O IBICT foi convidado a participar de um projeto de levantamento de dados que oferecesse subsídios para a criação de um sistema de informação no âmbito do projeto Cidades Inteligentes, uma iniciativa do Governo do Distrito Federal. Daí surgiu o projeto Brasília 2060, cujo desafio é desenvolver um sistema de informações para gestão estratégica em nível governamental. Nesta etapa inicial, o IBICT está levantando dados que ficarão disponíveis em uma página web para consulta futura por órgãos governamentais para atividades de planejamento de forma sustentável.
Dando prosseguimento às atividades do projeto, o IBICT promoveu, nesta quinta-feira (4/9), a palestra Unidades Espaciais de Informação para a Gestão Estratégica. O tema foi apresentado por Cláudio Egler, mestre em Planejamento Urbano e Regional e doutor em Economia. Ele disse que as unidades de informação irão trazer a visão de como as cidades estão ocupadas, como elas se relacionam, permitindo entender o seu processo de desenvolvimento, de expansão urbana. “É uma maneira de ajudar a analisar e interpretar o planejamento urbano que está sendo feito, algo que ainda não existe e que Brasília está iniciando. Na medida do possível, as unidades também servirão como um instrumento agregador dos diferentes temas a serem trabalhados como um conjunto, permitindo uma visão integrada das áreas de Saúde, Educação, Segurança, Mobilidade Urbana, entre outros.
Ao abrir a reunião, a diretora do IBICT Cecília Leite Oliveira destacou que o encontro agregava diversos setores para pensar políticas públicas de forma integrada para o planejamento de cidades inteligentes. “Na verdade, estamos construindo um sistema de informação que possa juntar tudo isso como forma de contribuir para a formação de programas de governo nas diversas áreas citadas. Os governos não têm essas informações para o seu planejamento e Brasília está sendo o piloto dessa história”, disse ela.
Paulo Egler, coordenador do Brasília 2060, destacou que um dos componentes mais importantes do projeto – e daí a própria razão dele estar no IBICT – é a questão do sistema de informações. Segundo ele, o que se observa nas discussões sobre planejamento é a inexistência da informação organizada e sistematizada. “Isso é constatado como uma grande lacuna, e não só a informação, mas também a forma como ela é utilizada. Outra questão apontada por Paulo Egler é o fato de que não se pode pensar o futuro sem conhecer o presente. “Um diagnóstico, sempre que possível, com a sociedade, por aqueles que conhecem os problemas da cidade”, frisou. Ele acrescentou que o intuito é pensar as áreas de atuação do Brasília 2060 de forma integrada e articulada, com a criação de um sistema de informação que dê suporte as atividades de planejamento do projeto.
Pedro Demo, professor aposentado do Departamento de Sociologia da Universidade de Brasília e consultor do IBICT, explicou que uma equipe, com especialistas de áreas distintas, está trabalhando com dados e domínios de conhecimento de toda região, não só de Brasília, mas também das cidades satélites. “São informações técnicas imprescindíveis para que possamos atuar nas áreas do Projeto Brasília 2060”, acrescentou.
Núcleo de Comunicação Social do IBICT
04/09/2014
Créditos da imagem: Victor Almeida
Data da Notícia: 05/09/2014 15:35
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