Para aprofundar a discussão sobre dados abertos governamentais e atrair novos públicos, o Ministério do Planejamento (MP), em parceria com o Escritório Brasileiro do Consórcio World Wide Web (W3C Brasil), realiza o II Encontro Nacional de Dados Abertos. O evento inicia nesta quinta-feira (21/11) e vai até amanhã (22/11), na Escola de Administração Fazendária (Esaf), em Brasília.
O encontro conta com o apoio da Secretaria Nacional de Articulação Social da Presidência da República, do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.Br), representado pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.Br), da Associação Software Livre, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev).
Segundo o analista em C&T do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Rámon Fonseca, a filosofia de Dados Abertos do Governo Federal procura trazer um impacto no uso de dados que são e/ou deveriam ser públicos, no sentido mais estrito da palavra dados, ou seja, nada com tratamento ou processamento. Assim, conforme Rámon, permite-se à sociedade de forma geral, assim como ao próprio governo, empresas (nacionais ou não) e outros governos, o reuso e combinação dessas informações, seja para oferecer serviços ou fazer análises e comparações entre os serviços.
“É essencial que os dados sejam descritos de forma estruturada, com metadados bem definidos e que permitam sua reutilização. Ou seja, os metadados e ontologias relacionadas permitem que informações de gastos públicos de vários órgãos e esferas do governo, por exemplo, possam ser comparados. Assim, há inúmeras possibilidades de aplicação”, ressaltou.
Rámon explicou que “cabe a cada instituição organizar seus dados de forma coerente e ofertá-los nos formatos mais abertos possíveis. Isto é, se for uma base de dados, um arquivo CSV já permite o reuso, porém, outras formas de integração, como webservices, "linked data" (dados conectados), entre outros, que permitam o tratamento dos dados tanto por uma pessoa quanto uma máquina, tornam o uso do dado mais fácil e compartilhado. Igualmente, é importante identificar quais dados são mais importantes para a sociedade como um todo. No Reino Unido, onde também se implementou a filosofia, muitos dados foram compartilhados, mas pouco usados devido a vários fatores. Porém, os mais importantes foram o formato PDF, que, à época, impossibilitava a automação do tratamento, e a divulgação de dados que não eram úteis para a sociedade”.
Mais informações: http://2.encontro.dados.gov.br/index.html
Data da Notícia: 21/11/2013 15:20
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