Gestão da informação tecnológica para a sustentabilidade é tema de palestra com pesquisador do Ibict
No último dia 23 de julho o engenheiro florestal e pesquisador do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), Thiago Rodrigues, palestrou no evento eDOC Online Engenharia.
O pesquisador abordou a importância da organização de dados, a gestão da informação tecnológica para sustentabilidade e apontou suas perspectivas sobre a Engenharia 4.0 e da Sociedade 5.0.
Para Thiago, “o grande chefe de campanha” da Sociedade 5.0 é o Japão, mas alerta para o fato de que esse recorte é preocupante por se tratar de uma sociedade atípica em relação aos outros países.
“O Japão está em um nível de qualidade de vida e de igualdade social muito além do que a maior parte dos países, então ele consegue vender esta ideia de Sociedade 5.0, na qual se parte de uma economia tradicional para uma economia criativa”, explicou.
Ao falar sobre sustentabilidade da gestão da informação, Thiago apresentou aspectos que precisam ser levados em conta quando se fala de uma nova sociedade, como externalidades e custos socioambientais. “Navegar na internet emite mais CO2 que andar de avião”, comenta ao citar uma pesquisa do Shift Project publicada no portal Deutsche Welle (DW) em 2019.
Foi apresentado ainda o Banco Nacional de Inventários do Ciclo de Vida de Produtos Brasileiros (SICV Brasil), um banco de dados criado pelo Ibict para abrigar Inventários do Ciclo de Vida (ICVs) de produtos nacionais.
O tema central do evento, que aconteceu entre 22 e 24 de julho, foi Engenharia & Gestão da Informação no cenário da Transformação Digital & Cases Paperless, e reuniu especialistas da área para discutir as principais tendências, perspectivas e aplicações da transformação digital na Gestão da Informação e documentação em projetos da Engenharia 4.0.
Veja a palestra completa abaixo:
Lucas Guedes
Núcleo de Comunicação Social do Ibict
Pesquisadores do Ibict participam do 7º EBBC com o tema "Diálogos sobre Ciência Aberta"
A partir do tema "Diálogos sobre Ciência Aberta", o Encontro Brasileiro de Bibliometria e Cientometria (7° EBBC) reuniu, no último dia 23, estudantes e profissionais de todo o país para discussões sobre Ciência Aberta no Brasil. O webinar contou com a presença de Sarita Albagli, professora do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação (PPGCI), desenvolvido por meio de convênio entre a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), André Appel, pesquisador da Coordenação de Tecnologias Aplicadas a Novos Produtos do Ibict, e os pesquisadores Vanessa Jorge e Josué Languardia, representando a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O evento foi aberto pela professora Sarita Albagli, que fez um panorama sobre a Ciência Aberta e a relação entre Ciência Aberta e Ciência Cidadã, detalhando as redes de atores envolvidos no processo, as transformações vivenciadas a partir da COVID-19 e a importância da interação entre ciência e movimentos sociais. Conforme a professora, a Ciência Aberta é um campo de disputas e deve envolver uma profunda mobilização social, de modo que várias estratégias sejam desenvolvidas coletivamente com a participação de toda a sociedade.
Em seguida, a pesquisadora Vanessa Jorge debateu questões envolvendo o compartilhamento, a abertura e a gestão de dados no contexto da Ciência Aberta, bem como trouxe detalhes a respeito de uma rede de instituições que atuam no âmbito do 4º Plano de Ação Nacional para Governo Aberto, lançado em outubro de 2018 dentro da Parceria para Governo Aberto (OGP). Além disso, Vanessa Jorge detalhou questões envolvendo as diferenças entre o compartilhamento e a abertura de dados, bem como o campo científico da Ciência Aberta e todas as relações estabelecidas, a partir dos estudos do sociólogo Pierre Bourdieu e as disputas de poder.
Por sua vez, André Appel realizou uma apresentação voltada para a Ciência Aberta, as publicações abertas e a gestão de dados de pesquisa. Ao longo da apresentação, o pesquisador discutiu sobre o conceito e o processo de geração e sustentabilidade de dados de pesquisa e explicou detalhes a respeito das publicações científicas e do papel do pesquisador com a Ciência Aberta.
