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Nos últimos dias 22 e 23, o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) realizou o I Seminário e a II Reunião Técnica Ciência de Dados para a Ciência. O evento, que contou com uma extensa programação de palestras, apresentou os resultados do trabalho de um grupo de pesquisa que vem trabalhando desde 2019 na implementação do projeto BrCris. O nome do projeto BrCris vem de CRIS – um acrônimo para Current Research Information System.

O projeto BrCris, no qual equipes do Ibict e parceiros atuam há anos, tem por objetivo estabelecer um modelo único de organização da informação científica de todo o ecossistema da pesquisa brasileira. Entre os agentes desse ecossistema estão pesquisadores, projetos, infraestruturas, laboratórios e instituições de pesquisa e financiadores, além dos resultados da pesquisa expressos principalmente por publicações científicas, teses, dissertações, conjuntos de dados científicos, softwares e patentes.

Dia 22/06 – O ecossistema da pesquisa brasileira e latino-americana

A abertura do evento foi conduzida pela diretora do Ibict, Cecilia Leite, e pela coordenadora-geral de Pesquisa e Manutenção de Produtos Consolidados do Ibict, Bianca Amaro. Cecilia Leite comemorou a realização do evento e destacou, na ocasião, a importância da parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para a construção do BrCris. “O projeto BrCris é de suma importância para o desenvolvimento da pesquisa brasileira. Nós, do Ibict, enquanto uma casa de informação, não poderíamos deixar de trabalhar com essa temática, pois é a nossa missão, que é melhorar a estrutura informacional do país”, explicou Cecilia.

Após a abertura, Zaira Turchi, diretora de Cooperação Institucional do CNPq, realizou uma palestra acerca dos “Sistemas de Informação e Gestão sobre o Ecossistema da Pesquisa Científica Brasileira”. Durante a fala, Zaira Turchi defendeu a relevância do trabalho realizado pelo CNPq e pelo Ibict e contou detalhes sobre a atuação conjunta entre ambas as instituições para a construção de sistemas de gestão da ciência.   

Ao longo de toda a programação do primeiro dia do I Seminário Ciência de Dados para a Ciência, representantes de instituições envolvidas na parceria discutiram sobre sistemas de gestão em várias instituições, com foco em experiências do Brasil e da América Latina. Entre os pesquisadores presentes esteve Maria de Nazaré Freitas Pereira, que trouxe um histórico sobre o projeto BrCris (conheça um pouco a respeito da história da iniciativa no livro Dos Padrões Internacionais de Estruturação da Informação de Pesquisa aos Indicadores).

As apresentações do primeiro dia do evento estão disponíveis no canal do Ibict no Youtube clicando aqui (manhã) e aqui (tarde).

Dia 23/06 – Em defesa da Ciência Aberta

No segundo dia do I Seminário Ciência de Dados para a Ciência, os pesquisadores presentes apresentaram uma análise de patentes brasileiras e discutiram o assunto no contexto do BrCris. Também neste dia os palestrantes debateram sobre altimetrias para a avaliação da ciência.

Bianca Amaro conduziu uma apresentação em relação à visão do Instituto e da Rede de Repositórios de Acesso Aberto à Ciência (LA Referencia) sobre o BrCris. A coordenadora-geral de Pesquisa e Manutenção de Produtos Consolidados do Ibict reforçou a importância do trabalho realizado por todas as equipes ao longo de todos os anos de criação e fortalecimento do projeto BrCris. “Para construir o ecossistema da pesquisa brasileira é preciso de bases muito sólidas e é nesse sentido que nós temos trabalhado. Com o desenvolvimento do BrCris, o Ibict está cumprindo com a sua missão institucional, que é o tratamento das informações científicas e tecnológicas”, disse Bianca Amaro.

Durante a manhã do último dia de evento, Bianca Amaro ressaltou a importância das colaborações das instituições parceiras e destacou que outras instituições estão convidadas a participar da iniciativa. Os palestrantes da manhã também destacaram a centralidade das discussões sobre o crescimento da rede latino-americana para o desenvolvimento científico e o fortalecimento da Ciência Aberta.

Além disso, os palestrantes defenderam a importância de uma ciência inclusiva e que promova ações para que populações tradicionalmente excluídas ao longo da história participem e atuem com pesquisa e desenvolvimento, como mulheres e negros. Como defenderam os palestrantes, a ciência é um bem público e é preciso que exista diálogo entre o setor público, o setor privado e a sociedade civil organizada para a promoção da Ciência Aberta.

As palestras do seminário foram mediadas por Washington Segundo, coordenador de Análise, Tratamento e Disseminação da Informação Científica do Ibict; Anderson Itaborahy, coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento de Novos Produtos do Ibict; e Lillian Alvares, professora da Faculdade de Ciência da Informação da Universidade de Brasília (UnB).

Para acompanhar as palestras do último dia do evento clique aqui.

 


Patrícia Osandón
Núcleo de Comunicação Social do Ibict

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