Ao discursar, Emir Suaiden, começou parabenizando a todos pelo dia dos bibliotecários. Depois, o diretor do Ibict cumprimentou as autoridades presentes, destacando o senador Marco Maciel como um querido amigo que deveria estar sendo homenageado também. “O Marco Maciel foi a pessoa que mais apoiou os bibliotecários quando ministro da Educação. A ele nosso agradecimento eterno”, disse.
Emir Suaiden aproveitou a ocasião para parabenizar a diretora da Biblioteca Acadêmico Luiz Viana Filho, Simone Bastos Vieira, pelo trabalho desenvolvido. Também lembrou que a solenidade é um marco fundamental para o desenvolvimento do país e “que quando uma instituição como o Senado Federal implanta uma Biblioteca Digital, isto se traduz em melhores condições de programas, educação, geração de emprego e renda, além de melhora na qualidade de vida e no panorama do desenvolvimento da população brasileira”.
“O acesso à informação é tão importante, que populações sem acesso a um livro - ele pode ser em formato de papel ou digital - são povos manipulados e desinformados. Nos não temos mais este direito de conviver com tanta violência, com tanta insegurança. Precisamos criar e dar melhores bibliotecas as pessoas. É um passo importante para o sistema social. E isso tudo é possível, porque uma biblioteca digital não é uma biblioteca elitizada, pelo contrário. Ela é o maior suporte para a inclusão social e atende com qualidade deficientes físicos. Ou seja, ela é fundamental no atual estágio de desenvolvimento do país”, salientou.
O diretor disse ainda que “nós do Ibict sentimos uma satisfação enorme de estar aqui hoje. A principal tarefa, atualmente, consiste em democratizar o acesso às novas tecnologias. E é isso que estamos fazendo com o Senado Federal. Então, a nossa palavra é de parabéns aos bibliotecários, à Biblioteca do Senado, aos senadores e a todos, por esta maravilhosa realização”, enfatizou.
O presidente do Senado, Renan Calheiros, por sua vez, destacou que a Biblioteca Acadêmica Luiz Viana Filho, que comemorou seus 180 anos em 2006, “é tida como uma das melhores bibliotecas do Brasil”. Ele disse que o tamanho e o reconhecimento decorrem da dedicação impar, da constante busca pela atualização, do aperfeiçoamento e dos serviços prestados à comunidade, além do constante crescimento do acervo público.
“Bibliotecas tão atuais como a nossa exigem, sem dúvida, o ingresso no mundo da tecnologia, a exemplo da implantação do projeto Biblioteca Digital. Uma biblioteca que tem a virtude de situar o Senado, ao longo de toda a sociedade informacional, uma vez que integrará o conhecimento digital e em papel, facilitando aos usuários os conteúdos mantidos por ela. Destaco ainda o convênio que o Senado esta firmando com o STJ e o Ibict: um acordo que permitirá a integração de documentos dos órgãos legislativos e do judiciário. Assim, o cidadão terá acesso global às informações de seu interesse por intermédio da Biblioteca Digital do Senado Federal”, ressaltou.
Segundo a diretora da Biblioteca Acadêmico Luiz Viana Filho, Simone Bastos Vieira, o projeto da Biblioteca Digital iniciou há um ano e meio. Ontem, foi apresentada uma versão do protótipo que contém 53 mil documentos em formato de texto completo que serão disponibilizados para toda a população. Esse protótipo foi desenvolvido em uma plataforma de software livre utilizando o que chamam de arquivos abertos.
“Para o projeto, foi feito um estudo exaustivo sobre softwares existentes, tanto no mercado nacional como internacional, e nós acabamos optando por este software livre que é o mesmo recomendado pelo Ibict, pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e que também já foi adotado em algumas instituições como o STJ. Inclusive, estamos fazendo este convênio com instituições que já têm certa experiência no uso deste software”, informou.
Simone Bastos Vieira explicou que uma das características diferenciais do projeto é não apenas ser uma biblioteca digital para o cidadão que vê e ouve, mas também uma biblioteca digital acessível. Ou seja, que contém arquivos que podem ser lidos por programas de acessibilidade e por sintetizadores de voz, assim como programas de leitura pelo sistema de Libras. Essa será a grande mudança, e “não é um projeto que se inicia da noite para o dia, sendo um projeto para cinco anos, convertendo o acervo do Senado em um formato digital acessível e que possa ser distribuído gratuitamente para a população”, disse.
“Lógico que temos a questão do direito autoral. E direito autoral é muito importante quando se fala em informação digital. Então, vamos trabalhar com as informações que estão gratuitas hoje produzidas pelo pop senado, ou, posteriormente, por instituições ou editores que cedam seus direitos autorais para a casa”, disse.
Para Teresa Basevi, diretora da Biblioteca Digital do STJ - gestora do consórcio BDJur, uma rede de repositórios digitais na área do poder jurídico e dos órgãos que são de interesse para a justiça -, a parceria do Senado com a casa máxima da atividade legislativa só vem a confirmar a excelência do consórcio.
“A integração do Senado, o que se tem de melhor no país, é uma fonte de ricas informações sobre a parte legislativa, como produção de normas doutrinárias. Só vai enriquecer o que já temos hoje no consórcio BDJur, que já conseguiu integrar cerca de 12 órgãos. Tudo começou da própria gênese do projeto que nasceu com 100% de auxílio do Ibict. Nós, no início do projeto, fomos ao instituto buscar informações e ferramentas de como construir o projeto”, contou.
Segundo o presidente em exercício do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Francisco Peçanha Martins, a cultura depende fundamentalmente das bibliotecas e estando na era da informática, as bibliotecas precisam se adaptar.
“Para mim, estar aqui hoje, nesta Biblioteca Acadêmico Luiz Viana Filho, é motivo de grande satisfação, não só porque vamos assinar mais um convênio com o Senado, mas, sobretudo pelo fato de estar aqui na casa que abrigou a biblioteca de um grande amigo meu e de meu pai, que foi Luiz Viana Filho. Ele era um grande colecionador e fuçador de livrarias e conseguiu reunir um acervo fantástico, que, graças à clarividência do Senado, atualmente compõem a maior biblioteca da América Latina. Para nós do STJ significa colocar, a nosso serviço, todo este acervo magnífico que o Senado reúne. E estamos oferecendo em troca nosso próprio acervo de jurisprudência, de modo que os brasileiros possam conhecer melhor, aculturar-se e servir melhor esta pátria”, enfatizou.
Assessoria de Comunicação Social
Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict)
Data da Notícia: 21/03/2007 17:12
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