São peças presenteadas por amigos e compradas em viagens pelo Brasil e exterior. A exposição das obras, organizada pela servidora Márcia Rocha da Silva, revela a criatividade da cultura popular em diferentes maneiras de representar o nascimento do menino Jesus. Há presépios originários do Uruguai, Peru, Argentina, Chile, México, Costa Rica, Aruba, Itália e China.
Com o emprego de técnicas diversas e em diferentes tamanhos, refletem originalidade e habilidade do artesão na confecção de imagens retratando tipos físicos, indumentárias e materiais da região de origem. Pode-se observar, por exemplo, figuras longelíneas ou tipos atarracados, negros e indígenas, com trajes regionais, como chapéu de couro, turbante, poncho, manto etc.
É a oportunidade de apreciar imagens confeccionadas com várias matérias-primas: metal, cerâmica, mármore, bola de gude, pedra sabão, louça, vidro, plástico, madeira, cabaça, papel machê, palha, concha do mar, bucha vegetal, vela, juta, cortiça, argila, cascas árvore, de noz, de coco e de cupuaçu, sementes de açaí e caixas de fósforos. Destaque para o presépio em estandarte, que remete a festas religiosas populares.
Entre os exemplares expostos, há novidade: um presépio feito pelo servidor Milton Shintaku, tecnologista do Ibict. Conhecedor de técnicas de origami, ele criou, especialmente para esta exposição, peça em papel coreano. Há, também, árvores de Natal feitas por servidores, na I Oficina de Origami, coordenada por Milton e promovida pelo Programa Qualidade de Vida do Instituto.
Breve História dos Presépios
O presépio é uma das mais antigas formas de representação do Natal. A palavra presépio significa “um lugar onde se recolhe o gado; curral, estábulo”. Mas presépio também é a designação dada à representação artística do nascimento do Menino Jesus.
A memória do nascimento de Cristo tem sido celebrada pelos cristãos desde o final do século III, quando peregrinos se dirigiam à gruta de Belém. No entanto, a tradição do presépio na sua forma atual tem as suas origens no século XVI. As primeiras imagens do que hoje conhecemos foram criadas em mosaicos no interior de igrejas e templos no século VI. Data do século VII a primeira réplica da gruta no Ocidente, em Roma.
No Brasil, os presépios foram introduzidos entre os séculos XVII e XVIII e difundidos pelos padres jesuítas, portugueses, franceses e espanhóis, que aqui chegaram para a catequese. Inicialmente, os presépios foram copiados ou inspirados nos modelos importados de Portugal e Espanha.
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Leandro Marshall
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Data da Notícia: 06/01/2006 16:57
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