Iniciativas do IBICT para a Visibilidade da Ciência Brasileira foi o tema do evento promovido pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia que trouxe a Brasília o renomado informatólogo, pesquisador e coordenador do Laboratório Cybermetrics do Centro de Humanidades e Ciências Sociais do Centro Nacional de Pesquisa (CSIC) de Madri, Espanha, Isidro F. Aguillo Caño.
Segundo Carmem Romcy de Carvalho, coordenadora geral de Pesquisa e Produtos Consolidados do IBICT, o evento está circunscrito ao âmbito de três projetos financiados pela Finep. “Os recursos foram destinados a uma série de iniciativas relativas à consolidação do acesso aberto no Brasil. A área de informação é um setor de longa data que trabalha em cooperação, e sabemos desde sempre que uma biblioteca não é única e autossuficiente. O ambiente tecnológico que se forma a partir das iniciativas faz com que as bibliotecas criem uma rede humana e de contato que traz energia para o dia dia de uma rede tecnológica e de serviços”, salientou.
O evento ocorreu em dois dias, em Brasília. No primeiro dia, Isidro F. Aguillo Caño, ministrou a oficina “Boas práticas e posicionamento web para instituições acadêmicas e de pesquisa”. Eis os temas principais de sua exposição: cibermetria descritiva; principais indicadores; novas medidas de visibilidade; bases de dados acadêmicas na web; indicadores compostos; cibermetria aplicada; posicionamento nos motores de busca; boas e más práticas; valor agregado nas páginas pessoais e repositórios; métricas de uso; e breve introdução ao Google Analytics.
No segundo dia do evento, Isidro F. Aguillo Caño falou sobre Cibermetría y los rankings web: métodos, resultados e interpretación. Após sua palestra, foi apresentado o resultado das Iniciativas de Acesso Aberto por Bianca Amaro, coordenadora técnica do Laboratório de Metodologias de Tratamento e Disseminação de Informação, e por Milton Shintaku, coordenador de Articulação, Geração e Aplicação de Tecnologias, ambos do IBICT. Eles fizeram uma breve exposição, na qual mostraram a evolução e a situação de repositórios de acesso aberto, ressaltando que, em 2012, o número de documentos em acesso aberto disponíveis na Internet por meio dos repositórios institucionais apoiados pelo IBICT totalizou até o momento o número 131.197, sendo que já foram mapeados ainda outros 19 repositórios implantados no Brasil.
Com relação às iniciativas de acesso aberto no Brasil, eles destacaram a Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), com mais de 204 mil documentos de acesso aberto; o Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas (SEER), que possui 768 revistas de acesso aberto e cerca de 125 portais de revistas criados com o software SEER; os treinamentos do Seer a distância (SEERAD); os repositórios digitais de acesso aberto (RDs); o Sistema On-line de Acompanhamento de Conferências (SOAC); o diretório de políticas editoriais das revistas científicas brasileiras (Diadorim); a biblioteca Virtual Temática (BVT); o software de criação e gerenciamento de tesauros (TECER) e o Portal Brasileiro de Acesso Aberto à Informação Científica (OASISBR) - todos produtos do IBICT ou apoiados pelo instituto. Mencionaram também o Scielo como a primeira iniciativa de acesso aberto brasileira.
O número de revistas científicas publicadas no Brasil, segundo Bianca, é de 2.032, sendo 895 on-line e 1.137 impressas. Em relação à situação atual das revistas científicas em acesso aberto, ela explicou que o Brasil é o segundo país com maior quantidade de revistas científicas em acesso aberto, segundo dados do Directory of Open Access Journals (DOAJ). O país tem 768 revistas publicadas, e os Estados Unidos, 1.242.
Em referência à situação atual das políticas de Estado de acesso aberto, os coordenadores ressaltaram o Projeto de Lei nº 1.120, de 21 de maio de 2007, e o Projeto de Lei do Senado nº 387, de 2011 (em tramitação), que obriga as instituições públicas de ensino superior a construírem os repositórios institucionais para depósito do inteiro teor da produção técnico-científica do corpo discente e docente. Já em relação às políticas de agências de fomento, foi mencionada a Portaria nº 13 da Capes, de 15 de fevereiro de 2006, que institui a divulgação digital das teses e dissertações produzidas pelos programas reconhecidos de doutorado e mestrado. Com relação às políticas de agências de fomento, foi explicado que a orientação do CNPq, publicada em 2005, incentiva a publicação dos resultados dos beneficiários do CNPq em acesso aberto.
O coordenador geral das Unidades de Pesquisa, Carlos Oiti Berbert, destacou a quantidade de produtos apresentados no evento, parabenizando o esforço do IBICT e das instituições que fazem parte das iniciativas do instituto. “Sou usuário da informação, mas sou geólogo por formação. Me prometeram o título de bibliotecário emérito”, disse Oiti referindo-se à admiração e o respeito pela profissão de bibliotecário. “O IBICT é uma das unidades de pesquisa que mais faz pela sociedade. Quero manifestar o meu orgulho de estar aqui hoje, vendo a evolução do IBICT e sua persistência e a teimosia de sua equipe de levar adiante os sonhos e os projetos desta Unidade de Pesquisa. Parabéns!”, ressaltou.
Núcleo de Comunicação Social do IBICT
24/10/2012
Fonte: Núcleo de Comunicação Social do IBICT
Créditos da imagem: Núcleo de Comunicação Social do IBICT
Data da Notícia: 24/10/2012 09:55
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