Por fim, José Languardia detalhou as ações de Ciência Aberta realizadas pela Fiocruz, no âmbito da Coordenação de Informação e Comunicação. Conforme Josué Languardia, a Ciência Aberta na Fiocruz está amparada em alguns princípios, entre eles o interesse público, a gestão de abertura de dados para pesquisa e o desenvolvimento de capacidades e sustentabilidade.
O evento pode ser assistido integralmente via Youtube. Clique aqui para assistir (link via Youtube).
Patrícia Osandón
Núcleo de Comunicação Social do Ibict
Avaliação de Impactos Ambientais do Módulo Fotovoltaico: conheça a pesquisa de Adriana Oliveira
A energia solar fotovoltaica é obtida quando a irradiação solar é transformada diretamente em energia elétrica, sem passar pela fase de energia térmica, como acontece no sistema heliotérmico.
No intuito de analisar os impactos ambientais causados neste processo, a pesquisadora do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) Adriana Oliveira, desenvolveu a dissertação de mestrado Avaliação de Impactos Ambientais do Módulo Fotovoltaico: Produção e Uso como Fonte de Energia Elétrica, defendida em 2017 na Universidade Federal de Brasília (UnB).
Adriana é engenheira de energia e mestre em Ciências Mecânicas pela UnB. No Ibict, atua como bolsista no projeto Amazônia Legal Sem Resíduo e faz parte do grupo de Informação para Sustentabilidade na Coordenação de Tecnologias Aplicadas a Novos Produtos (COTEA).
A metodologia empregada na pesquisa foi a Avaliação do Ciclo de Vida (ACV), que proporcionou uma análise dos impactos da geração de eletricidade a partir do módulo fotovoltaico desde sua produção até sua aplicação como fonte de energia elétrica em uma residência.
Na entrevista abaixo, a pesquisadora apresenta mais detalhes sobre seu objeto de pesquisa e sua relação com ACV.
Por que você escolheu este tema para sua dissertação?
O curso de Engenharia de Energia da UnB é bastante amplo. Ele permite que você possa trabalhar com todas as fontes de energia existentes. Desta forma, durante a graduação, foquei em me especializar na área de energias renováveis. Com isso, ao finalizar a graduação, tive a oportunidade de trabalhar em uma empresa que comercializava produtos fotovoltaicos, o que me proporcionou uma especialização nessa área. Ao iniciar o mestrado, quis aproveitar o tema em que estava trabalhando e aproveitá-lo para fazer um estudo nessa área.
A energia fotovoltaica é considerada uma energia limpa e renovável, com grandes expectativas de crescimento e inserção de forma mais efetiva na matriz energética brasileira. No entanto, devido à minha bagagem na graduação, eu desejava saber quão limpa e renovável é a energia fotovoltaica. Assim, procurei Sandra Luz, uma professora especialista em Avaliação do Ciclo de Vida de produtos que, por sorte, já havia me dado aula na graduação e tínhamos uma sinergia. Então, entramos no acordo de produzirmos uma dissertação que avaliasse os impactos ambientais do módulo fotovoltaico e, a partir desta análise, comparasse com a matriz energética brasileira.
Você já tinha trabalhado ou pesquisado ACV antes do mestrado?
Conhecia um pouco sobre o tema, mas não tive a oportunidade de trabalhar com essa temática na graduação. O mestrado foi o primeiro contato que tive com esse tema e foi o que me proporcionou me especializar mais nessa área e poder trabalhar no Ibict.
Qual a importância da ACV nos estudos dos impactos ambientais?
De acordo com a NBR ISSO 14.040, a ACV estuda os aspectos ambientais e os impactos potenciais ao longo da vida de um produto (isto é, do “berço ao túmulo”), desde a aquisição da matéria-prima, passando por produção, uso e disposição. As categorias gerais de impactos ambientais que necessitam ser consideradas incluem o uso de recursos, a saúde humana e as consequências ecológicas.
Assim, meu objetivo era analisar os impactos que o módulo fotovoltaico gerava ao longo da sua produção, pois depois que o sistema começa a gerar energia, de fato, não produz impactos ao meio ambiente. Mas quais impactos ele causava na sua produção? Responder a essa pergunta era o objetivo principal. E, após essa análise, quis comparar com os impactos que as principais fontes de energia que a matriz elétrica brasileira possui para, então, incentivar ou não a inserção mais efetiva da energia fotovoltaica no Brasil.
Como a ACV tem sido importante durante a pandemia?
