O lançamento do mapa da Inclusão Digital no Brasil ocorreu, nesta quinta-feira, no Ministério das Relações Exteriores. A fase I da pesquisa intitulada “Iniciativas e Projetos de Inclusão Digital no Brasil” identificou, em cerca de três mil municípios brasileiros, 108 iniciativas no âmbito dos governos federal, estadual e terceiro setor, tendo sido cadastrados 16.722 projetos que representam potenciais pontos de inclusão digital (PIDs). O estudo revelou ainda que o estado de São Paulo é o que mais apresenta PIDs (2.640), seguido de Pernambuco ( 2.257) e Minas Gerais ( 2.145). Por último, aparece Roraima com apenas 48 PIDs. Com relação à porcentagem por região, o Sudeste aparece com 38%, o Nordeste com 35%, o Sul com 13%, o Norte com 8% e o Centro-oeste com 7%. Também verifica-se que cerca de 62% das ações de inclusão digital são empreendidas pelo governo federal.
Ao abrir o evento, o diretor do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), Emir Suaiden, explicou que a primeira fase do estudo foi quantitativa, pois teve como meta reunir informações sobre o acesso público à Internet no país, com base no tratamento e armazenamento do número de iniciativas existentes de inclusão digital. Ele explicou que o Ibict iniciou a pesquisa de mapeamento dos projetos de PIDs brasileiros, com o objetivo de mensurar o avanço da inclusão digital por parte de agentes públicos e privados, pesquisando contornos de mapas (regiões, estados e cidades) capazes de identificar a localização geográfica de cada PID cadastrado no sistema.
“Os próximos passos são a validação dos dados obtidos, por intermédio de consulta individual, e a institucionalização da iniciativa, com a criação de um grupo de articulação. Na segunda fase do projeto, cada PID completará e corrigirá seus próprios dados, assegurando, assim, que eles estejam permanentemente atualizados. Será uma fase qualitativa”, salientou.
Na ocasião, o secretário de Política de Informática do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Augusto César Gadelha, representando o ministro Sérgio Rezende, afirmou que “quanto mais uma sociedade está utilizando tecnologia de informação e de comunicação, mais tem competitividade no mundo”. Ele disse que, no atual cenário, o Brasil não ocupa um lugar devido, pois está no septuagésimo terceiro ou quarto lugar em relação à utilização de tecnologias da informação.
“A nossa economia hoje já se encontra na faixa do oitavo ou nono lugar, por algumas medidas recentes, porém há um gap, uma diferença muito grande, entre a inclusão, o uso das TIs no Brasil, as TICs e a questão da importância e da dimensão da economia brasileira. Então, existe um trabalho urgente que nós precisamos fazer para o Brasil se tornar um país mais imerso na tecnologia da informação. Há um trabalho grande, pois existem dois tipos de inclusão digital hoje necessários para o desenvolvimento de uma nação e de um povo. É uma inclusão digital do país, na realidade, dentro do contexto internacional. E o Brasil precisa se incluir. Um recente estudo publicado pelo Comitê Gestor da Internet mostra que apenas 21% dos brasileiros acessaram a Internet em 2005”, enfatizou.
Da mesa de abertura, participaram o diretor do Departamento de Temas Científicos e Tecnológicos do Ministério das Relações Exteriores (MRE), Hadil da Rocha Vianna, o assessor especial da Presidência da República, César Alvarez, e o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, secretário-geral do MRE.
A divulgação do Mapa de Inclusão Digital ocorreu durante o workshop Mapeando a Inclusão Digital no Brasil: desafios e perspectivas, promovido pelo DCT/MRE e Ibict/MCT. A pesquisa foi desenvolvida com o apoio do programa Novos Brasis e do Instituto de Responsabilidade Social da OI Futuro.
Acesse também o Portal de Inclusão Digital do Ibict
Assessoria de Comunicação Social
Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict)
Data da Notícia: 04/05/2007 18:18
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