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Quarta, 28 Março 2007 10:39

Emir Suaiden, diretor do Ibict, profere conferência na TIC 2007

Ao analisar o ambiente da produção científica no Brasil, durante a Mostra TIC 2007 - de Soluções em Tecnologia da Informação e Comunicações Aplicadas ao Setor Público, Emir Suaiden, diretor do Ibict e professor da UnB, afirmou que são poucos os países que participam do avanço do conhecimento e que este avanço depende de alguns indicadores, capazes de proporcionar uma aferição segura da produção científica nacional.

A Mostra TIC 2007, que foi aberta nesta terça (27/03), no Centro de Convenções Ulisses Guimarães, em Brasília, apresenta em sua programação o painel Governo e Cidadão - Inovação e Educação para o Desenvolvimento.

Durante a conferência, o diretor do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), Emir Suaiden, abordou o contexto e o cenário da sociedade da informação.

“A produção científica cresce muito no Brasil, porém ela é muitas vezes invisível internacionalmente. Falta uma indústria consistente de informação. O país depende muito da informação científica e tecnológica, e esse é um problema sério”, afirmou.

Suaiden também observou que o Brasil tem uma população muito grande de analfabetos, onde predomina a informação oral, e o excesso de informação oral dá lugar à manipulação da informação e à desinformação. “Em muitas situações, a opinião pública é manipulada e, esse é um dos principais entraves, o Brasil precisa de infra-estrutura adequada para superar essa realidade”, disse.

O diretor falou ainda sobre a questão da educação, da cidadania e da ética no desenvolvimento da educação no país. “Conhecimento é coisa séria. Enquanto não tivermos consciência de levar a sério a educação, a situação ficará cada vez mais difícil”, enfatizou.

Imre Simon, professor da Universidade de São Paulo (USP), falou sobre “a mágica da informação livre”. Para ele, as práticas em torno da informação livre, levaram à descoberta de um novo processo produtivo de riquezas denominado “produção social”. Ele citou dois exemplos dessas práticas, como o software livre e a Wikipedia e concluiu que “a informação precisa de liberdade para evoluir, ser distribuída e alterada”.

Segundo Simon, a liberdade para evoluir gera uma dinâmica que culmina em uma cooperação de larga escala, mas sem a perda de qualidade, e fez duras críticas às restrições da “propriedade intelectual”.

Edgar Nobuo Mamiya, vice-reitor da Universidade de Brasília (UnB), expôs a questão do “futuro que nos aguarda na educação”, além dos investimentos em ciência e tecnologia e informação, assim como a questão da educação e da produção do conhecimento no país. Ele explicou que o desafio atual é o de uma educação acessível para uma parcela muito maior da população brasileira e que da produção do conhecimento no país vem 90% de instituições públicas. Mamiya mencionou ainda que a educação a distância tem ganho espaço, assim como crescimento no país.

O mediador do painel Governo e Cidadão – Inovação e Educação para o Desenvolvimento foi Sérgio Rosa, diretor do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). O evento ocorre até amanhã (29).

Assessoria de Comunicação Social

Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict)

 

Data da Notícia: 28/03/2007 18:06

Última modificação em Segunda, 25 Novembro 2019 11:41
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