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O portal Canal Ciência, serviço de divulgação científica do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), lançou o Ciência Jovem, uma nova seção que traz artigos inéditos de pesquisas científicas realizadas por estudantes do Ensino Básico, Ensino Superior e Pós-graduação. A proposta é levar ao conhecimento da sociedade os trabalhos realizados por esses estudantes, ao mesmo tempo em que se busca incentivá-los a apresentar suas pesquisas científicas em linguagem acessível a todos os públicos.

“A seção Ciência Jovem aceita publicar trabalhos que tenham sido realizados seguindo o método científico, que tenham resultados interessantes e que contribuam para a divulgação da ciência realizada no âmbito escolar ou universitário. Trabalhos dessa natureza são orientados por professores ou pesquisadores, garantindo a validação do conteúdo divulgado e o rigor científico da pesquisa”, explica Leda Sampson Pinto, coordenadora do Canal Ciência.

Para ser publicado, o trabalho deve seguir os seguintes critérios: ser original, fruto de pesquisa realizada por estudante do Ensino Básico, Ensino Superior ou Pós-graduação; a pesquisa deve estar concluída ou em fase de conclusão, mas não publicada em revista indexada; pode ser apresentado trabalho em qualquer área do conhecimento; o estudante deve ser o primeiro autor do artigo/texto; a linguagem do artigo/texto não deve ser excessivamente técnica, para que seja acessível a todos os públicos - sua leitura deve ser leve e devem ser evitados jargões e termos de difícil compreensão.

Estímulo às pesquisas da Educação Básica

Em muitas escolas brasileiras, a pesquisa científica inicia-se nos primeiros anos do ensino fundamental. Muitas vezes, essa prática representa a oportunidade de ter contato com o aprendizado aplicado. “É grande o número de alunos que participam de feiras de ciências e projetos de iniciação científica, são membros de clubes de ciências ou realizam atividades extracurriculares que empregam o método científico para a testagem de hipóteses. Essas atividades podem gerar relatórios, resumos e textos redigidos pelos próprios estudantes, que acabam ficando restritos aos ambientes onde foram produzidos e não alcançam o grande público”, aponta Leda.

Segundo a coordenadora, ao oferecer um espaço para a divulgação deste tipo de material, o Canal Ciência busca valorizar o fazer científico desde os primeiros anos escolares e apresentar à sociedade o potencial dos jovens estudantes brasileiros. Além disso, existe a perspectiva de cativar e gerar a identificação de jovens leitores que se interessam por ciência, mas não se enxergam como possíveis protagonistas no processo de construção e consolidação de uma cultura científica no país.

Graduação e Pós-graduação: foco na divulgação científica

Estudantes de graduação e pós-graduação produzem com frequência documentos técnico-científicos referentes a suas pesquisas, tanto para avaliações internas das instituições quanto para registrar o progresso de seus estudos. A proposta do Ciência Jovem é incentivar os estudantes a utilizarem esse material para divulgação científica, apresentando-o em linguagem acessível a todos os públicos.

“Tais documentos não têm maturidade suficiente para submissão a revistas avaliadas por pares ou não são produzidos com intenção de divulgação externa, o que faz com que fiquem restritos às próprias instituições ou mesmo aos membros do grupo de pesquisa ao qual o estudante pertence. Contudo, são conteúdos de qualidade, resultados relevantes que merecem ser apresentados à sociedade”, diz Hélia Chaves, Coordenadora de Inclusão Informacional e Divulgação de Ciência e Tecnologia do Ibict.

De acordo com a coordenadora, a seção Ciência Jovem se apresenta como uma ferramenta de disseminação de conhecimento, que oferece uma maior flexibilidade se comparada a um periódico científico.“A seção não exige o rigor de uma revista, nem se propõe a realizar qualquer tipo de avaliação por pares, mas oferece um espaço de valorização desses jovens cientistas, ao mesmo tempo em que divulga a ciência de alto nível que é realizada por eles. Da mesma forma, esta seção se adequa à publicação de resultados de pesquisas que estão em fase de conclusão, cuja maturidade ainda não é suficiente para submissão a uma revista indexada, mas que já podem ser amplamente divulgados”.

Por se tratarem de artigos voltados à divulgação científica, a equipe do Canal Ciência sugere que o autor priorize a justificativa da pesquisa, a descrição da hipótese e a apresentação dos resultados, dando menos ênfase às técnicas e metodologias utilizadas. “Desta forma, a publicação no Ciência Jovem não impede ou invalida uma submissão posterior da mesma pesquisa a uma revista indexada”, avalia Hélia.

Benefícios para o estudante

Além da circulação do conhecimento, ao publicar uma pesquisa no Ciência Jovem, o estudante fortalece habilidades para sua trajetória científica. “Ele adquire familiaridade com a realidade de publicar os resultados de suas pesquisas, que é uma atividade corriqueira na vida profissional de um pesquisador. Além disso, para redigir textos claros e objetivos, o estudante deve dominar o assunto sobre o qual escreve, o que contribui para a assimilação do conhecimento”, exemplifica Leda Sampson Pinto.

Os artigos publicados na seção Ciência Jovem também são divulgados nas redes sociais do Canal Ciência, promovendo maior visibilidade.“O estudante poderá ainda listar o artigo publicado na área de publicações de divulgação científica do Currículo Lattes, o que poderá contribuir para alavancar uma possível carreira científica no futuro, caso o estudante opte por esse caminho”, diz Hélia.

