Portal Brasileiro de Publicações Científicas em Acesso Aberto reúne mais de 2 milhões de documentos com acesso aberto
Mais de 2 milhões de documentos podem ser encontrados no Portal Brasileiro de Publicações Científicas em Acesso Aberto, o OasisBr. Utilizando uma única interface, o OasisBr permite a pesquisa simultânea em repositórios e bibliotecas digitais de teses e dissertações e em revistas científicas.
O OasisBr é um mecanismo de busca multidisciplinar que possibilita o acesso gratuito à produção científica disponibilizada em artigos científicos, teses, dissertações, livros, capítulos de livro, trabalhos de conclusão de curso, artigos de conferência, dados de pesquisa e outros tipos de documentos científicos. Todos os documentos encontrados no OasisBr são disponibilizados com acesso aberto, conforme o Movimento de Acesso Aberto à informação científica.
O OasisBr também propicia a busca em fontes de informação portuguesas, por meio do Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP). A iniciativa é realizada e coordenada pela equipe do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia, unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Vale considerar que nos últimos anos o Ibict tem atuado no suporte à criação de repositórios de dados e de publicações, bem como de revistas científicas, o que vem ocorrendo por meio de capacitações técnicas, adaptação e difusão de diretrizes.
Como fazer uma busca no Portal de Publicações Científicas em Acesso Aberto?
No Portal Brasileiro de Publicações Científicas em Acesso Aberto (OasisBr) é possível fazer pesquisas por título, autor, assunto, resumo, ano de publicação, entre outros. O pesquisador também pode limitar a pesquisa a um ou mais idiomas, bem como tipos de documentos em específico.
Além de artigos, trabalhos de conclusão de curso, dissertações, teses, relatórios, capítulos de livros, o OasisBr alinhou-se aos princípios da Ciência Aberta e passou a coletar dados de pesquisa. Entre os objetivos do OasisBr está a estimulação da criação de periódicos científicos, bibliotecas digitais de teses e dissertações e repositórios digitais para a organização da produção científica brasileira com base no modelo do acesso aberto. Também é objetivo do OasisBr atuar como provedor de serviços, ou seja, coletar metadados expostos por diferentes provedores de dados e torná-los disponíveis e acessíveis, de maneira centralizada, a provedores de informação internacionais.
Para que uma fonte de informação científica seja coletada pelo OasisBr é preciso que alguns critérios gerais sejam cumpridos: o gerenciamento ou publicação de informação de natureza científica e/ou tecnológica; manter conexão permanente com a Internet; preencher um conjunto mínimo de metadados; permitir acesso gratuito aos trabalhos, entre outros. A lista completa dos critérios pode ser encontrada no próprio site do OasisBr.
Quem atua no Portal de Publicações Científicas em Acesso Aberto?
Uma fonte de informação científica tem vários ganhos em divulgação e disseminação do conteúdo que publica ao fazer parte do Portal Brasileiro de Publicações Científicas em Acesso Aberto, o OasisBr. Isso porque o OasisBr coleta registros de repositórios de dados de pesquisa, repositórios institucionais de publicações científicas, de revistas científicas e de bibliotecas digitais de teses e dissertações.
Depois que o conteúdo é agregado, ele passa a ser coletado pelo Portal dos Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) e pela Rede LA Referencia. Por sua vez, a LA Referencia é recoletada pelo portal de buscas da Open Access Infrastructure for Research in Europe (OpenAIRE).
Sendo assim, o OasisBr funciona por meio de diversas instituições brasileiras que diariamente provêm e disseminam novos conteúdos para o OasisBr e, consequentemente, para as iniciativas internacionais com as quais o Portal tem parceria. Além disso, equipes do Ibict trabalham diariamente para fazer toda essa engrenagem funcionar.
Acesse já o OasisBr: https://oasisbr.ibict.br.
Patrícia Osandón
Núcleo de Comunicação Social do Ibict
Ibict realiza oficina sobre a “Curadoria de metadados em repositórios de publicações e bibliotecas digitais de teses e dissertações”
A equipe da Coordenação Geral de Pesquisa e Manutenção de Produtos Consolidados (CGPC) do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), realizou uma oficina com o tema “Curadoria de metadados em repositórios de publicações e bibliotecas digitais de teses e dissertações”. O evento, ocorrido no dia 25, fez parte das comemorações do mês do bibliotecário e da programação do Biblioteconomia para todas as Pessoas.
