Fundado no dia 04 de março de 1954, a partir do antigo Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação (IBBD), o Ibict é um órgão público federal da administração direta pertencente à estrutura de unidades de pesquisa do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). A transformação do IBBD em Ibict, em 1976, teve como objetivo preencher uma lacuna do Sistema Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico quanto à necessidade de fornecimento de informações em ciência e tecnologia. A ênfase era desenvolver uma rede de informação no País, envolvendo entidades atuantes em C&T, adotando-se para tanto um modelo de sistema de informação descentralizado.
Hoje, o Ibict tornou-se referência em projetos voltados ao movimento do acesso livre ao conhecimento; ao lançamento da incubadora do Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas (SEER); da incubadora de revistas do SEER (INSEER); dos Sistemas de Arquivos Digitais (D-SPACE e DiCi) e do Portal Brasileiro de Repositórios e Periódicos de Acesso Livre (OASIS.Br). A Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações utiliza as mais modernas tecnologias do Open Archives e integra os sistemas de informação de teses e dissertações nas instituições de ensino e pesquisa brasileiras. Outro produto é o número internacional normalizado para publicações seriadas (ISSN), que é operacionalizado por uma rede internacional com sede em Paris. No Brasil, o Ibict atua como centro nacional dessa rede.
No momento em que completa 55 anos de existência, o Instituto vem tomando novos rumos em ações de cooperação internacional atuando para disponibilizar à comunidade científica e tecnológica brasileira o acesso às bases de dados internacionais. Entre seus projetos está o BB.Bice, que apóia e reforça as atividades de cooperação internacional em ciência, tecnologia e inovação entre o Brasil e a União Européia (UE). O BB.Bice é um instrumento para a ampliação da participação do Brasil no 7º Programa-Quadro de Pesquisa e Desenvolvimento da União Européia (PF7), sendo seu papel o de difundir informações, identificar mecanismos financeiros de apoio e auxiliar na busca de parceiros brasileiros e europeus para a elaboração de propostas em conjunto.
Em 2007, o Ibict, por meio de portaria do Ministério da Ciência e Tecnologia, tornou-se coordenador do Comitê Nacional do IFAP com o objetivo de revitalizar e dinamizar a atuação das suas atribuições. Entre elas, a realização de um diagnóstico da atual situação do País no campo da Sociedade da Informação e a atualização e identificação de grandes demandas e desafios sinalizados no Livro Verde, lançado no ano de 2000. Esse diagnóstico adotará as cinco áreas temáticas do programa: informação para o desenvolvimento, preservação da informação, ética na informação, acessibilidade da informação e alfabetização informacional. Além dessa coordenação, o diretor do IBICT, Emir Suaiden, representa o Brasil no bureau do IFAP junto à UNESCO em Paris. Essa representação abriu espaço para a busca de novas parcerias e cooperação na área da Sociedade da Informação.
O Ibict tornou-se referência também na questão da inclusão social e digital no Brasil com a criação do Centro Nacional de Referência em Inclusão Digital (Cenrid), que atuará junto à Biblioteca Nacional de Brasília, o Portal da Inclusão Social, a revista Inclusão Social, o corredor digital e o projeto do Mapa da Inclusão Digital. Esses projetos estão sendo administrados pelo Instituto e possuem grande relevância no cenário da atual administração pública federal. Em parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia e a Secretaria de Educação do Distrito Federal, lança, no primeiro semestre de 2009, o programa Alfabetização Informacional que tem por objetivo atender crianças carentes de 25 escolas do entorno do DF.
Outro projeto do Ibict que vem chamando a atenção da comunidade científica é a Avaliação do Ciclo de Vida (ACV). Essa metodologia mede os impactos ambientais dos processos, produtos ou atividades industriais e visa à implantação de um sistema de inventário de produtos e serviços brasileiros, fundamental para a realização de estudos da ACV e vital para o desenvolvimento da indústria nacional.
Para divulgar a informação científica e tecnológica no Brasil, o Ibict produz, desde 1972, a revista Ciência da Informação. Pioneira na área, a publicação quadrimestral edita trabalhos inéditos relacionados à ciência da informação e estudos e pesquisas sobre as atividades do setor de informação em ciência e tecnologia. Outro meio de divulgação do Instituto é o CanalCiência, um projeto de divulgação científica e popularização da ciência lançado em dezembro de 2002.
O Programa de Comutação Bibliográfica é um dos produtos do Ibict que permite a obtenção de cópias de documentos técnicos científicos disponíveis nos acervos das principais bibliotecas brasileiras e em serviços de informação internacionais. O Instituto atua ainda com o programa Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas e o Sistema de Informação de Tecnologia Industrial Básica.
O Ibict mantém também, no Rio de Janeiro, o programa de Pós-doutoramento que desenvolve pesquisas supervisionadas por pesquisadores do Instituto em temáticas que atendam à demanda institucional. Para tanto, conta com um núcleo consolidado e reconhecido de pesquisadores-doutores, bolsistas de produtividade em pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Também possui programas de mestrado, doutorado e pós-graduação em ciência da informação, além do Laboratório Interdisciplinar sobre Informação e Conhecimento (Liinc), coordenado pelo Ibict em parceria com a UFRJ, e o Laboratório de Pesquisa em Comunicação Científica, encarregado de desenvolver o tesauro da ciência da informação.
Assessoria de Comunicação Social
10.03.09
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Data da Notícia: 16/03/2009 09:53
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