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Cada vez mais, a Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) tem se mostrado uma das técnicas mais eficazes para medir o desempenho socioambiental de produtos, serviços e organizações e um estudo de ACV depende de bases de dados com inventários de processos que forneçam insumos aos sistemas sob avaliação.

Neste sentido, o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) mantém, desde 2015, o Banco Nacional de Inventários do Ciclo de Vida de Produtos Brasileiros (SICV Brasil), um banco de dados criado para abrigar Inventários do Ciclo de Vida (ICVs) de produtos nacionais.

A ferramenta é um dos provedores da plataforma internacional Rede Global de Acesso a Dados de ACV (GLAD na sigla em inglês) e tem como objetivo manter e assegurar o acesso aos dados de inventários de produtos e processos da indústria brasileira, bem como validar as informações a serem inseridas.

Entretanto, um dos desafios enfrentados neste processo tem a ver com os formatos dos inventários, cujos principais são ecospold e ILCD. Por cada um ter uma estrutura própria, isso pode trazer algumas dificuldades na utilização dos inventários, a depender do software de apoio à ACV usado.

Para minimizar estes problemas, foi lançado o Manual de validação de inventários convertidos de ecospold2 para ILCD, realizado numa parceria entre o Ibict, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o grupo Gyro da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).

De acordo com o pesquisador do Ibict, Thiago Rodrigues, o documento foi criado porque muitos dos inventários produzidos no Brasil estão no formato ecospold, enquanto o SICV Brasil abriga datasets no formato ILCD, por ser de acesso aberto. “O desafio era converter os datasets (ecospold -> ILCD) sem perda de informação e integridade”, relata.

O documento apresenta, de forma didática, um passo-a-passo para baixar os programas necessários, abrir arquivos, coletar e validar dados que já foram convertidos por meio de um conversor nomeado Lavoisier.

O conversor é um dos resultados do projeto Rota Estratégica de Base de Dados Nacionais de ACV, executado pela UTFPR e pelo Ibict, supervisionado pela ecoinvent, implementado pela ONU Meio Ambiente e financiado pela Comunidade Europeia.

Clique aqui para acessar o Manual de validação de inventários convertidos de ecospold2 para ILCD.

Lucas Guedes
Núcleo de Comunicação Social do Ibict

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No último dia 23 de julho o engenheiro florestal e pesquisador do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), Thiago Rodrigues, palestrou no evento eDOC Online Engenharia.

O pesquisador abordou a importância da organização de dados, a gestão da informação tecnológica para sustentabilidade e apontou suas perspectivas sobre a Engenharia 4.0 e da Sociedade 5.0.

Para Thiago, “o grande chefe de campanha” da Sociedade 5.0 é o Japão, mas alerta para o fato de que esse recorte é preocupante por se tratar de uma sociedade atípica em relação aos outros países.

“O Japão está em um nível de qualidade de vida e de igualdade social muito além do que a maior parte dos países, então ele consegue vender esta ideia de Sociedade 5.0, na qual se parte de uma economia tradicional para uma economia criativa”, explicou.         

Ao falar sobre sustentabilidade da gestão da informação, Thiago apresentou aspectos que precisam ser levados em conta quando se fala de uma nova sociedade, como externalidades e custos socioambientais. “Navegar na internet emite mais CO2 que andar de avião”, comenta ao citar uma pesquisa do Shift Project publicada no portal Deutsche Welle (DW) em 2019.

Foi apresentado ainda o Banco Nacional de Inventários do Ciclo de Vida de Produtos Brasileiros (SICV Brasil), um banco de dados criado pelo Ibict para abrigar Inventários do Ciclo de Vida (ICVs) de produtos nacionais.

O tema central do evento, que aconteceu entre 22 e 24 de julho, foi Engenharia & Gestão da Informação no cenário da Transformação Digital & Cases Paperless, e reuniu especialistas da área para discutir as principais tendências, perspectivas e aplicações da transformação digital na Gestão da Informação e documentação em projetos da Engenharia 4.0.

Veja a palestra completa abaixo:

Lucas Guedes
Núcleo de Comunicação Social do Ibict

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Representantes da comunidade da Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) brasileira se reuniram no dia 22 de junho para discutir temas como padronização, normatização e representatividade dos Inventários do Ciclo de Vida de produtos brasileiros (ICVs).

O webinário “Guia Qualidata - requisitos de qualidade de conjuntos de dados para o SICV Brasil” contou com a participação de 71 pessoas e foi ministrado por Thiago Rodrigues e Tiago Braga (Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia - Ibict) e João Paulo Savioli (Gyro/Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR).

