O Centro de Informações Nucleares (CIN) da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) promoveram nesta segunda e terça-feira (6 e 7/5) o I Seminário de Bibliotecas Científicas. O evento buscou discutir a importância destas bibliotecas na gestão e compartilhamento de dados de pesquisa e propor ações que possibilitem seu fortalecimento.
A ideia central do evento foi apresentar experiências e desafios, principalmente no que diz respeito à gestão do conhecimento científico. A carência de procedimentos de gestão e curadoria dos resultados de pesquisas tem resultado em desperdício de conhecimento e impossibilitado acesso a dados de extrema relevância para o avanço da ciência. Na atual era digital, as discussões do evento foram bastante focadas nos recursos de tecnologia da informação que podem contribuir para tornar bibliotecas mais acessíveis e de fácil identificação do conhecimento.
O Seminário ocorreu no auditório Carneiro Felippe, na sede da CNEN, no Rio de Janeiro, e teve como público alvo pesquisadores, bibliotecários e demais profissionais e estudantes ligados a centros de informações e bibliotecas de instituições de pesquisas e acadêmicas. Além de palestras e debates, a programação incluiu também um curso específico sobre gestão de dados de pesquisa e o lançamento de uma Cartilha de Gestão de Dados para pesquisadores, que estará disponível no site da CNEN nos próximos dias.
Em continuidade ao Seminário, a CNEN seguiu debatendo o tema e analisando sua própria situação nesta quarta-feira (8/5), quando realizou o workshop Gestão do Conhecimento Nuclear: gestão de dados e repositórios institucionais na CNEN. Esta etapa do evento reuniu dirigentes, bibliotecários e demais profissionais da sede da CNEN e de suas unidades de pesquisa.
Na ocasião, Maria Murrieta da Costa, bibliotecária e doutora em Ciência da Informação, servidora do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), realizou uma palestra na qual destacou a importância da gestão do conhecimento para o avanço da ciência. Para ela, países de ponta em desenvolvimento científico e tecnológico têm também uma tradição e competência na área de gestão do conhecimento. Sobre a realidade brasileira nesta área, enfatizou que já começa a melhorar, mais ainda há um longo caminho a ser percorrido.
Presente na abertura do Workshop, o presidente da CNEN, Paulo Roberto Pertusi, ressaltou que ciência e tecnologia são fontes de riqueza e de poder e que o Brasil precisa estar atento aos mecanismos de desenvolvimento e de proteção desse conhecimento. Especificamente sobre gestão de conhecimento, destacou que se trata de área que precisa avançar na CNEN, principalmente quando relacionada a atividades de pesquisa e desenvolvimento. Além do que, para otimizar os recursos no atual momento de escassez, é importante que as unidades da instituição façam o uso compartilhado das informações e das oportunidades.
Participaram do evento o pesquisador do IBICT/Rio, Ricardo Pimenta, e Tainá Batista, membro da equipe da coordenação do Laboratório de Metodologias de Tratamento e Disseminação da Informação do IBICT.
Com informações da CNEN e Núcleo de Comunicação Social do IBICT
Redes Sociais