Os participantes do Fórum Internacional de Cooperação em Avaliação do Ciclo de Vida, que está sendo organizado pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), e tem a participação de especialistas do Brasil e de diversos países que compõem a Rede Global de Interoperabilidade, reuniram-se nessa quarta-feira (16), em Brasília, para discutir políticas públicas, em nível mundial. O evento foi realizado na Confederação Nacional das Indústrias (CNI).
O presidente do CNI, Robson Braga, agradeceu a presença dos participantes e disse que a Confederação Nacional da Indústria se sentia honrada em receber o evento em suas instalações. Segundo Braga, o conhecimento e desenvolvimento tecnológico como âncoras de elevação da competitividade são determinantes para o aumento da concorrência mundial. “É fundamental que a indústria, academia e governo trabalhem de maneira coordenada a fim de fortalecer a estratégia do Brasil rumo a um desenvolvimento sustentável e sustentado”, comentou. Braga também ressaltou a importância do papel do Ibict e do Inmetro na realização do Fórum. “É importante ressaltar o papel do Ibict e do Inmetro como instituições coordenadoras do Programa Brasileiro de Avaliação do ciclo de Vida, que têm atuado com persistência na estruturação da política de ACV no País. Vale destacar o diálogo aberto e franco que permeia as relações entre essas instituições de governo e os representantes da indústria brasileira”, finalizou o presidente.
Elisa Tonda, Chefe da Unidade de Indústria Responsável e Cadeia de Valor do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA/UNEP), comemorou a realização do evento principalmente pelas importantes discussões que estavam sendo realizadas em prol da sustentabilidade e produtividade. “O Fórum vai levantar assuntos que dizem respeito às experiências que temos ao redor do mundo. De um lado, o conhecimento em relação ao ciclo de vida dos produtos, a consolidação e o apoio que temos dado aos países com o aumento da capacidade das bases de dados fortalecendo os dados e práticas que são construídas na ACV. Do outro lado, fomos capazes de fazer uma experiência mundial trabalhando lado a lado com os países integrantes na formação de políticas públicas”, explicou Elisa. A Chefe da Unidade ressaltou também o trabalho realizado durante a Copa do Mundo no Brasil, quando o PNUMA, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e a Fundação Getúlio Vargas, promoveu a avaliação do ciclo de vida em diversos produtos que eram associados ao mundo esportivo. De acordo com ela, “as descobertas, a partir dessas parcerias, levaram a diversas soluções com o objetivo de práticas mais produtivas”, destacou.
A diretora do Ibict, Cecília Leite, agradeceu a grande parceria com instituições de renome nacional e mundial e disse estar muito satisfeita com o alcance do evento. “A Avaliação do Ciclo de Vida para o Ibict tem sido um grande desafio para nós. Há 10 anos, não tínhamos nenhum estudo consolidado. Existiam ações isoladas de alguns pesquisadores na academia e na indústria. Durante todo esse tempo conseguimos avançar bastante e criamos a metodologia”. A diretora ressaltou ainda o lançamento do banco de dados, realizado durante o evento, e disse que “essa ação reflete a integração do trabalho realizado pela parceria entre a academia, o governo e a iniciativa privada, que mostram a importância do avanço do conhecimento e desenvolvimento da área e é também um grande exercício político”. Cecília Leite agradeceu a confiança no período em que presidiu o comitê e informou que a partir deste momento, Hugo Schally, chefe da unidade Diretoria Geral de Meio Ambiente, Eco-inovação e Economia Circular da Comissão Europeia, é o novo presidente do Comitê Diretivo da Rede Global de Interoperabilidade de Base de Dados de ACV.
Em sua apresentação, o coordenador do projeto de ACV no Brasil, Tiago Braga, contextualizou o trabalho realizado desde o início pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia, unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Braga ressaltou ainda as ações esperadas para 2017. “Buscamos um grande avanço na utilização do banco de dados após serem disponibilizados diversos inventários”. O objetivo do programa é implantar no País um sistema que trabalhe na organização, no armazenamento e na disseminação de informações sobre o ciclo de vida de produtos. “Queremos disponibilizar a metodologia de elaboração de inventários brasileiros para a indústria com o objetivo de apoiar o desenvolvimento de massa crítica; disseminar informações sobre o pensamento do ciclo de vida; trabalhar na normatização tanto internacional quando nacional, mas também incentivar as discussões nacionais para que possamos normatizar e ter políticas que tratam do tema identificando as principais categorias de impactos ambientais aplicáveis ao Brasil”, explicou o coordenador do projeto no Brasil.
Em seguida, os especialistas apresentaram seus trabalhos e discutiram ações para a formação de novas políticas públicas. Nesta quinta (17), o evento está sendo realizado no Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), em Brasília.
Cláudia Mohn
Núcleo de Comunicação Social do Ibict
Créditos da imagem: Cláudia Mohn
Data da Notícia: 17/03/2016 16:05
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