Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

O Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência e Tecnologia, e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil promoveram, nesta terça-feira (13/05), o I Fórum de Informação para Todos. O evento ocorreu no Itamaraty e reuniu organizações públicas e privadas de todo o país engajadas na promoção da sociedade da informação. O objetivo foi revitalizar o Comitê Nacional do Programa Informação para Todos (Ifap), estabelecido pela Unesco em 2001.

Na ocasião, foram formados cinco grupos de trabalhos divididos pelos temas preservação digital, educação e cultura, multilingüismo, acesso livre ao conhecimento e inclusão digital/social. O intuito foi desencadear políticas e ações para a inclusão da sociedade na nova onda de informação e conhecimento promovida pelas novas tecnologias de comunicação.

Para o representante da Unesco no Brasil, Vincent Defourny, que compôs a mesa de abertura do evento, o programa Ifap constitui uma referência importante dos esforços para o avanço do conceito de sociedades do conhecimento e para a realização dos objetivos de desenvolvimento do milênio, como fórum facilitador da reflexão e do debate internacional sobre esses temas. “A forma que a Unesco vê o programa Informação para Todos e todas as aplicações e inúmeros fatores representa a multiplicidade dos atores que trabalham na área da sociedade da informação”, salientou.

Organizações públicas e privadas participam do evento

Segundo Defourny, o Ifap foi criado em substituição ao Programa Geral de Informação (PGI) e ao Programa de Informática Intergovernamental (IIP), sendo que ambos no passado constituíram iniciativas da Unesco para enfrentar os desafios impostos pela sociedade da informação. O Ifap é considerado, de acordo com o representante, o irmão do Programa Intergovernamental para o Desenvolvimento da Comunicação (IPDC), destinado a promover a mídia livre e pluralista dentro de padrões profissionais éticos em países em desenvolvimento e em transição.

“A Unesco acolhe com grande satisfação e entusiasmo a abertura do Comitê Nacional do Ifap no Brasil, representado pelo Ibict, ponto focal do programa no Brasil e importante parceiro da Unesco. Eu gostaria de agradecer a seu diretor, professor Emir Suaiden, e a sua equipe por criarem condições para a instalação do programa no Brasil. Desejamos que esta cooperação construtiva seja vivenciada no cotidiano, de forma que possamos harmonizar posições e políticas para alcançar nossos objetivos comuns. As propostas do Ifap para o Brasil apresentam um campo fértil para a cooperação entre as instituições brasileiras e nossa organização. Sem dúvida, este é um evento de grande importância para a Unesco e as instituições comprometidas com a promoção do acesso à informação e ao conhecimento no Brasil”, enfatizou.

O diretor do Ibict e secretário executivo do Ifap, Emir Suaiden, por sua vez, iniciou sua fala referindo-se à Unesco como bom vizinho, amigo e parceiro. Ele explicou que o evento representa a oportunidade de estruturação do Comitê de Informação de uma forma compartilhada. “O nosso pecado inicial foi a omissão de alguma organização ou instituição, mas procuramos depurar todos que trabalham com informação no país. Este é apenas um começo do trabalho de integração do Comitê. O Brasil já é conhecido pelo processamento e difusão da informação, portanto vamos trabalhar nas linhas prioritárias da Unesco. A idéia é compartilhar e agregar valor ao Ifap. Será um grande desafio”, ressaltou.

O subsecretário de Coordenação das Unidades de Pesquisa, Luis Fernando Schettino, representando o ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, afirmou que o fórum é um passo importante para o país alcançar maior e melhor nível na articulação da informação e da tecnologia. “O Plano de Ações do MCT, 2007 a 2010, prioriza investimentos no processo democrático em que o país se encontra. E todas as pessoas fazem parte do desenvolvimento do país. A distribuição de renda e da informação têm o mesmo peso. Centros de inclusão digital e cidades digitais geram conhecimento, são mecanismos de atuação adequados e em consonância com o tema informação para todos. Parabéns ao Ibict pela iniciativa”, disse.

Participaram também da mesa de abertura o representante da Divisão de Ciência e Tecnologia do Ministério das Relações Exteriores (MRE), secretário Filipi Costa Santarosa, e a representante da Divisão de Acordos e Assuntos Multilaterais e Culturais do MRE, Luciana Magalhães.

Por Daniela Cunha
Assessoria de Comunicação Social do Ibict
14/05/2008