O encontro foi realizado para atender a demanda dos projetos aprovados na chamada MCTI-CNPq n° 40/2018, criada para apoiar a execução de projetos de pesquisa focados na construção de ICVs e alimentar o Banco Nacional de Inventários de Ciclo de Vida (SICV Brasil) em consonância com as diretrizes do Guia Qualidata.

De acordo com Thiago Rodrigues, mais de 40 inventários que estão sendo produzidos com o apoio da chamada estão de acordo com os requisitos do Qualidata. “Além do guia, pudemos conhecer o conversor de formatos para inventários (ecospold 2 -> ILCD) e o Importador, nova plataforma para submissão de inventários ao SICV Brasil”, relata.

Lançado em 2017, no II Fórum Brasileiro de Avaliação do Ciclo de Vida (BRACV), o guia tem como objetivo orientar a submissão de datasets para o SICV Brasil de acordo com os requisitos mínimos exigidos de documentação e garantir que estejam disponibilizadas as informações necessárias para o usuário interpretar os resultados sem restringir métodos de elaboração de conjuntos de dados.

Para acessar o guia, clique aqui.

Lucas Guedes
Núcleo de Comunicação Social do Ibict

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O pesquisador do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) Thiago Rodrigues participou, nesta terça-feira (16/06), do eDoc Talks, evento online que discutiu a Gestão da Informação no cenário atual e pós-pandemia.

Mediado pelo consultor Marco Godinho, o encontro contou com a presença de Todeska Badke, diretora do programa de capacitação e treinamento eDoc; José Antônio Pereira do Nascimento, gerente de Documentação Técnica e Legal da Petrobras; e Otto Machado, CEO da Profits Consulting.

A partir do tema central, foram discutidos tópicos como inovação em engenharia, ferramentas de gestão documental, big data, assinatura digital, softwares corporativos de gestão, visualização e verificação online de documentos e comparação de revisão, entre outros.

Thiago falou sobre o papel da sustentabilidade no processo da inovação, da importância da comunicação como ponto de fluidez na troca de informações, do consumo de energia envolvido nos processos de digitalização e da transversalidade que une as palavras informação e sustentabilidade. “Não se promove o desenvolvimento sustentável se você não estiver muito bem amparado de informação”.

Segundo o pesquisador, um produto ou serviço pode ser considerado sustentável (ou não) a depender, principalmente, das dimensões econômicas, sociais e ambientais, ainda que aspectos culturais, políticos e espaciais também sejam levados em conta na hora de conceituar um produto ou serviço como sustentável.

Tais dimensões geram uma infinidade de dados que precisam ser levantados, armazenados, disponíveis e acessíveis. Nesse sentido, Thiago citou o exemplo do Banco Nacional de Inventários do Ciclo de Vida de Produtos Brasileiros (SICV Brasil), criado pelo Ibict, que agrega inventários de produtos de economia nacional e que, por sua vez serão convertidos em impacto ambiental.

O eDoc Talks foi uma espécie de aquecimento para o eDOC Online Engenharia, primeiro evento no Brasil que o seguimento de Gestão da Informação fará sobre o assunto e que acontecerá o entre os dias 22 e 24 de julho de 2020. O evento é gratuito e as inscrições podem ser realizadas neste link.

Para assistir ao vídeo completo do evento, clique aqui.

Lucas Guedes
Núcleo de Comunicação Social do Ibict

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O Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) participou ontem, 11/6, da apresentação e do lançamento da rede Global LCA Data Access (GLAD). Em formato de webinar, o evento reuniu consultores, representantes de bases de dados e agentes governamentais ligados à Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) ao redor do mundo.

Com painéis, pesquisas interativas e demonstrações ao vivo dos principais recursos da GLAD, o evento buscou aprofundar a experiência dos fornecedores de conjuntos de dados (datasets) desde o início da rede, em 2012, quando a Comissão Europeia realizou o Fórum Internacional de ACV.

A abertura do encontro foi realizada por Llorenç Milà i Canals, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), que conduziu o lançamento organizando as apresentações dos participantes. Dentre eles, Tiago Braga, coordenador-geral de Tecnologias da Informação e Informática (CGTI) e Thiago Rodrigues, especialista em ACV e pesquisador na coordenação de Tecnologias Aplicadas a Novos Produtos (COTEA) do Ibict.