A ACV é extremamente importante para avaliar os impactos ambientais de determinados produtos ou serviços. Ela permite identificar oportunidades para melhorar a forma de produção dos produtos e serve como base para tomada de decisões, seja em um planejamento estratégico ou em um rearranjo na produção de determinado produto.
Durante a pandemia, diversos serviços e produtos precisaram ser suspensos ou realizados de outra forma. Com o auxílio da ACV, as instituições podem avaliar os impactos que tais decisões podem refletir nesses serviços.
Em que ponto você considera que sua pesquisa mais contribui para ACV brasileira?
Durante o mestrado, tive dificuldades em encontrar estudos sobre ACV no contexto da energia fotovoltaica, principalmente estudos nacionais. Em outros países, a energia fotovoltaica é bastante utilizada na matriz energética, a exemplo da Alemanha, em que 25% da sua matriz energética é a base da energia solar. No entanto, o Brasil está com apenas 0,1% de inserção da energia fotovoltaica em sua matriz. Acredito que isso seja um reflexo de que há pouquíssimos estudos nacionais nessa temática.
Desta forma, vejo que a minha pesquisa contribuiu para que o Brasil pudesse ter mais estudos sobre ACV e energia fotovoltaica e também para questionar o porquê deste tipo de energia não ter uma inserção maior na matriz, já que possui diversos benefícios.
Para conhecer os resultados da pesquisa, acesse o trabalho completo aqui.
Lucas Guedes
Núcleo de Comunicação Social do Ibict
Pesquisador do Ibict discute Gestão da informação tecnológica para a sustentabilidade
Thiago Rodrigues, engenheiro florestal e pesquisador do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), é um dos palestrantes do eDOC Online Engenharia, que acontece entre os dias 22 e 24 de julho.
Com o tema Engenharia & Gestão da Informação no cenário da Transformação Digital & Cases Paperless, o evento vai reunir especialistas da área para discutir as principais tendências, perspectivas e aplicações da transformação digital na Gestão da Informação e documentação em projetos da Engenharia 4.0.
O pesquisador participará do eDoc no dia 23 (quinta-feira), às 18h30 e vai falar sobre a Gestão da informação tecnológica para sustentabilidade e quais são as perspectivas da Engenharia 4.0 e da Sociedade 5.0.
Thiago analisa que o século XXI é o auge da sociedade da informação, momento em que os dados são o “novo petróleo" e fomentam a quarta revolução industrial. “A Engenharia 4.0 é um dos pilares dessa revolução, uma engenharia fundamentada em compartilhamento de dados em qualquer etapa do processo produtivo”, informa.
O termo Engenharia 4.0 surge quase que simultaneamente ao da Indústria 4.0, a partir do desenvolvimento de novas tecnologias de produção que surgiram após as três revoluções industriais caracterizadas principalmente pelos avanços das áreas de mecânica (1780), elétrica (1870) e automação (1969). Neste sentido, a indústria 4.0 (2000+) tem como base enfoques na internet das coisas, em segurança, em big data analytics e em inteligência artificial, por exemplo.
Além da apresentação de projetos temáticos e cases de empresas públicas e privadas que abordam a relação entre Informação e Engenharia, serão discutidos temas como Digital Governament: soluções práticas para um governo digital em projetos de Engenharia; Gestão e fluxo da Informação na Engenharia: ambientes, ações, processos e ferramentas colaborativas; e Ambiente Paperless: como conviver com a gestão híbrida na Engenharia e avançar?
O evento é online e gratuito. A programação completa pode ser acessada aqui e as inscrições já podem ser realizadas neste link
Lucas Guedes
Núcleo de Comunicação Social do Ibict
RedeAPLmineral promove 2º Webinar Diálogos com o Setor Mineral
No próximo dia 21 de julho, às 18h, acontece o 2º Webinar Diálogos com o Setor Mineral, que desta vez abordará a Importância da Metodologia BIM para Impulsionamento de Negócios Digitais para os APL de Base Mineral na retomada da economia.
O evento faz parte de uma série de encontros virtuais, “Diálogos com o Setor Mineral’, promovidos pelo CT RedeAPLmineral, que subsidiarão a realização do XVII Seminário Nacional de Arranjos Produtivos Locais de Base Mineral, que acontecerá em novembro, tendo como assunto central “Os impactos e as oportunidades para o setor mineral em tempos de Covid”.