Durante a oficina on-line, Washington Segundo, Coordenador de Análise, Tratamento e Disseminação da Informação Científica do Ibict, e os pesquisadores Flávio Jesus, Juliana Sousa e Leonard Campello discutiram sobre curadoria de metadados, padrões de interoperabilidade e problemas relacionados à coleta de dados.
Como explicaram os pesquisadores ao longo da live, essas questões têm influência direta no funcionamento de dois serviços oferecidos pelo Ibict: a Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) e o Portal Brasileiro de Publicações Científicas em Acesso Aberto - OasisBr.
A BDTD integra e dissemina, em um só portal de busca, os textos completos das teses e dissertações defendidas nas instituições brasileiras de ensino e pesquisa. O OasisBr, por sua vez, é um mecanismo de busca multidisciplinar que permite o acesso gratuito à produção científica de autores vinculados a universidades e institutos de pesquisa brasileiros. Por meio do OasisBr é possível também realizar buscas em fontes de informação portuguesas.
Conforme ressaltou Washington Segundo durante a live, uma instituição de ensino e pesquisa tem ganhos em divulgação e disseminação do trabalho científico ao fazer parte da BDTD e do OasisBr. Isso porque o OasisBr coleta dados de repositórios de dados de pesquisa, de repositórios instituições de publicações científicas, de revistas científicas e de bibliotecas digitais de teses e dissertações (que também são coletadas pela BDTD). Depois que o conteúdo é agregado, ele passa a ser coletado pela Networked Digital Library of Theses and Dissertations (NDLTD), pelo Portal dos Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) e pelo portal da Rede LA Referencia. Este, por sua por sua vez, é ainda recoletado pelo portal de buscas da Open Access Infrastructure for Research in Europe (OpenAIRE).
É possível conferir integralmente a oficina online no canal do Ibict no Youtube (clique aqui para acessar ou veja abaixo).
Patrícia Osandón
Núcleo de Comunicação Social do Ibict
Participe da live sobre “Curadoria de metadados em repositórios de publicações e bibliotecas digitais de teses e dissertações”
No próximo dia 25, o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), realizará uma live com o tema “Curadoria de metadados em repositórios de publicações e bibliotecas digitais de teses e dissertações”. O evento, que integra as comemorações do mês do bibliotecário e da programação das atividades do Biblioteconomia para todas as Pessoas, contará com transmissão on-line ao vivo pela página do Ibict no Youtube, no dia 25/03, às 16h (horário de Brasília).
A live terá a participação dos seguintes integrantes do Ibict: Washington Segundo, coordenador de Análise, Tratamento e Disseminação da Informação Científica, e os pesquisadores Flávio Jesus, Juliana Sousa e Leonard Campello. Durante o evento serão discutidas questões relacionadas ao tema principal, envolvendo metadados, repositórios de publicações e bibliotecas digitais de teses e dissertações. Em relação ao assunto, o Ibict é referência nacional em serviços na área, como a Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) e o Portal Brasileiro de Publicações Científicas em Acesso Aberto - oasisbr.
A live será exibida ao vivo no canal do Ibict no Youtube (clique aqui para acessar).
Confira o currículo dos participantes:
Juliana Sousa
Tem bacharelado em Biblioteconomia pela Universidade de Brasília. Possui experiência na área de Ciência da Informação; comunicação científica; implementação de repositórios institucionais; definição da arquitetura da informação; políticas e padrões de metadados; descrição e representação de recursos informacionais digitais. Atualmente, é bolsista de pesquisa no Ibict e desenvolve atividades relacionadas à Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações e à elaboração e treinamento do software de gerenciamento de repositórios digitais DSpace.
