Aconteceu ontem (25/11) mais uma live QuartaàsQuatro, promovida semanalmente pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict). O tema desta edição foi “Ciência Cidadã e Situações de Emergência e Desastre Socioambientais”.
O evento teve a participação de Sarita Albagli, pesquisadora do Ibict e professora do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação (Ibict-UFRJ), Victor Marchezini, pesquisador no Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres (Cemaden/MCTI) e Allan Yu Iwama, pesquisador de pós-doutorado na Universidad de Los Lagos (ULagos, Chile).
Sarita, que coordena o grupo de pesquisa de Ciência Aberta e Inovação Cidadã, no Laboratório Interdisciplinar sobre Informação e Conhecimento do Ibict, explica que este é o primeiro de uma série de encontros sobre Ciência Cidadã, tema que começou a aparecer historicamente no século XIX.
Para a pesquisadora, é importante discutir a relação entre Ciência Cidadã e desastres socioambientais e sanitários, como é o caso da COVID-19, “porque é um tema muito contemporâneo e que abre uma série de questões emergentes e de contribuições que a Ciência Cidadã pode trazer a esses desafios planetários que estão se colocando hoje na contemporaneidade”.
Victor Marchezini questionou como o tema pode colaborar na gestão de riscos e desastres e destacou que é preciso enxergar pontos de contato entre conceitos, métodos e dados no que diz respeito à uma conversa transdisciplinar sobre ciência de desastres que confluam no desafio da pesquisa.
O professor citou ainda alguns aspectos fundamentais sobre o papel da Ciência Cidadã nas diferentes fases da gestão, como prevenção e mitigação, preparação, resposta e recuperação. Todos estes pontos se relacionam diretamente não apenas à tratar dos desastres depois de ocorridos, mas ao que pode ser feito para evita-los.
Allan Yu Iwama abordou o uso de plataformas para desenvolver os projetos de Ciência Cidadã. Para ele, estes temas que envolvem desastres socioambientais e situações de emergência exigem ações rápidas, de curto e médio prazo para dar respostas à estas questões.
O pesquisador destacou a importância da transversalidade no tratamento do tema em vários setores e em várias escalas, que vão desde a natureza social e cultural até o envolvimento de diversos atores, como pesquisadores, comunidades e associações locais , ONGS e formadores de políticas públicas.
O vídeo completo com o debate pode ser visto neste link.
Lucas Guedes
Núcleo de Comunicação Social do Ibict
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