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Quarta, 14 Setembro 2005 14:45

Avaliação do Ciclo de Vida é uma das ações prioritárias do Ibict

A Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) de produtos brasileiros é uma das ações prioritárias do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict). O instituto, vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, considera o projeto de implantação de um modelo brasileiro vital para o desenvolvimento nacional e, por isso, pretende ser um agente ativo na organização do banco de dados de produtos e serviços do país e na disseminação das informações.

A posição foi anunciada na manhã desta segunda-feira (12/09) pelo diretor da instituição, Emir Suaiden, durante reunião com o presidente da Associação Brasileira de Ciclo de Vida (ABCV) e professor da Escola Politécnica da USP, Gil Anderi da Silva, com o professor do Laboratório de Energia e Ambiente (LEA) da Faculdade de Tecnologia da Universidade de Brasília (UnB), Armando Caldeira, com o professor do Departamento de Ciência da Computação da UnB, Jorge Henrique Cabral Fernandes, com a professora do Departamento de Ciência da Informação da UnB, Marisa Bräscher, com a Coordenadora do Projeto de ACV no Ibict, Celina Rosa Lamb, com o bolsista especialista em Gestão Ambiental Sander Renato Lara Ferreira, além da participação de Dalton de Freitas, coordenador de Administração do Ibict. A equipe vem trabalhando desde o ano passado para criar um modelo único de ACV para o Brasil e organizar o processo de inventário das informações dos produtos brasileiros.

“Vamos nos dedicar ao sucesso deste projeto com o maior afinco. Mas acredito que com parcerias e com coesão de esforços o trabalho será mais fácil”, declarou Emir Suaiden, ao final da reunião, realizada na sede do Ibict, em Brasília. Ele deu sinal verde para o instituto desenvolver as ações necessárias, como parcerias e acordos, para que o modelo de ACV possa ser implantado com brevidade, permitindo que os produtos das empresas brasileiras possam competir em pé de igualdade no mercado internacional.

A necessidade da implantação do método de Avaliação do Ciclo de Vida de produtos industriais, comerciais ou de serviços no Brasil decorre do fato de que, a partir de 2006, entrará em vigor a norma de rotulagem ambiental ISO 14025, que, apesar de voluntária, pode acarretar barreiras comerciais às empresas que não adotarem procedimentos de cuidado ambiental na extração, vida útil e no descarte final de seus produtos. “Quem não se adequar a estas exigências, pode ficar fora do mercado mundial”, alerta o professor Armando Caldeira. Ele lembra que países como Japão, Canadá e Estados Unidos, além de muitas nações européias, como a Suíça, já estão implantando largamente a ACV e, por isso, lideram a corrida pela adaptação dos seus produtos a um modelo ‘preservacionista’ de mercado.

O professor da UnB considera o Ibict como a instituição brasileira ideal para ser a sede da base de dados da ACV no país. “O Ibict tem competência para criar, fazer a manutenção do serviço e garantir a segurança de todo o processo”, avalizou ele, que acredita que todo o processo deverá levar de três a cinco anos para ficar concluído. Armando Caldeira e Gil Anderi da Silva informaram que já existem articulações em andamento para a concretização de um acordo entre a empresa Unilever e a Universidade de São Paulo (USP), para que seja aproveitada a experiência e a metodologia já implantada pela empresa em suas unidades em todo o mundo. Ao mesmo tempo, o professor Jorge Henrique Cabral Fernandes vem trabalhando para desenvolver um modelo de ACV mais simples e compacto que possa ser acessível a pequenas, médias e grandes empresas de todo o país.

“Vamos desenvolver um modelo simplificado porque notamos que há uma carência de recursos humanos especializados para trabalhar e manusear este tipo de banco de dados. Desta forma, com um modelo básico, poderemos garantir uma adesão maior das empresas a esta iniciativa”, explicou Jorge Henrique Cabral Fernandes.

A professora Marisa Bräscher, ex-diretora do Ibict, agregou-se ao grupo mais recentemente, e já trabalha para constituir o que será denominado ‘ontologia’ da ACV no Brasil. Esta ontologia conterá os conceitos, as expressões e as orientações para que as pessoas possam entender e manipular o banco de dados de ACV.

A partir do sinal verde do diretor do Ibict, será formalizada a adesão ao COAST ACTION 503, Fórum da União Européia para a discussão da ACV, e serão desenvolvidas ações para um acordo de cooperação entre Ibict/MCT com a Universidade de Stuttgart, na Alemanha, para intercâmbio de experiências e know-how.

“Estamos satisfeitos com as ações de vanguarda desenvolvidas no Ibict. Pelas estatísticas, o instituto tem sido uma das fontes mais consultadas no país na questão da Análise do Ciclo de Vida. O site acv.ibict.br registra 110 acessos diários, o que eqüivale a cerca de 3.000 consultas individuais por mês”, observa a coordenadora do projeto no Ibict, Celina Lamb.

Assessoria de Comunicação Social
Tel.: 613 2176427 e Fax: 61 32176310
Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict)

 

Data da Notícia: 14/09/2005 11:12

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