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Quinta, 31 Julho 2008 10:45

Luc Quoniam defende a inteligência competitiva como diferencial para tomada de decisões

As transformações sociais provocadas pelas novas tecnologias de comunicação e informação e a aceleração da produção e transmissão de informações estão mudando o cenário cultural e cognitivo no mundo inteiro. A juventude mundial, nascida dentro do horizonte tecnológico do youtube, myspace, messenger, google etc, acessa e processa as informações de forma diferente das pessoas com idade mais avançada. Esta era de transformações provocará, muito em breve, um choque de gerações, onde os jovens não conseguirão mais compreender o discurso dos adultos e estes não entenderão a mentalidade e as novas formas de percepção dos jovens.

Esta idéia, defendida pelo professor Luc Quoniam, da Université Du Sud Toulon (França), da Universidade Fernando Pessoa (Portugal) e da Universidade de São Paulo (Brasil), só poderá ser equacionada por meio da inteligência competitiva, onde toda a sociedade mundial compreenda que as transformações tecnológicas, sociais e culturais são irreversíveis e onde os jovens e adultos aprendam a ‘pensar’ e ‘interagir’ cooperativamente e coletivamente dentro do novo modelo de pensamento humano do século XXI.

“A capacidade humana de absorver e processar informações é muito limitada diante da explosão informacional e comunicacional provocada pelas novas tecnologias. Voltar ao passado não iremos, por isso o que devemos fazer é atuar coletivamente, onde cada cidadão some seus conhecimentos ao background de informações e idéias dos outros”, explica o professor.

Defensor da Teoria dos Sistemas, onde as inteligências trabalham em rede, compartilhando pacotes de informações, o professor Quoniam, doutor em Science de l'Information et de la Communication pela Université Aix Marseille III, acredita, portanto que os cidadãos, em cada uma das áreas do conhecimento, devem trabalhar de forma a se especializar em um ramo de informações, mas atuar de forma cooperativa com grupos multidisciplinares de especialistas em outras áreas do conhecimento.

Ele dá como exemplo a informação de que, na atualidade, a humanidade produz 5 exabytes (o equivalente a 1018) de informações por ano, enquanto que o ser humano só tem capacidade de absorver e processar, no máximo, 5 megabytes (106) de informações por ano. Esta diferença na capacidade de absorver e processar dados é que o deve levar os indivíduos a somarem suas ‘inteligências’ para criar uma rede cognitiva, que seja ao mesmo tempo competitiva e cooperativa, para que a sociedade possa criar diferenciais e usar estes diferenciais para a tomada de decisões.

Luc Quoniam foi um dos palestrantes da tarde do Painel sobre Inteligência Competitiva e a Informação Industrial, dentro do II Congresso Ibero-Americano de Gestão do Conhecimento e Inteligência Competitiva, evento promovido pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict/MCT), realizado até esta sexta-feira (01/08), no Museu Nacional, em Brasília.

Assessoria de Comunicação Social
31/07/08

 

Data da Notícia: 31/07/2008 17:02

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