O II workshop do grupo de pesquisa “Transformações da paisagem, informação e memória” discutiu durante toda terça-feira (08/12), no Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), os seguintes temas: sistemas de informação, gestão ambiental e urbana no longo prazo; o sistema DF100Fogo: questões, métodos, desenvolvimento, resultados esperados da utilização de tecnologias de mobilidade; e política de preservação digital e as coleções do Jardim Botânico de Brasília (JBB), no contexto de atividades do projeto Saberes do Cerrado.
O objetivo do workshop foi promover o debate entre os pesquisadores do grupo de pesquisa do CNPq e articular possibilidades de trabalho conjunto inerentes à pesquisa e ao tratamento e à sistematização de dados espaciais vinculados à gestão ambiental de unidades de conservação em meio urbano.
Fátima Tavares, coordenadora do projeto Saberes do Cerrado do Ibict e líder do grupo de pesquisa do CNPq, contou que o instituto está estruturando um sistema de informações geográficas no âmbito do projeto, como instrumento analítico de dados de pesquisa e facilitador da demonstração da análise processada por meio da visualização de cartas temáticas.
“De forma associada e convergente, o JBB está estruturando uma base de dados ambiental e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está estudando um protótipo que trata da questão da recuperação de dados, tudo isso vinculado ao escopo do projeto Saberes do Cerrado, com a participação de Renata Ribeiro, pós-graduanda da UFSCar, e da professora doutora Marilde Santos, do Departamento de Computação da UFSCar. São várias atividades que têm por base a temática ambiental associada à gestão da Estação Ecológica do Jardim Botânico de Brasília. Foram objeto de debate a metodologia para elaboração de modelo analítico de dados e a proposta de um padrão mínimo de metadados, que devem contribuir para a gestão da informação e implantação integrada dos sistemas informatizados do JBB”, ressaltou Fátima.
Vânia Soares, do JBB, disse que pela manhã foi discutido o projeto piloto do sistema de informação geográfica do Jardim Botânico e sua Estação Ecológica no contexto sociotemporal e de ocupação. Também foram questionados os impactos nas unidades de conservação. “Nós estamos analisando a questão metodológica e estamos percebendo que realmente o caminho é esse”, afirmou.
À tarde, foram debatidas as questões associadas à amplitude territorial do DF100Fogo, considerando processos de interlocução com a sociedade local, e tendo em vista a complementaridade desta proposta em relação aos serviços nacionais de monitoramento de queimadas existentes.
Outro ponto em debate foi a preservação digital das coleções científicas do JBB e a necessidade de instituir procedimentos orientados para uma política de preservação digital no longo prazo, envolvendo em primeiro plano a Biblioteca Digital do Cerrado, no Dspace. Miguel Arellano considerou a necessidade de realizar prontamente um estudo de padrões de metadados para a preservação digital, com foco nos diversos sistemas de informação em projeto. Ele destacou que foi concluído o processo de submissão da revista Heringeriana, do JBB, à Rede Brasileira de Preservação Digital Cariniana do Ibict, da qual é coordenador, ficando assim protegidos todos os números já disponíveis no Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas (SEER).
Participaram do workshop integrantes do grupo de pesquisa e convidados do corpo técnico do JBB.
Daniela Cunha
Núcleo de Comunicação Social do Ibict
Créditos da imagem: Daniela Cunha
Data da Notícia: 09/12/2015 15:50
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