Foram abertos nesta segunda-feira (19), o 4º Seminário sobre Informação na Internet, o III Congresso Ibero Americano de Gestão do Conhecimento e Inteligência Competitiva e o 10º Workshop Brasileiro de Inteligência Competitiva e Gestão do Conhecimento, no auditório do Parlamundi, em Brasília. Para o diretor do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), Emir Suaiden, os três eventos simbolizam os resultados colocados em prática para formalizar uma política nacional de ciência e tecnologia no Brasil. Suaiden observou que em uma sociedade da informação a informação é riqueza, geração de cidadania, emprego e renda. A mesa de abertura foi composta por Carlos Cecconi (NIC.br), Jaime Rios (Unam), e Sigrid Weis da Febab.
A Banda Larga no Brasil foi o primeiro painel, que contou com a presença de Cristiano Mendes Franco, da NET; Luis Cruz, da Revista INFO; Arthur Achilles Daryel Santos, da Telebrás; e Emir Suaiden como moderador. Todos os palestrantes foram unânimes em afirmar que há carência de atendimento em algumas regiões do país, principalmente na Norte. Em referência à qualidade do serviço ofertado pelas operadoras, significa-se altíssimo nível de insatisfação, segundo Luis Cruz, sendo o atendimento ao cliente tido como péssimo. Cruz disse que pelo menos três medições, de preferência em dias alternados, são feitas por localidade com o propósito de avaliar os serviços oferecidos pelas operadoras. “O objetivo é atingir a média do serviço, o mais confiável possível. O processo inclui um roteiro e um relatório de execução, além de outros procedimentos”.
Luis Cruz contou ainda que os países com maior PIB têm em torno de 78% da sua população conectada, e que os bairros mais nobres das cidades possuem mais antenas. Com relação às possíveis barreiras que impedem a universalização e massificação do acesso à internet, existe a extensão geográfica e geopolítica, a concentração em grandes centros urbanos, assim como os interesses econômicos envolvidos. Outro problema apontado é a capacitação técnica para implementação e manutenção dos serviços: “85,7% dos clientes do Plano Nacional de Banda Larga nacional se concentram no Sudeste; 2,24% no Norte; 6,78% no Nordeste; 1,05% no Centro-Oeste; e 4,23% no Sul.
Arthur Achilles Daryel Santos, da Telebrás, identificou a necessidade de investir pesado na região Norte, ressaltando que foram assinados dois acordos, sendo um com a Rede Amazônica e outro com uma rede de processamento de dados da região. Segundo ele, a Telebrás foi reativada com base em três pilares: a cobertura, a velocidade e o preço. “95% dos equipamentos utilizados hoje são nacionais. Temos que melhorar a infraestrutura da banda larga com a utilização das fibras ópticas da União. Também temos que aumentar a disponibilidade da infraestrutura e ampliar a cobertura, com redes terrestres de alta capacidade. São necessárias ainda a queda do preço e a utilização de cabo submarino internacional”, finalizou Santos.
Realizado simultaneamente ao Seminário sobre Informação na Internet, o Congresso Ibero- Americano de Gestão do Conhecimento e Inteligência Competitiva (Gecic) contou com a presença da moderadora Gilda Massari (consultora) e das painelistas Anays Más (Biomundi) e Lillian Alvares (UnB), no painel que tratou sobre Inteligência Competitiva: teoria, conceitos, métodos e técnicas.
Gilda Massari lembrou o início das discussões realizadas sobre o assunto há 15 anos e disse estar muito feliz com a repercussão do tema no Brasil. A formação da inteligência empresarial foi citada pela profissional, que explicou a forma como a inteligência competitiva era conhecida e como ela funciona hoje nas empresas. Segundo Massari, a disseminação da inteligência percorre diferentes caminhos e existem diversas maneiras de atuação. “É preciso dar o formato necessário quando uma informação chega até a empresa. Quanto mais rápido se souber o que vai acontecer, mais urgente será possível validar essa informação para tomada de decisão”, explicou.
O primeiro dia do evento foi marcado ainda pela realização dos painéis Transparência Governamental e dados abertos e Gestão da Informação Pessoal, no âmbito do Seminário sobre Informação na Internet, e pelos painéis Gestão da Informação para o conhecimento e tomada de decisão e O profissional de Inteligência Competitiva e Gestão do Conhecimento, no âmbito do Gecic.
Fonte: Núcleo de Comunicação Social do IBICT
Créditos da imagem: Ricardo Rodrigues
Data da Notícia: 20/11/2012 16:10
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