Como publicar

Para a submissão do artigo, os interessados devem entrar em contato com a equipe do Canal Ciência pelo e-mail: canalciencia@ibict.br, identificando no assunto a seção Ciência Jovem. A equipe então enviará o modelo de publicação com as orientações para submissão e o Termo de autorização de publicação, que deve ser preenchido e assinado pelo primeiro autor do artigo e por seu professor/orientador.

Além do artigo, o Canal Ciência também solicita o envio de um vídeo curto, de até dois minutos, onde os autores descrevem sua pesquisa e os resultados. O vídeo será publicado no YouTube do Canal Ciência e tem o objetivo de ampliar o alcance da publicação.

 

Para conhecer a seção Ciência Jovem, acesse:
https://www.canalciencia.ibict.br/ciencia-jovem

 

Núcleo de Comunicação Social do Ibict

 

 

Publicado em Notícias

A última QuartaàsQuatro, live semanal do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), abordou o tema “A importância das bibliotecas na divulgação científica”. Realizada no dia 10/03, o evento teve transmissão ao vivo no canal do Ibict no Youtube.  

A live contou com a participação de Cecília Leite, diretora do Ibict e Alessandra Assis, coordenadora Municipal de Fomento à Leitura da prefeitura de Juína (MT), com a moderação de Ricardo Crisafulli, consultor do Ibict e membro da Federação Internacional de Associações e Instituições Bibliotecárias Seção América Latina e Caribe (IFLA LAC).

O debate faz parte do Mês do Bibliotecário 2021, evento em comemoração ao dia dos bibliotecários e das bibliotecárias, e que conta com uma programação especial das instituições dos estados do Centro-Oeste. O Mês do Bibliotecário 2021 é uma atividade inserida no contexto do Ano Ibero–Americano das Bibliotecas e conta com o apoio da Universidade Federal de Brasília (Unb), Ibict e CRB-1.

Ricardo Crisafulli iniciou o debate explicando que a biblioteca possui o papel de mediar a informação para que o usuário possa ter um maior acesso. "Não basta entregar essa informação, a biblioteca precisa ter um mecanismo de transformar essa informação de acordo com seu usuário”.

Alessandra Assis abordou a importância da ciência para a sociedade e defendeu a popularização do conhecimento. “Muita gente acha que a ciência é algo distante e não está no nosso dia a dia”, reflete. Ao não entender a importância da ciência, a pessoa tem dificuldade de valorizar o conhecimento científico. Para ela, a ciência de nosso tempo evolui cada vez mais, o que também aumenta a necessidade de informação e de democratização de seu acesso.

Segundo a professora, num mundo digital, a biblioteca ainda é um espaço importante de acesso ao conhecimento. “Nem todos têm acesso à internet e mesmo que tenha, muitos não sabem como buscar fontes confiáveis. O usuário não sabe como buscar esse conhecimento. Esse é o papel das bibliotecas nesse mundo tecnológico que vivemos hoje”, explica Alessandra.   

Cecília Leite abordou a informação como um elemento-chave para a nossa cultura. “Informação é o princípio vital da sociedade contemporânea e eu vejo a biblioteca como uma ilha nesse oceano que é a internet”. A diretora do Ibict também falou sobre o papel do instituto nas áreas de informação científica e divulgação científica. "Um projeto muito importante é o Canal Ciência, que reúne pesquisas que são traduzidas para uma linguagem mais acessível”, explica. Ela também citou a criação de repositórios como a Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) e o Portal Brasileiro de Acesso Aberto à Informação Científica ― Oasisbr, que são fontes de pesquisa para alunos universitários e pesquisadores.

 

A live está disponível integralmente no canal do Ibict no Youtube. Clique para assistir:

https://www.youtube.com/watch?v=3binPjshQZc

 

 

Carolina Cunha

Núcleo de Comunicação Social do Ibict 

Publicado em Notícias

A pandemia da Covid-19 causou uma crise mundial e trouxe a urgência das áreas da saúde em publicar e ter acesso aos resultados de pesquisas científicas sobre o novo coronavírus, bem como a necessidade de transparência dos métodos utilizados para se chegar àquele resultado.

Nesse contexto, o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) realizou uma série de ações com o objetivo de facilitar a visibilidade e encontrabilidade de informações científicas que dizem respeito ao assunto.

Essas iniciativas estão no relato de experiência "Iniciativas informacionais do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) em tempos da pandemia" publicado pela Liinc em Revista, v.16, n.2, e5400, dezembro 2020.

O relato aborda os processos de planejamento, implementação e lançamento de três sistemas que visam prover e agregar informações científicas e tecnológicas, nacionais e internacionais, que dizem respeito ao novo coronavírus. Foram desenvolvidos o Diretório de fontes de informação científica de livre acesso sobre o Coronavírus, o Repositório de preprints Emerging Research Information (EmeRI) e a Rede de Especialistas e Pesquisas.

A elaboração dos sistemas envolveu o trabalho de uma equipe multidisciplinar das áreas de Ciência da Informação e Tecnologia da Informação. Assinam o trabalho a equipe da Coordenação de Análise, Tratamento e Disseminação da Informação Científica (CODIC), formada por Bianca Amaro, Fhillipe Campos, Luciana Nahuz, Raphael Vilas Boas, Juliana Sousa, Vanderlino Barreto Neto, Leonard Richard Campêlo, Lucas Paganine, Danielly Ribeiro, Flávio Santos e Washington Segundo.

Para ler o relato de experiência, acesse:

http://revista.ibict.br/liinc/article/view/5400

 

Carolina Cunha
Núcleo de Comunicação Social do Ibict      

 

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