A escolha do tema deste webinar vem após a publicação do decreto nº 10.306 do Governo Federal, de 2 de abril de 2020, que estabeleceu a utilização do BIM (Building Information Modelling) na execução direta ou indireta de obras e serviços de engenharia realizadas pelos órgãos e pelas entidades da administração pública federal, o que confere mais precisão, transparência e redução de desperdício.
O evento será mediado pelo pesquisador do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência de Tecnologia (Ibict) Roosevelt Tomé Silva Filho e contará com a participação de Ceissa Campos Costa, presidente do Sindicato da Indústria do Gesso (SINDUSGESSO), Adriana Pessoa (Ministério da Economia – ME), Leonardo Santana (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial – ABDI) e Raul Lins (Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco – CAU/PE).
Participarão ainda representantes da Associação Paulista das Cerâmicas de Revestimento (ASPACER), Associação Nacional da Indústria Cerâmica (ANICER), Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimentos, Louças Sanitárias e Congêneres (ANFACER) e Centro Cerâmico do Brasil (CCB).
A transmissão será realizada na página do Youtube do SEBRAE-PE.
Lucas Guedes
Núcleo de Comunicação Social do Ibict
Milton Shintaku e Luana Sales debateram gestão da informação e software livre em live do Ibict
O Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) promoveu no dia (01/07), mais uma live QuartaàsQuatro. O tema desta edição foi “Software Livre e a Gestão da Informação Nacional”.
Nesta edição, Milton Shintaku, Coordenador da área de Articulação, Geração e Aplicação de Tecnologia do Ibict (COTEC), conversou com Luana Farias Sales, Coordenadora-Geral de Acesso e Difusão de Acervos do Arquivo Nacional e docente do Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação do convênio IBICT-UFRJ.
“A ideia desta live foi a gente apresentar possibilidades para o pessoal que trabalha com gestão de informação. Tem muita coisa nova acontecendo e às vezes a gente não sabe da existência do software livre”, conta Luana Sales.
Em sua apresentação, Sales abordou conceitos da Gestão da Informação e de Software Livre e deu dicas sobre como ter um bom sistema informacional. “O primeiro passo da gestão da informação é compreender quem é o seu usuário, o contexto no qual você está inserido e tentar minimizar o tempo e o custo que esse usuário vai ter para acessar a informação exata que ele deseja”, diz a bibliotecária.
Milton Shintaku aprofundou as diversas dimensões do software livre e contou um pouco sobre o trabalho do Ibict com essas tecnologias. Atualmente o instituto oferece apoio técnico e capacitação na implementação de projetos em software livre para a gestão do conhecimento. “A gente vem trabalhando há muito tempo com a questão de tecnologia para a gestão da informação. Geralmente sempre utilizamos software livre, o que tem nos dado um bom resultado”, ressalta o coordenador da COTEC.
O especialista citou exemplos de software livre e suas possibilidades de uso como o Koha (bibliotecas), Fólio (bibliotecas), Omeka (repositórios museológicos), CKAN (dados abertos), TemaTres (vocabulários controlados), OJS (periódicos científicos), DSpace (repositórios bibliográficos), entre outros.
Outro ponto abordado na live foi a relação dos profissionais da gestão da informação com os profissionais e a área de informática. “Eu venho defendendo o trabalho do bibliotecário na elaboração do projeto, especialmente bibliotecas universitárias que podem dar o apoio na pesquisa”, diz Sales. Shintaku também ressaltou a importância de o bibliotecário trabalhar com dados e a informação em ambientes digitais. “A biblioteca tem que entrar no fluxo informacional da instituição”.
A QuartaàsQuatro é uma série de conversas com especialistas promovida pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
A live está disponível na íntegra no canal do Youtube do Ibict. Clique aqui para assistir.
Carolina Cunha
Núcleo de Comunicação Social do Ibict
Ibict e UTFPR promovem webinário sobre Guia Qualidata
Representantes da comunidade da Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) brasileira se reuniram no dia 22 de junho para discutir temas como padronização, normatização e representatividade dos Inventários do Ciclo de Vida de produtos brasileiros (ICVs).
O webinário “Guia Qualidata - requisitos de qualidade de conjuntos de dados para o SICV Brasil” contou com a participação de 71 pessoas e foi ministrado por Thiago Rodrigues e Tiago Braga (Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia - Ibict) e João Paulo Savioli (Gyro/Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR).