Leonard Campello
Possui graduação em Análise e Desenvolvimento de Sistemas pelo Instituto Superior de Educação Franciscano Nossa Senhora de Fátima. Atualmente, é pesquisador do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia. Tem experiência na área de Ciência da Computação, com ênfase em Sistemas de Computação, atuando principalmente nos seguintes temas: comunicação científica e implementação de repositórios institucionais com o software DSpace e sistemas agregadores com foco em ciência aberta.
Flávio Jesus
Possui graduação em Sistemas de Informação pela Faculdade Projeção em Brasília. Tem experiência de mais de cinco anos atuando em projetos voltados para a área de gestão e de suporte técnico para apoio aos usuários de sistemas de informação e equipamentos, com atuação também como consultor por produto em tecnologia da informação e participação em projetos visando a organização, documentação, geração de relatórios e diagnósticos, como também a construção de painéis de monitoramento e indicadores de programas.
Washington Segundo
É doutor e mestre em Informática pela Universidade de Brasília, com estágio de Doutorado Sanduíche no King's College London. Possui graduação em Matemática (Bacharelado e Licenciatura) também pela Universidade de Brasília. Atualmente, é coordenador de Análise, Tratamento e Disseminação da Informação Científica no Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia.
Patrícia Osandón
Núcleo de Comunicação Social do Ibict
Confira a retrospectiva de 2020 da Coordenação-Geral de Pesquisa e Manutenção de Produtos Consolidados
Em 2020, diversos lançamentos, serviços e desenvolvimento de projetos marcaram a atuação da Coordenação-Geral de Pesquisa e Manutenção de Produtos Consolidados (CGPC) do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict).
Estão entre os principais destaques da CGPC o Diretório de Fontes de Informação Científica de Livre Acesso sobre o Coronavírus; o Repositório de Preprints Emerging Researcher Information (EmeRI); as entregas no âmbito do 4º Plano de Ação Nacional em Governo Aberto; o aniversário da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD); e a atuação da equipe com o projeto Pinakes e o projeto BrCRIS.
Bianca Amaro, coordenadora-geral de Pesquisa e Manutenção de Produtos Consolidados do Ibict, explica que 2020 “foi um ano bastante intenso e produtivo para a CGPC, que teve uma atuação muito forte em várias ações, como a revisão dos produtos consolidados – o Catálogo Coletivo Nacional de Publicações Seriadas (CCN), o Programa de Comutação Bibliográfica (Comut) e a Rede Bibliodata–, todos conduzidos no âmbito do projeto Pinakes”.
A coordenadora também ressalta as ações da CGPC em relação à Ciência Aberta e ao desenvolvimento de sistemas contextuais para atender às necessidades de informação sobre a COVID-19, bem como as ações da Parceria para Governo Aberto. “Em 2020, conduzimos uma revisão dos nossos sistemas para o aumento da qualidade dos serviços prestados. Além disso, destaco os 18 anos completados da BDTD, que congrega as teses e dissertações defendidas em instituições brasileiras de ensino e pesquisa”, acrescenta Bianca.
Confira em detalhes todas as ações realizadas pela CGPC em 2020:
Diretório de Fontes de Informação Científica de Livre Acesso sobre o Coronavírus – O diretório tem o objetivo de reunir as fontes de informações científicas em acesso aberto, tanto nacionais como internacionais, que disponibilizam conteúdos sobre o coronavírus e a COVID-19. O serviço está inserido dentro dos princípios do Ibict de uma atuação comprometida e disseminadora da Ciência Aberta no Brasil.
O diretório disponibiliza artigos científicos já publicados e também preprints (em português pré-publicações), ou seja, um manuscrito de um artigo científico que ainda não foi publicado em uma revista científica. Além disso, o diretório reúne dados de pesquisa, ensaios clínicos, teses, dissertações, relatórios e evidências e outros materiais referentes à produção dos pesquisadores de todo o mundo. Conheça o Diretório de Fontes de Informação Científica de Livre Acesso sobre o Coronavírus: http://diretoriodefontes.ibict.br/coronavirus/.
Repositório de Preprints Emerging Researcher Information – O EmeRI tem o objetivo de prestar serviços às revistas e editores, de modo a agilizar a difusão de resultados de pesquisas científicas emergentes a partir da disponibilização de arquivos de preprints.
