Emir Suaiden assume diretoria do Ibict com a tarefa de atuar na disseminação do conhecimento produzido no país
A escolha do novo diretor do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) demorou um ano e só foi concluída na manhã de sexta-feira, 20 de maio, quando o professor do Departamento de Ciência da Informação e Documentação da Universidade de Brasília (UnB) Emir Suaiden assumiu o cargo. Ele será o primeiro diretor com mandato fixo de quatro anos e continuará no cargo mesmo depois do fim do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com o secretário-executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Luís Fernandes, isso garante que as iniciativas adotadas não são de governo e sim de Estado. “Isso porque o Ibict tem papel crucial para o desenvolvimento do país por meio da divulgação científica”, afirma.
Suaiden assume o cargo com uma série de missões, entre elas, fortalecer os serviços já prestados pelo Ibict (veja quadro) e implantar o portal de livros didáticos e o de periódicos de acesso livre, além de retomar a política de registro e disseminação da produção científica do país. “Precisamos romper os paradigmas da cultura informacional do país, predominantemente oral. Para isso, temos de investir em novas formas de pesquisa já nas escolas, evitando o ‘recorta e cola’ praticado atualmente”, indica. Para ele, inclusão digital não se restringe a distribuir computadores, mas sim em possibilitar acesso a fontes de pesquisa com linguagem acessível para quem não domina o conhecimento técnico. “Só assim formaremos uma nova cultura do saber no país”, aposta.
O QUE FAZ O IBICT?
O Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) é uma unidade de pesquisa do Ministério da Ciência e Tecnologia que completou 51 anos em 2005. Foi criado por recomendação da Unesco pelo então Conselho Nacional de Pesquisa, hoje denominado Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para atuar no avanço da ciência, tecnologia e inovação tecnológica do país pelo desenvolvimento da comunicação e informação nessas áreas.
Serviços oferecidos
- Programa de Comutação Bibliográfica (Comut)
- Prossiga
- Biblioteca Digital de Teses e Dissertações
- Canal Ciência
- Número Internacional Normalizado para Publicações Seriadas (ISSN)
- Biblioteca Digital Brasileira
- Sistema Brasileiro de Respostas Técnicas
Fonte: www.ibict.br
ESCOLHA CRITERIOSA – Cumprir o plano de metas com apenas R$ 4,75 milhões (orçamento do instituto para 2005) não será tarefa fácil. Por isso, tanto o secretário-executivo do MCT quanto o secretário de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social, Rodrigo Rollemberg, comprometeram-se a ampliar os recursos, podendo até ser utilizadas verbas de fundos setoriais. “Vamos aumentar esse investimento porque o Ibict está no centro do sistema nacional de ciência, tecnologia e inovação e é responsável por manter o fluxo de informações relativas à área, além de possibilitar acesso à sociedade”, reforça Fernandes. Segundo Rollemberg, o instituto também será incluído em parcerias da própria secretaria. “Essa é uma forma de garantir recursos e a democratização do conhecimento”, explica.
O processo de escolha de Suaiden para o cargo levou um ano porque o MCT instituiu uma comissão de cientistas responsáveis por apontar três possíveis nomes para assumir o cargo. Esse sistema é praticado pelo MCT para os cargos de direção das unidades de pesquisa. Suaiden mostra-se satisfeito com a indicação, mas sabe que o fato de ter sido escolhido por seus pares fará a cobrança por resultados ser ainda maior. “É uma responsabilidade muito grande, mas acredito que o principal desafio do Ibict seja, realmente, a popularização da ciência, tecnologia e inovação. As pessoas precisam entender que os avanços que tivemos na qualidade de vida são resultado das pesquisas científicas”, ressalta.
Mesmo sabendo que seu mandato é de quatro anos, Suaiden considera que agora é o tempo de plantar iniciativas que serão colhidas no futuro. Ele tem planos de estimular a parceria do Ibict com a iniciativa privada, que pode possibilitar a expansão dos recursos orçamentários e agregar alternativas para o desenvolvimento da informação em ciência e tecnologia. “Temos de criar uma nova geração já incluída na era do conhecimento. Só assim teremos uma sociedade justa e solidária no acesso com qualidade aos dados”, acredita.
Fonte: UnB Agência
Assessoria de Comunicação Social do Ibict
Data da Notícia: 23/05/2005 10:44
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