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Quarta, 15 Março 2006 11:32

MCT reúne especialistas para debater o inventário do ciclo de vida para a competitividade da indústria brasileira

“O projeto Inventário do Ciclo de Vida para a Competitividade da Indústria Brasileira é urgente, caro, longo, mas fundamental”. A afirmação é de Reinaldo Dias Ferraz de Souza, coordenador geral de Serviços Tecnológicos da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, do Ministério da Ciência e Tecnologia, durante reunião do comitê gestor do projeto. O evento foi realizado no Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), nesta quinta-feira (09).

Ao abrir o encontro, o diretor do Ibict, Emir Suaiden, destacou a importância da reunião para o fortalecimento do relacionamento do instituto com as várias instituições parceiras. Emir Suaiden disse ainda que o interesse do Ibict é ampliar o trabalho em desenvolvimento no âmbito da Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) – metodologia para avaliação dos aspectos ambientais e dos impactos potenciais associados a um produto. “O projeto é importante para as exportações dos produtos brasileiros, podendo gerar um crescimento do comércio exterior”, enfatizou.

Reinaldo Souza, por sua vez, contou que serão necessários de 11 a 12 milhões de reais, em quatro anos, para a implementação do projeto. “Isso poderá ter desdobramentos. A fase inicial, de você ter um banco de dados brasileiros, leva cerca de, no mínimo, quatro anos para ser totalmente implementada. Isso, porém, já começou. O próprio Ibict, usando recursos próprios, recursos do MCT, já deu início a um ciclo de treinamentos, pois é preciso haver pessoas familiarizadas com as questões da ACV e com o banco de dados. Mas, isso já teve um início. Acredito que até 2010 o banco de dados esteja implantado no Brasil”, explicou.

O coordenador do MCT lembrou também que o completo controle do ciclo de vida dos produtos, desde a mais remota matéria-prima até a disposição final do produto pós-uso, é a questão tratada pela norma 14025, que entra em vigor este ano. Ele acredita que as empresas brasileiras terão dificuldade de acessar os mercados internacionais, a partir da entrada em vigor dessa norma, que, apesar de voluntária, pode acarretar barreiras comerciais aos exportadores do país.

“O acesso ao mercado está dependendo cada vez mais de um conjunto de normas. O conjunto de normas começou com a Iso 9000, em 1987. Em 1993, já havia a norma 14000 de gestão ambiental. E essas normas tratam sobre vários aspectos de questões relacionadas à gestão ambiental brasileira. Mas, para você atender à norma 14025, é preciso que os países disponham de um banco de dados para fazer um inventário do ciclo de vida”, completou Ferraz de Souza

Segundo o coordenador, é necessário saber a origem da matéria-prima e qual o destino dela. “Não dá para usar um banco de dados estrangeiro, pois as tecnologias mudam, a matriz energética muda. Então, isso é uma ferramenta para a competitividade da empresa nacional, entrando, logo, na agenda do desenvolvimento científico tecnológico”, salientou.

Participaram do evento, membros do Ibict, do Ministério da Ciência e Tecnologia, da Universidade de Brasília (UnB), da Associação Brasileira do Ciclo de Vida (ABCV/USP), do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), da Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica (Abipti), da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), da Petrobrás e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Assessoria de Comunicação Social

Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict)

 

Data da Notícia: 15/03/2006 07:09

Última modificação em Quarta, 11 Dezembro 2019 16:03
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