A proposta do EmeRI surgiu conforme demandas espontâneas de alguns editores científicos brasileiros que viram a necessidade de acelerar a disponibilização dos artigos submetidos a suas revistas, especialmente frente à pandemia do coronavírus.
O EmeRI insere-se nos movimentos mundiais de Acesso Aberto e Ciência Aberta, que pressupõem, respectivamente, o acesso à informação científica livre de barreiras e a abertura e a celeridade do processo científico. O repositório está organizado a partir da estrutura do Dspace em uma comunidade que abarca coleções e coleções que englobam itens.
O acesso ao EmeRI e aos preprints depositados é livre e irrestrito a todos os interessados. Conheça o EmeRI e colabore com a iniciativa: https://preprints.ibict.br/.
Rede de Especialistas e Pesquisas sobre Coronavírus e Síndrome Respiratória Aguda Grave – O objetivo da Rede de Especialistas e Pesquisas é apresentar a rede de colaboração existente entre pesquisadores e sua respectiva produção científica sobre os temas coronavírus, síndrome aguda respiratória e COVID-19.
Os resultados apresentados foram obtidos por meio do mapeamento na plataforma Lattes das pesquisas científicas que continham termos específicos relacionados aos temas coronavírus, síndrome aguda respiratória e COVID-19, identificando-se seus respectivos autores/pesquisadores.
A plataforma Rede de Especialistas e Pesquisas sobre os temas Coronavírus, Síndrome Aguda Respiratória e COVID-19, desenvolvida pelo Ibict e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com a curadoria do pesquisador Fábio Gouveia, foi gerada a partir do uso da ferramenta ScriptLattes, desenvolvida pelos professores Jesús P. Mena-Chalco e Roberto M. Cesar-Jr, da Universidade Federal do ABC e da Universidade de São Paulo, respectivamente. Acesse: http://especialistasepesquisas.ibict.br/wordpress/.
4º Plano de Ação Nacional em Governo Aberto – O Brasil publicou, em 29 de outubro de 2018, o seu 4º Plano de Ação Nacional composto por 11 compromissos, os quais foram cocriados com o envolvimento de 105 pessoas, representantes de 88 instituições, sendo 39 organizações da sociedade civil, 39 órgãos da Administração Pública Federal e 10 órgãos das Administrações Públicas Estaduais e Municipais.
O plano integra a Parceria para Governo Aberto (do inglês, Open Government Partnership - OGP). O Ibict foi uma das instituições participantes do 3º compromisso do 4º Plano de Ação Nacional para Governo Aberto. Saiba mais clicando aqui.
Entre os marcos sob responsabilidade direta ou indireta do Ibict, estiveram a definição de diretrizes e princípios para políticas institucionais de apoio à Ciência Aberta; a promoção de ações de sensibilização, participação e capacitação em Ciência Aberta; a implantação de uma infraestrutura federada piloto de repositórios de dados de pesquisa; e a proposição de padrões de interoperabilidade para repositórios de dados de pesquisa.
A criação da infraestrutura federada envolveu três grandes questões: a existência de um portal agregador dos dados, a disponibilidade dos próprios repositórios e protocolos de interoperabilidade entre o portal agregador e os repositórios. O Portal Brasileiro de Publicações Científicas em Acesso Aberto (oasisbr) foi escolhido como o mecanismo agregador dos dados e já está disponibilizando os primeiros dados de pesquisa agregados (veja aqui).
“A disponibilização dos dados de pesquisa agregados no oasisbr traz uma complexidade muito maior para o sistema, mas já estamos prontos para atuar nessa frente, inclusive por causa de todo o trabalho que foi desenvolvido em parceria com as instituições da OGP Brasil. Além de atuar no fortalecimento e crescimento do oasisbr, vamos ajudar a fomentar a criação de repositórios em instituições brasileiras de ensino e pesquisa de todo o país”, explica Washington Segundo, coordenador de Tratamento, Análise e Disseminação da Informação Científica do Ibict.
Aniversário da BDTD – Mais de 600 mil teses e dissertações estão disponíveis sem nenhum custo na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações, que reúne, em um só portal de busca, as teses e dissertações defendidas em instituições brasileiras de ensino e pesquisa. São mais de 120 instituições participantes da BDTD, públicas e privadas, de todas as regiões do Brasil. A BDTD completou 18 anos em 2020. Conheça a BDTD clicando aqui.