Em sua fala, Thiago Rodrigues expôs porque a GLAD é importante para o Banco Nacional de Inventários do Ciclo de Vida de Produtos Brasileiros (SICV Brasil), sistema criado pelo Ibict para abrigar Inventários do Ciclo de Vida (ICVs) de produtos nacionais. Para ele, a relevância vem do aumento substancial da visibilidade e alcance dos datasets brasileiros inseridos na GLAD, o que faz do SICV um banco de dados global.

De acordo com o pesquisador, as cadeias produtivas são globais para quase todo e qualquer produto. “Uma pesquisadora na Europa ou um gerente de sustentabilidade na Ásia ou ainda uma agente governamental na África podem precisar de dados ambientais sobre produtos que importam do Brasil para tomar decisões mais efetivas para mitigar impactos socioambientais”, explica.

Tiago Braga disse que um dos principais motivos por que o Brasil optou por fazer parte da GLAD foi a oportunidade de ter uma rede global aberta que suportasse conexões de uma diversidade de usuários, com o objetivo de encontrar informações que permitam compreender melhor o fluxo de energia e materiais e como a produção de bens e serviços poderia impactar nosso meio ambiente.

Ainda segundo o coordenador, como instituição responsável por hospedar reconhecidos datasets nacionais da ACV , “o Ibict apoiou a GLAD desde o início, pois acredita que todos são beneficiados quando há um projeto focado em fornecer informações importantes e a rede que estamos lançando hoje sempre se comprometeu com isso”.

A íntegra da gravação será disponibilizada em breve.

 A GLAD

Criada em 2012, a Global LCA Data Access (GLAD) é uma rede global entre países que visa permitir a interoperabilidade de estudos de Inventário do Ciclo de Vida. Basicamente o que se pretende é possibilitar que estudos feitos em qualquer ferramenta possam ser utilizados em qualquer outra ferramenta e compartilhados entre bancos de dados diferentes.

O Ibict foi o primeiro a presidir a rede, e hospedou o encontro de 2016 da GLAD. Participa juntamente com instituições e empresas de países como Chile, China, Estados Unidos, França, Japão, Itália, Malásia, México, Suécia, Suíça e Tailândia – e União Europeia.

Lucas Guedes
Núcleo de Comunicação Social do Ibict

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O Banco Nacional de Inventários do Ciclo de Vida de Produtos Brasileiros (SICV Brasil) vai receber quase 200 novos inventários (ICVs) do setor agrícola, construção civil, hotelaria e energia produzidos no âmbito do projeto Sustainable Recycling Industries (SRI).

O projeto foi financiado pelo governo suíço e o componente específico para ICVs foi coordenado pela ecoinvent, por isso, um rigoroso trabalho de pesquisa para a conversão segura dos formatos (ecospold >>> ILCD) tem sido desenvolvido.

Esse trabalho é uma parceria do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) com a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), que desenvolveu um conversor de inventários que será incorporado ao importador do SICV Brasil.

Thiago Rodrigues, especialista em Avaliação do Ciclo de Vida (ACV), explica que o conversor é um dos resultados do projeto Rota Estratégica de Base de Dados Nacionais de ACV, executado pela UTFPR e pelo Ibict, supervisionado pela ecoinvent, implementado pela ONU Meio Ambiente e financiado pela Comunidade Europeia.

Para testar a ferramenta, 115 inventários da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) já foram convertidos e 45 do Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo, vinculado à USP, estão no processo de conversão.

No momento, especialistas da Embrapa estão checando os resultados da conversão. “O processo tem sido exitoso e os inventários convertidos são funcionais, mas ainda há pequenos ajustes a serem feitos. A expectativa é que na ocasião do Congresso Brasileiro de Gestão do Ciclo de Vida (GCV 2020), que acontece em outubro, o SICV já tenha esses inventários inseridos e disponibilizados gratuitamente para a sociedade”, completa Thiago.

O SICV Brasil é um banco de dados criado pelo Ibict para abrigar Inventários do Ciclo de Vida (ICVs) de produtos nacionais. O sistema é um gerenciador de bases de dados que visa um conjunto consolidado dos inventários brasileiros, o que implica diretamente no aumento da competitividade da indústria nacional vinculado a um melhor desempenho ambiental de produtos e serviços.

O banco de inventários centraliza as informações de ICVs, possibilitando a diferentes usuários de diversos setores como governo, indústria e academia, manterem seus inventários dentro de um mesmo vinculo chamado de “nó”. Esses vínculos se conectam formando uma rede de dados de ACV, baseada em uma estrutura de informações mundialmente integrada.

Para saber mais sobre o SICV Brasil, clique aqui.

Lucas Guedes
Núcleo de Comunicação Social do Ibict

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