Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

O CILCA 2007 - 2ª Conferência Internacional sobre Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) - ocorreu em São Paulo, tendo sido organizada pela Associação Brasileira de Ciclo de Vida (ABCV) e apoiada por um grupo de países da América do Sul que trabalha com o tema.

Para a coordenadora do projeto ACV do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), Celina Rosa Lamb, o evento foi uma oportunidade de mobilização de especialistas que trabalham com diferentes metodologias de ACV em todo o mundo, como os espanhóis, alemães, franceses, ingleses, dinamarqueses, holandeses e suíços, membros da União Européia, norte- americanos, costa- riquenhos, chilenos, argentinos e peruanos, entre outros.

Celina Rosa Lamb explicou que três temas principais foram delineados e discutidos durante o encontro: as metodologias de ACV; o estudo de casos; o desenvolvimento de tecnologias, assim como de inventários.

Com relação à avaliação do ciclo de vida no contexto da tecnologia industrial básica no Brasil, o assunto foi apresentado por Reinaldo Dias Ferraz de Souza, do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e um dos apoiadores junto a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) do estudo de ACV e da implantação dessa tecnologia nas indústrias nacionais.

Durante a conferência também foram apresentados os painéis sobre o setor industrial e a gestão pelo ciclo de vida; análise de eco eficiência: ferramenta estratégica para sustentabilidade; indústria norte-americana de plásticos – ICV e o projeto americano de base de dados; ACV e ecodesign aplicados ao desenvolvimento de embalagens cosméticas; uma mesa-redonda sobre bases de dados para ACV; uma conferência magna: a melhoria da qualidade ambiental a partir do licenciamento unificado. Além de reuniões paralelas sobre o gerenciamento do ciclo de vida, metodologia ACV e sustentabilidade e outros.

Após o encerramento da 2ª Conferência Internacional sobre ACV, no dia seguinte, ainda em São Paulo, Celina Rosa Lamb falou sobre 3º Workshop do Projeto de Capacitação para a Construção de Base de Dados em ICV, desenvolvido pela parceria do EMPA-Suíça, com o Ibict e o Instituto Ekos Brasil. O evento foi aberto pelo cônsul- geral da Suíça em São Paulo e pelo diretor do Ibict, Emir Suaiden, e contou com a presença da coordenadora-geral de Pesquisa e Desenvolvimento de Novos Produtos, Cecília Leite.

Também foram apresentados os estudos de inventário do ciclo de vida do aço e do etanol, além de uma proposta das diretrizes de qualidade para base de dados brasileira, além do resultado de um estudo sobre a estrutura matemática da base de dados Suíça de ICV.

Em seguida, a equipe do IBICT do Projeto ACV, formada por Celina Lamb e dois especialistas em inventário, Sander Renato Lara Ferreira e Denis Novaes Lopes, seguiram para o Rio de Janeiro. No município fluminense, no CENPES da Petrobras, foi discutido o projeto-piloto do ICV do diesel, que será desenvolvido em conjunto com a Petrobras, Universidade de Brasília (UnB), PE International e o Ibict. Participaram da reunião Fernanda Magalhães do MCT, professor Armando Caldeira Pires, da UnB, Harald Florin, da PE International e Cecília Makishi e Oliver Shuller, da Universidade de Stuttgart. O propósito do encontro foi reforçar a participação de um importante parceiro do setor petrolífero e energético brasileiro, a Petrobras, que irá contribuir com o seu know how, estrutura de pesquisa, potencial humano e aporte de recursos no desenvolvimento de nova metodologia da ACV Diesel. A Petrobras mostrou-se completamente interessada no trabalho conjunto no âmbito do Projeto de ICV.

Breve Histórico da ACV

O processo de implantação da ACV no Brasil foi encampado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), que incumbiu o Ibict de desenvolver a Base de Dados Nacional, promovendo a disseminação do novo modelo de rotulagem ambiental entre o setor produtivo do país. O método ACV é um conceito novo, e a sua aplicação em países em desenvolvimento será um fato real no futuro, beneficiando os consumidores com produtos ecológicos e o governo com o desenvolvimento de uma política ambiental. Além disso, as empresas serão beneficiadas com a redução de seus custos e com o exercício da responsabilidade social.

Assessoria de Comunicação Social

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