Projeto Pinakes – Considerados serviços tradicionais do Ibict, o CCN, o Comut e a Rede Bibliodata poderão também ser acessados por meio de uma única plataforma agregadora de conteúdo, no âmbito do Projeto Pinakes. O Catálogo Integrado Brasileiro de Registros Bibliográficos (Pinakes) possibilitará, por meio de uma plataforma única de busca, recuperar os registros bibliográficos técnico-científicos presentes nos acervos das instituições brasileiras de ensino e pesquisa. Conheça o projeto Pinakes clicando aqui.
BrCRIS – Durante o ano 2020, a CGPC também atuou no fortalecimento do projeto BrCris. CRIS é um acrônimo para Current Research Information System. Desde 2015 o Ibict vem desenvolvendo ações para a construção de um CRIS nacional, que foi denominado BrCris.
O BrCris tem por objetivo estabelecer um modelo único de organização da informação científica de todo o ecossistema da pesquisa brasileira. Entre os agentes desse ecossistema estão pesquisadores, projetos, infraestruturas, laboratórios e instituições de pesquisa e financiadores, além dos resultados da pesquisa expressos principalmente por publicações científicas, teses, dissertações, conjuntos de dados científicos, software e patentes.
Patrícia Osandón
Núcleo de Comunicação Social do Ibict
Confira como foi a live sobre o Portal Brasileiro de Publicações Científicas em Acesso Aberto
O pesquisador Washington Segundo, coordenador do Laboratório de Metodologias de Tratamento e Disseminação da Informação do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), participou de uma live sobre o Portal Brasileiro de Publicações Científicas em Acesso Aberto (oasisbr). O evento ocorreu no dia 04 de setembro e contou com transmissão ao vivo pelo canal Youtube Plurissaberes, da Biblioteca de Ciências Humanas da Universidade Federal do Ceará (UFC). A apresentação do pesquisador foi mediada por Clediane Guedes, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Ao longo da live, Washington Segundo trouxe debates fundamentais sobre o movimento do Acesso Aberto, detalhou o funcionamento do oasisbr e da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) e reforçou a importância do papel das agências de fomento para o fortalecimento e o crescimento da Ciência Aberta. Como explicou Washington, o oasisbr é formado por uma rede de mais de 500 instituições, as quais agregam mais de 1250 fontes e aproximadamente 2,6 milhões de documentos, reunindo repositórios institucionais, bibliotecas locais de teses e dissertações e revistas eletrônicas de acesso aberto. Atualmente, o Portal Brasileiro de Publicações Científicas em Acesso Aberto já está disponibilizando dados de pesquisa agregados (veja aqui).
Além disso, o pesquisador explicou sobre a dimensão, a descrição, os formatos e o ciclo de vida dos dados – os quais devem ser diferenciados das publicações científicas. Conforme o pesquisador, um repositório de dados de pesquisa é relevante para instituições por possibilitar o compartilhamento e a reutilização dos dados, bem como sua curadoria, visibilidade, gestão e preservação. Além disso, um repositório de dados de pesquisa pode proporcionar economia de recursos.
Entre vários aspectos debatidos, Washington Segundo detalhou como o Ibict tem atuado, nos últimos anos, no suporte à criação de repositórios de dados de pesquisa, nas capacitações e no desenvolvimento, adaptação e difusão de diretrizes. Por fim, houve na palestra on-line do pesquisador destaque para a formação de parcerias, como, por exemplo, a existente com a Rede Federada Latino-Americana de Repositórios Institucionais de Documentação Científica (LA Referencia).
A live está disponível integralmente no Canal Plurissaberes. Clique abaixo para assistir.
Patrícia Osandón
Núcleo de Comunicação Social do Ibict
Pesquisador do Ibict ministra palestra sobre "Repositórios de dados de pesquisa no contexto da COVID-19"
O pesquisador Washington Segundo, coordenador do Laboratório de Metodologia de Tratamento e Disseminação da Informação do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (COLAB/Ibict), participou, no último dia 16, do Seminário Internacional sobre Gestão de Dados de Pesquisa em Saúde GOFAIR Brasil Saúde e GOFAIR Brasil Saúde Enfermagem.
