O Laboratório de Metodologia de Trabalho e Disseminação da Informação é responsável pelo Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas (SEER), pelo sistema para a criação de repositórios digitais D-Space e Diálogo Científico (DiCi), pelo Portal Brasileiro de Repositórios e Periódicos de Acesso Livre (Oásis.Br) e pelas Bibliotecas Virtuais Temáticas.
A coordenadora do Laboratório, Bianca Amaro, em entrevista à Comunicação Social, explicou que o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) está criando uma “caixa de ferramentas” por meio do desenvolvimento e customização de sistemas abertos para a língua portuguesa. Além disso, ministra treinamentos e dá o suporte necessário para a utilização dos sistemas desenvolvidos/customizados pelo Laboratório. Veja, a seguir, a entrevista na íntegra:
Comunicação Social – Como funciona o sistema SEER?
Bianca Amaro– O SEER é um software que ajuda no processo de editoração eletrônica. No momento, 190 revistas científicas brasileiras utilizam o SEER, totalizando um número de 500 pessoas treinadas que utilizam o sistema desde 2004. Para o bom funcionamento do SEER, o Ibict está construindo materiais de apoio para a aprendizagem do sistema.
Bianca Amaro– O SEER é um software que ajuda no processo de editoração eletrônica. No momento, 190 revistas científicas brasileiras utilizam o SEER, totalizando um número de 500 pessoas treinadas que utilizam o sistema desde 2004. Para o bom funcionamento do SEER, o Ibict está construindo materiais de apoio para a aprendizagem do sistema.
Comunicação Social - E o DiCi, Diálogo Científico, como é utilizado?
Bianca Amaro - O DiCi é um software para construção de repositórios temáticos. Trata-se de uma customização do software chamado E-prints. Estamos trabalhando na nova versão que deverá estar disponível ao público até o final deste mês. O DiCi é um sistema que permite o arquivamento de material já publicado, como também de pré-prints - artigos que não foram ainda publicados. Também permite o auto-arquivamento do documento, ou seja, o próprio autor publica o seu artigo no repositório.
Comunicação Social - O funcionamento do repositório digital D-Space é diferente dos outros sistemas?
Bianca Amaro– O D-Space é um software para criação de repositórios. O sistema é utilizado para a criação de repositórios institucionais, podendo armazenar todos os documentos de uma instituição, gerando transparência e possibilitando a preservação digital da memória institucional.
Comunicação Social – Como funciona o portal Oásis.Br?
Bianca Amaro - O portal Oásis.Br é o portal Brasileiro de Repositórios e Periódicos de Acesso Livre. Trata-se de um provedor de serviços, em conformidade com as tendências mundiais e com os padrões open archives, acesso livre a repositórios digitais e a publicações eletrônicas. O Oásis.Br dissemina, hoje, os acervos de mais de 91 repositórios, dos quais se destacam os seguintes: Biblioteca Digital Jurídica (BDJur), Biblioteca Digital da PUC- Rio, SciElo, Reposcom e mais de 90 revistas que utilizam o SEER. Até o momento, o portal Oásis.Br está disseminando 121.000 registros, sendo importante salientar que o portal Oásis.Br estará sempre em construção, pois a coleta de metadados é contínua. A coleta, inclusive, será estendida aos repositórios internacionais, como o Doaj, o Repositorium e outros.
Comunicação Social – Quais são os planos para o futuro do laboratório?
Bianca Amaro– Para falar de um futuro imediato, os nossos planos são o de ampliar o escopo do portal Oásis.Br, lançar portais dos sistemas desenvolvidos e customizados pelo Laboratório, assim como a nova versão do Diálogo Científico, e dar seguimento ao trabalho contínuo de sensibilização da comunidade científica sobre a importância do Movimento de Acesso Livre à Informação Científica. Ou seja, vamos continuar trabalhando na criação e disponibilização das ferramentas que promovam a organização das informações científicas, sempre fazendo prospecção de sistemas novos, na tentativa de atender às necessidades do público da área científica. Essas ferramentas são instrumentos para a promoção do acesso livre à informação. São por assim dizer uma perna técnica da política de acesso livre à informação científica no país. A criação de uma “caixa de ferramentas” para o acesso livre se constitui em um novo modelo para o registro da produção científica brasileira. Esse modelo tem sido reconhecido internacionalmente, inclusive o Ibict foi convidado a expandi-lo para vários países da América Latina e países lusófonos.
No segundo semestre, a idéia é tratar também a questão da preservação digital, porque queremos, além de estimular a criação de repositórios digitais, pensar em soluções tecnológicas para preservá-las ao longo do tempo. Em outras palavras, estamos preocupados com a preservação da memória técnico-científica. Como exemplo, podemos dizer que pensar que um documento armazenado em um editor de texto de 2007 deve poder ser lido em 2020, mesmo que a versão do editor de texto em questão já tenha avançado ou até mesmo desaparecido do mercado. Por isso, ao pensarmos em tratar e disseminar a informação, devemos nos preocupar também com a sua preservação.
Comunicação Social – Com relação às bibliotecas virtuais temáticas, quais são as perspectivas?
Bianca Amaro - O Laboratório está no momento trabalhando em uma nova versão de metodologia para a criação de bibliotecas virtuais. Para tanto, fizemos consultas junto a unidades de informação a fim de que a nova metodologia a ser criada contemple as necessidades de informação do público das diversas áreas temáticas. O que se tem buscado para a geração da nova metodologia é a utilização de normas e padrões internacionais que proporcionem interoperabilidade entre os diversos sistemas já criados, facilitando, assim, a recolha das informações.
Assessoria de Comunicação Social
Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict)
Data da Notícia: 21/05/2007 09:56
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