Na última terça-feira, 10/11, pesquisadores do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) apresentaram o webinar “Barramento Arquivístico RDC-Arq Ibict/TJDFT” para servidores do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios.
Participaram da apresentação o coordenador-geral de Tecnologias da Informação e Informática do Ibict (CGTI) Tiago Braga, a arquivista Tatiana Pignataro e o pesquisador Henrique Costa, que instruíram os servidores a respeito das especificações técnicas do barramento arquivístico Hipátia, criado pelo Ibict.
O Hipátia foi desenvolvido como parte do projeto de integração do Diário de Justiça Eletrônico - DJe com o RDC-Arq, uma parceria do TJDFT com o Ibict a partir de um trabalho que começou em 2018 e que previa o repasse de conhecimento e tecnologia para viabilizar a implantação de um Repositório Arquivístico Digital Confiável – RDC-Arq no Judiciário local.
A ideia era que fosse criada uma camada de barramento tecnológico interoperável para garantir a segurança e o acesso aos documentos digitais do TJDFT, minimizando vulnerabilidades e possibilidades de eventuais ataques cibernéticos, que poderiam colocar em risco a integridade de seus dados.
Tiago destacou que a finalidade principal do barramento é automatizar o processo de preservação de objetos digitais e explicou que o nome Hipátia é uma homenagem à filósofa e matemática grega que atuava no contexto da biblioteca de Alexandria, reconhecida desde a Antiguidade por valorizar a gestão e a preservação do conhecimento.
Após ter sido assassinada por questões políticas, Hipátia sofreu, como o coordenador pontuou, uma tentativa de apagamento de sua memória. Com o tempo, devido ao trabalho de historiadores, esta memória foi recuperada. “Isso tem muito a ver com o que a gente entende por preservação digital, que é impedir o apagamento da memória e a perda de pedaços da história. Por isso a homenagem”, completa Tiago.
Tatiana Pignataro explicou que o processo de funcionamento do barramento consiste na conexão com o banco de dados ou webservice, na extração de metadados e objetos digitais a serem preservados, na criação de um pacote de preservação no padrão OAIS e, por fim, no envio para o Archivematica.
Em seguida, Henrique Costa apresentou de forma detalhada os aspectos mais técnicos do barramento e as tecnologias empregadas em sua construção, como a linguagem de programação Phyton para escrever o código, formulários em .xml e .csv e alguns comandos de banco de dados.
Lucas Guedes
Núcleo de Comunicação Social do Ibict
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