Washington Segundo foi responsável por ministrar o módulo "Repositórios de dados de pesquisa no contexto da COVID-19", em parceria com Viviane Veiga, professora permanente do Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS/ICICT/Fiocruz) e coordenadora da Rede de Bibliotecas Fiocruz e da Rede GO FAIR Brasil Saúde.
Durante a palestra on-line, Washington Segundo e Viviane Veiga apresentaram debates envolvendo os repositórios de dados no Brasil e no mundo e defenderam a importância da Ciência Aberta para o avanço das pesquisas brasileiras. Como detalhou Viviane Veiga, a ciência vive um momento particular por causa da necessidade do compartilhamento de dados sobre a COVID-19 devido às exigências dos periódicos, dos organismos da saúde e das agências de fomento.
“O compartilhamento de dados, no momento atual, é fundamental para salvar vidas. Além disso, o compartilhamento colabora para prevenir ou reduzir a possibilidade de perda de conhecimento. Precisamos repensar o processo científico e ampliar a visibilidade e o impacto da ciência. Ninguém faz ciência sozinho”, pontuou Viviane Veiga durante a apresentação.
Washington Segundo explicou a necessidade de diretrizes para o compartilhamento de dados de pesquisa, demanda que tem sido realizada a partir da parceria estabelecida entre membros de um grupo de trabalho composto por várias instituições brasileiras. A partir do 4º Plano de Ação Nacional para Governo Aberto, lançado em outubro de 2018 no âmbito da Parceria para Governo Aberto (OGP), estas instituições têm trabalhado para a criação de uma Rede Federada de Repositórios de Dados de Pesquisa.
Como pontuou Washington, a criação da rede envolve três grandes questões: a existência de um portal agregador dos dados, a disponibilidade dos próprios repositórios e protocolos de interoperabilidade entre o portal agregador e os repositórios. A proposta é que o Portal Brasileiro de Publicações Científicas em Acesso Aberto (oasisbr) seja o mecanismo agregador dos dados.
“Estamos conseguindo avançar para uma nova fase na qual o oasisbr será um agregador tanto de repositórios de publicações científicas, teses e dissertações, quanto também de repositórios de dados de pesquisa”, explicou Washington Segundo. A fase mencionada pelo pesquisador está prevista para ocorrer a partir de agosto de 2020.
Além do Ibict e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), estão envolvidos de maneira direta ou indireta na criação da Rede Federada de Repositórios de Dados de Pesquisa as seguintes instituições: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Associação Brasileira de Editores Científicos (ABEC), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Open Knowledge Foundation Brasil, Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e Universidade de Brasília (UnB).
Patrícia Osandón
Núcleo de Comunicação Social do Ibict
A COVID-19 no oasisbr: destaque para saúde pública e educação a distância
Cientistas brasileiros e de todo o mundo têm trabalhado intensamente desde que a COVID-19 atingiu a humanidade. Entre as evidências da dedicação dos cientistas está o aumento no número de publicações voltadas especificamente para a COVID-19 em vários portais de periódicos, muitos dos quais tornaram-se abertos para a disseminação do conhecimento durante a pandemia.
Uma dessas iniciativas de disseminação do conhecimento é o Portal Brasileiro de Publicações Científicas em Acesso Aberto, o oasisbr, desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict). No oasisbr, que é pautado pelos princípios da Ciência Aberta, é possível pesquisar sobre tudo.
Na busca geral sobre o termo "coronavírus", por exemplo, o usuário pode encontrar quase 300 resultados. O usuário que realizar uma busca específica pelo termo COVID-19 obterá resultados de publicações totalmente voltadas para o assunto. Entre os subtemas da COVID-19 discutidos pelas publicações estão questões relacionadas à doença, à saúde pública, às estratégias para a educação a distância durante a pandemia, entre outros (clique aqui para ler a busca específica).
