O ex-comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, lançou um instituto com o seu nome. O evento de lançamento aconteceu no dia 4 de dezembro, no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília (DF).
O Instituto General Villas Bôas (IGVB) promoverá ideias e debates sobre inovações e tecnologias assistivas para o tratamento de doenças raras e temas de interesse nacional, como geopolítica, Amazônia e Defesa. A organização ainda deve reunir e organizar todo o acervo pessoal e profissional do general.
O militar que é assessor especial do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, foi diagnosticado em 2017 como portador de esclerose lateral amiotrófica (ELA), uma doença muito rara do sistema nervoso que enfraquece os músculos e afeta as funções físicas.
No dia 5 de dezembro, o IGVB realizou uma programação com diversas palestras, tendo como principais temas as tecnologias assistivas. Também foram realizados os painéis sobre movimento dos olhos para comunicação, lazer e criatividade; Condicionante para um Projeto Nacional; e Amazônia como parte de um Projeto Nacional.
Durante o evento do IGVB, foi realizada uma apresentação da tecnologia usada no projeto Rompendo Barreiras, iniciativa desenvolvida pelo Instituto Federal de Brasília (IFB), em parceria com Instituto HandsFree e o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict).
O Rompendo Barreiras desenvolve oficinas de robótica e programação no IFB para adolescentes e jovens com limitação de movimentos. Para isso, utiliza a tecnologia assistiva do HandsFree, programa baseado em software livre. Os estudantes têm um mouse adaptado pela boca, que funciona permitindo que o usuário dirija, com a cabeça, o ponteiro do mouse.
“A gente precisa mudar os ambientes e deixa-los prontos para quem tem necessidades especiais, para que exista o acesso universal de fato”, diz Sérgio Maymone, CEO do Instituto Hands Free. Com o uso de tecnologias assistivas, os usuários podem ter maior independência, autonomia e liberdade realizar diversas atividades, como acessar computadores, navegar na Internet e programar ações de robótica.
Carolina Cunha
Núcleo de Comunicação Social
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