O encontro foi realizado para atender a demanda dos projetos aprovados na chamada MCTI-CNPq n° 40/2018, criada para apoiar a execução de projetos de pesquisa focados na construção de ICVs e alimentar o Banco Nacional de Inventários de Ciclo de Vida (SICV Brasil) em consonância com as diretrizes do Guia Qualidata.
De acordo com Thiago Rodrigues, mais de 40 inventários que estão sendo produzidos com o apoio da chamada estão de acordo com os requisitos do Qualidata. “Além do guia, pudemos conhecer o conversor de formatos para inventários (ecospold 2 -> ILCD) e o Importador, nova plataforma para submissão de inventários ao SICV Brasil”, relata.
Lançado em 2017, no II Fórum Brasileiro de Avaliação do Ciclo de Vida (BRACV), o guia tem como objetivo orientar a submissão de datasets para o SICV Brasil de acordo com os requisitos mínimos exigidos de documentação e garantir que estejam disponibilizadas as informações necessárias para o usuário interpretar os resultados sem restringir métodos de elaboração de conjuntos de dados.
Para acessar o guia, clique aqui.
Lucas Guedes
Núcleo de Comunicação Social do Ibict
Confira o volume 4 da revista LALCA
Um artigo sobre emissões de gases de efeito estufa evitadas em Cabo Verde e outro sobre aplicação de ferramentas de otimização com base em Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) na produção de frutos e subprodutos de citrino fazem parte do quarto volume da Revista Latino-Americana em Avaliação do Ciclo de Vida (LALCA).
Em Emissões de GEE evitadas em Cabo Verde: estimativa em um cenário de adoção de fontes energéticas renováveis em 2025, os pesquisadores Gabriel Leuzinger Coutinho e João Nildo Vianna estimam as emissões de gases de efeito estufa (GEE) que seriam evitadas, caso o plano apresentado em 2017 (de que, em 2025, ao menos 50% de sua energia elétrica fosse gerada por fontes renováveis) seja executado.
A partir da utilização do método de ACV das fontes renováveis, foram calculadas as emissões que seriam evitadas com a não utilização de usinas termelétricas para gerar a energia que passaria a ser fornecida no arquipélago no período indicado.
Já a pesquisa argentina Estado da arte da aplicação de ferramentas de otimização com base na avaliação do ciclo de vida na produção de frutos e subprodutos de citrino, de Maria Emilia Iñigo Martínez e Alejandro Pablo Arena, busca encontrar coincidências, diferenças e lacunas em artigos científicos existentes sobre a metodologia de ACV e sua aplicação para otimizar a produção de frutas cítricas e derivados.
Os pesquisadores fizeram a revisão e a seleção do material científico de acordo com as publicações que utilizaram a metodologia ACV, as técnicas de otimização e a combinação das duas metodologias para, em seguida, avaliar, de acordo com as diretrizes das ISO 14040 e 14044, que apresentam os princípios e procedimentos necessários para a ACV de produtos.
A LALCA é um periódico do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) e, desde o volume 3 (2019), passou a publicar artigos na modalidade de publicação contínua, ou seja, logo após a revisão e a diagramação, sem necessidade de aguardar o fechamento de uma edição com um número mínimo de artigos, como era feito anteriormente.
As submissões para a LALCA são analisadas por uma equipe multidisciplinar de especialistas, observando os princípios do rigor científico e a qualidade da pesquisa, e podem ser realizadas pelo site da revista. Após breve cadastro, é preciso verificar se o trabalho está em acordo com o escopo da revista e seguir os próximos passos. Serão aceitos artigos em língua portuguesa, espanhola, ou inglesa, com resumos nas três línguas, obrigatoriamente.
Para ter acesso à LALCA e submeter seu trabalho, clique aqui.
Lucas Guedes
Núcleo de Comunicação Social do Ibict
Ibict participa do lançamento da rede Global LCA Data Access (GLAD)
O Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) participou ontem, 11/6, da apresentação e do lançamento da rede Global LCA Data Access (GLAD). Em formato de webinar, o evento reuniu consultores, representantes de bases de dados e agentes governamentais ligados à Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) ao redor do mundo.
Com painéis, pesquisas interativas e demonstrações ao vivo dos principais recursos da GLAD, o evento buscou aprofundar a experiência dos fornecedores de conjuntos de dados (datasets) desde o início da rede, em 2012, quando a Comissão Europeia realizou o Fórum Internacional de ACV.