O Portal Brasileiro de Publicações Científicas em Acesso Aberto é um mecanismo de busca multidisciplinar que permite o acesso gratuito à produção científica de autores vinculados a universidades e institutos de pesquisa brasileiros. Por meio do oasisbr é possível também realizar buscas em fontes de informação portuguesas.
Clique aqui para conhecer o Portal Brasileiro de Publicações Científicas em Acesso Aberto.
Ibict na liderança da Ciência Aberta contra a COVID-19
Além do portal oasisbr, o Ibict possibilita à comunidade científica várias formas de acesso ao conhecimento sobre a COVID-19. Em março, o Ibict lançou o Diretório de Fontes de Informação Científica de Livre Acesso sobre o Coronavírus, que reúne as fontes de informações científicas em acesso aberto. Também foi lançado um mapa interativo com os dados da Covid-19 no Brasil, na plataforma Visão, desenvolvida pelo Ibict. Além disso, o Ibict deve lançar uma plataforma em parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTIC) e um repositório em colaboração com a Associação Brasileira de Editores Científicos (Abec).
Parte dessas ações são realizadas dentro do comprometimento do Ibict com a disseminação da Ciência Aberta no Brasil. A Ciência Aberta é uma prática científica que visa uma transformação no modus operandi da pesquisa científica. Ela pressupõe a abertura de todo o processo científico, que deve ser feito de modo transparente e colaborativo. A Ciência Aberta inclui o compartilhamento dos dados de pesquisa, das publicações, metodologias, ferramentas e softwares utilizados, possibilitando sua reutilização e replicabilidade por outros pesquisadores. Além disso, também inclui o conceito de Ciência Cidadã, em que o engajamento da sociedade no processo científico é valorizado.
Texto: Patrícia Osandón
Arte: Andréa Fleury
Núcleo de Comunicação Social do Ibict
De coronavírus a carnaval: conheça o oasisbr, portal que explica tudo a partir da ciência
Imagine um portal onde é possível encontrar informações confiáveis e embasadas cientificamente sobre tudo: desde as questões que mais têm alertado o mundo sobre saúde, como o coronavírus e a dengue, até paixões tipicamente brasileiras, como o carnaval e o futebol.
Imaginou? Bom, esse portal já existe e é uma iniciativa brasileira liderada pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict). Trata-se do Portal Brasileiro de Publicações Científicas em Acesso Aberto - oasisbr, que permite o acesso gratuito à produção científica brasileira de autores brasileiros vinculados às universidades e institutos de pesquisa.
Uma procura no oasisbr sobre o termo “carnaval”, por exemplo, gera mais de mil resultados, que contemplam, em sua maioria (veja lista completa no link abaixo), dissertações, artigos e teses, além de relatórios, capítulos de livros e outros tipos de documentos.
A pesquisa sobre carnaval no oasisbr indica que quase todos os estudos foram escritos em português e discutem, direta ou indiretamente, questões relacionadas à cultura popular, ao turismo e a valorização das comunidades locais. Também são discutidos assuntos sobre carnaval relacionados à cadeia produtiva das celebrações, segurança pública, vigilância epidemiológica e questões de gênero e raça em diversas regiões do país.
Para conhecer as publicações brasileiras publicadas no oasisbr que discutem questões relacionadas ao carnaval clique aqui.
Sobre o portal oasisbr
O Portal brasileiro de publicações científicas em acesso aberto - oasisbr é um mecanismo de busca multidisciplinar que permite o acesso gratuito à produção científica de autores vinculados a universidades e institutos de pesquisa brasileiros. Por meio do oasisbr é possível também realizar buscas em fontes de informação portuguesas.
Inserido no contexto do Movimento em favor do Acesso Aberto à Informação Científica, os objetivos do oasisbr são contribuir para o aumento da visibilidade da produção científica e brasileira e de seus pesquisadores, nacional e internacionalmente; oferecer à comunidade científica brasileira acesso facilitado, qualificado e rápido a toda informação científica brasileira disponível em arquivos digitais em acesso aberto, entre outros.
Acesse o portal: http://oasisbr.ibict.br/vufind/.
Texto: Núcleo de Comunicação Social do Ibict
Foto de capa: Roberto Tostes/FreeImages
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