A deputada foi recebida pelo diretor do Instituto, Emir Suaiden, e pela coordenadora- Geral de Pesquisa e Desenvolvimento de Novos Produtos do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), Cecília Leite. Na ocasião, foi mostrado um filme sobre os catadores de materiais recicláveis e todas as etapas de processamento do lixo em uma usina de Triagem e Compostagem do Lixo Urbano, já que a idéia do projeto é trabalhar com os catadores da Associação Cataguá, localizada dentro da Usina do P Sul, na Ceilândia.
Érika Kokay disse que a Usina do P Sul é uma área muito carente, com processo de expansão desordenada. “Precisamos saber da real necessidade para levar exatamente o que eles precisam. Ainda não temos um local para o ensino, portanto, primeiro, é necessário fechar o local e, depois, capacitar o pessoal”, enfatizou
Segundo Cecília Leite, o projeto está dentro do programa de Inclusão Social do Ibict, que se propôs a implantar cinco centros de inclusão digital, sendo três nas comunidades indígenas de etnia Tukano, um na escola da 405 Sul, e o quinto na Associação Cataguá, na Ceilândia.
“A quinta ação do Programa de Inclusão Social será na cooperativa de catadores, pois eles têm muitas necessidades de melhorias, além de o projeto estar dentro do escopo do que o Instituto pretende fazer no cronograma do seu programa de inclusão. A deputada Érika Kokay é muito voltada para o trabalho dos catadores. Foi ela quem fez o contato com eles e, sendo assim, eles nos procuraram. Acho que será um projeto interessante, e nós pretendemos não só dar o acesso à informação e à tecnologia, mais também montar alguma coisa e colaborar com eles no sentido de melhorar as condições deles de trabalho que são bastante precárias. Então, com a tecnologia da informação estaremos ajudando e divulgando ciência e tecnologia aplicadas à realidade deles”, salientou.
Cecília Leite explicou que a idéia é capacitar digitalmente os catadores de materiais recicláveis da Associação Cataguá, além de formar um centro integrado, no qual os catadores que possuem um conhecimento natural de biologia e química transformem o que eles conhecem na prática em teoria. Também tem por finalidade fazer uma troca de conhecimentos para que a capacitação não seja somente um ensino de aprendizagem, mas um sistema de aperfeiçoamento que possa levar os catadores para a auto-sustentabilidade, defesa da dignidade, empreendedorismo e formação de atores do equilíbrio social.
A presidente da Associação Cataguá, Antonia Cardoso Abreu, disse que a Associação possui 79 associados, sendo que 23 deles trabalham na Usina P Sul. “A realidade dos catadores de lixo é muito difícil. Eles catam de manhã para vender à tarde e poder comer à noite. A maioria recebe em média um salário mínimo por mês, quando chega a tanto. E cerca de 35% são analfabetos digitais. Portanto, é importante agregar todos os associados em torno da aprendizagem e alfabetização”, enfatizou.
Antonia Cardoso Abreu contou que todo tipo de material pet, sucata, papelão, papel branco, papel misto e seda, entre outros, são colhidos e vendidos. “Nós catamos tudo que pode ser reciclado. Uns catam com carrinho de mão e outros com de geladeira. Usamos até mesmo carrinho de madeira”, afirmou. Ela disse que, no momento, existe a Cooperativa Catamare, inaugurada no mês passado, e a Associação Cataguá, existente há quatro anos.
Assessoria de Comunicação Social
Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict)
Data da Notícia: 06/02/2007 17:52
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