A abertura do encontro foi realizada por Llorenç Milà i Canals, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), que conduziu o lançamento organizando as apresentações dos participantes. Dentre eles, Tiago Braga, coordenador-geral de Tecnologias da Informação e Informática (CGTI) e Thiago Rodrigues, especialista em ACV e pesquisador na coordenação de Tecnologias Aplicadas a Novos Produtos (COTEA) do Ibict.
Em sua fala, Thiago Rodrigues expôs porque a GLAD é importante para o Banco Nacional de Inventários do Ciclo de Vida de Produtos Brasileiros (SICV Brasil), sistema criado pelo Ibict para abrigar Inventários do Ciclo de Vida (ICVs) de produtos nacionais. Para ele, a relevância vem do aumento substancial da visibilidade e alcance dos datasets brasileiros inseridos na GLAD, o que faz do SICV um banco de dados global.
De acordo com o pesquisador, as cadeias produtivas são globais para quase todo e qualquer produto. “Uma pesquisadora na Europa ou um gerente de sustentabilidade na Ásia ou ainda uma agente governamental na África podem precisar de dados ambientais sobre produtos que importam do Brasil para tomar decisões mais efetivas para mitigar impactos socioambientais”, explica.
Tiago Braga disse que um dos principais motivos por que o Brasil optou por fazer parte da GLAD foi a oportunidade de ter uma rede global aberta que suportasse conexões de uma diversidade de usuários, com o objetivo de encontrar informações que permitam compreender melhor o fluxo de energia e materiais e como a produção de bens e serviços poderia impactar nosso meio ambiente.
Ainda segundo o coordenador, como instituição responsável por hospedar reconhecidos datasets nacionais da ACV , “o Ibict apoiou a GLAD desde o início, pois acredita que todos são beneficiados quando há um projeto focado em fornecer informações importantes e a rede que estamos lançando hoje sempre se comprometeu com isso”.
A íntegra da gravação será disponibilizada em breve.
A GLAD
Criada em 2012, a Global LCA Data Access (GLAD) é uma rede global entre países que visa permitir a interoperabilidade de estudos de Inventário do Ciclo de Vida. Basicamente o que se pretende é possibilitar que estudos feitos em qualquer ferramenta possam ser utilizados em qualquer outra ferramenta e compartilhados entre bancos de dados diferentes.
O Ibict foi o primeiro a presidir a rede, e hospedou o encontro de 2016 da GLAD. Participa juntamente com instituições e empresas de países como Chile, China, Estados Unidos, França, Japão, Itália, Malásia, México, Suécia, Suíça e Tailândia – e União Europeia.
Lucas Guedes
Núcleo de Comunicação Social do Ibict
GCV2020 altera calendário de atividades
A comissão organizadora da sétima edição do Congresso Brasileiro sobre Gestão do Ciclo de Vida (GCV2020), marcada para acontecer entre os dias 19 e 22 de outubro deste ano, informa que não será mais possível a realização do evento conforme previsto.
Seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e decretos de ordem estadual e municipal sobre a pandemia do coronavírus, a equipe de organização decidiu refazer o calendário e a previsão é de que o evento aconteça em 2021.
O GCV2020 seria realizado em Gramado (RS), dois anos após a última edição, que aconteceu em Brasília em 2018, organizada pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) e promovida pela Associação Brasileira de Ciclo de Vida (ABCV).
Considerado um dos mais importantes eventos sobre Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) no Brasil, o GCV reúne estudantes, pesquisadores e profissionais que atuam ou estejam interessados em discussões sobre avaliação e gestão do ciclo de vida no Brasil e no mundo a partir de temas como, por exemplo, inventário e avaliação de impactos, ecodesign, economia circular, dentre outros.
Com o tema “Contribuições para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável”, a sétima edição do GCV tratará também da utilização empresarial da ACV e pretende conectar diferentes setores produtivos como energia, transporte, indústria, cidades e alimentação.
A comissão orienta os participantes a ficarem atentos às redes sociais e ao site oficial do evento para obterem informações relacionadas a publicações e ao novo calendário. Veja abaixo os endereços e, caso haja alguma dúvida, acesse o formulário de contato disponível aqui.
Site: ufrgs.br/gcv2020
Instagram: instagram.com/gcv2020
Facebook: facebook.com/gcv2020
Lucas Guedes
Núcleo de Comunicação Social do Ibict
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