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Segunda, 30 Dezembro 2019 11:13

Cecília Leite faz balanço de 2019 e fala das perspectivas para o próximo ano

A diretora do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), Cecília Leite, comenta os acontecimentos de 2019 e fala ainda sobre as perspectivas para o próximo ano.

Qual é o balanço que você faz sobre o ano de 2019?

Cecília Leite: O balanço é extremamente positivo. Nós conseguimos manter e até aumentar o ritmo de crescimento em produção, em volume de pesquisas e em novos projetos. Realizamos parcerias que nos trouxeram as condições para que pudéssemos continuar nesta rota de crescimento.

Qual foi o desafio enfrentado em 2019?

Cecília Leite: Vivemos um momento de desafios, especialmente em termos de recursos. O Ibict precisa de recursos humanos, mas desde 2012 a gente não realiza um concurso público. E não há perspectivas de novos certames. Então, neste momento, a realidade requer um novo modelo de gestão, de aprendizado e de relacionamento. O plano de 2019 consolidou ainda mais este novo modelo de gestão através de grandes parcerias para a realização de projetos e pesquisas com parceiros.

Nós não temos orçamento para investimento. Em 2019, novos projetos entraram, alguns terminaram, mas o saldo de novos é maior. Houve um crescimento da instituição e é isso que proporciona também o crescimento do Ibict, porque sem recursos você não tem pessoal. Isso é bastante explicitado quando nos observamos o número de servidores públicos, que atualmente são 87, e o número de colaboradores, que são 304. Isso significa que nos conseguimos dar uma dinâmica na estrutura, a partir de recursos não orçamentários.

Quais temas ou áreas de atuação do Ibict você destacaria em 2019?

Cecília Leite: Este ano alguns temas tiveram muita força, como a Ciência Aberta, porque esse movimento está crescendo no Brasil e no mundo, e o Ibict está no centro dessa discussão no país.

Em relação à informação, criamos dois novos núcleos: pesquisas em gênero, para a valorização da mulher na Ciência da Informação, e o núcleo de informação para doenças raras e deficiência, com a criação de um repositório, o Vida em Movimento.

Outro destaque este ano foi o tema da Economia Circular e da sustentabilidade, com oficinas e capacitações em diversos municípios brasileiros para a melhoria da gestão de resíduos. Nós também somos pioneiros nesse tema no Brasil, no desenvolvimento de avaliação do ciclo de vida de um produto. 

Vale ainda destacar a nossa participação no Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional – Vigiagro, que aumenta a eficiência da fiscalização nos portos.

Quais são as expectativas para 2020?

Cecília Leite: Em 2019, nós conseguimos modernizar a infraestrutura tecnológica do Ibict. Para 2020, conseguimos recursos para atualizar os serviços tradicionais que oferecemos aos nossos usuários, como o Catálogo Coletivo Nacional (CCN), o Programa de Comutação Bibliográfica (Comut) e o Bibliodata, que representam a origem do próprio Ibict. Isso vai possibilitar que a gente melhore o nosso atendimento aos usuários.

Nós também conseguimos avançar no projeto BR-CRIS (Current Research Information System), que significa um grande ecossistema informacional para a pesquisa. Nós  já estamos trabalhando há cinco anos no desenvolvimento desse projeto e conseguimos recursos para que em 2020 o trabalho continue.

Para o próximo ano, a nossa maior meta é trabalhar com soluções em informação para o setor produtivo. Agora estamos firmando uma parceria que deve ser consolidada em janeiro, com a APEX-Brasil. Nossa vontade é atuar com a questão do empreendedorismo, da sustentabilidade e da informação para o empreendedor. São temas que despontam como possíveis novos alvos para 2020.

Outra parceria importante foi a assinatura de um termo com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), para o desenvolvimento do Lattes Data, um banco de dados abertos de pesquisas fomentadas pelo governo. Essa parceria demonstra que os órgãos públicos de Ciência e Tecnologia estão trabalhando cada vez mais próximos e consolidando seus conhecimentos, em cooperação, para promover o desenvolvimento do Brasil.

Carolina Cunha

Núcleo de Comunicação Social

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