junto aos detentores dos acervos arquivísticos mais importantes do país.

Também, o Grupo de Trabalho para a Padronização de Procedimentos Técnicos para Preservação e Acesso de Documentos Arquivísticos Eletrônicos (GDAE), da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), e a Comissão de Avaliação de Documentos e Acesso (CADA), da Universidade Estadual Paulista (UNESP), que elaboram e aplicam normas, procedimentos técnicos e instrumentos legais que garantem a gestão e acesso de documentos arquivísticos em meio eletrônico, dentro de um conjunto mais amplo de estratégias e ações que incluem questões que vão da política à implantação de repositórios digitais confiáveis.

Nos Estados Unidos e na Europa, duas iniciativas que se destacam são as da Library of Congress e a do Centro Internacional do ISSN, em Paris.

 

Entrevista: Patrícia Osándon 

Núcleo de Comunicação Social 

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