O texto apresentado pela parlamentar exige que os recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (*Fust* ) sejam empregados prioritariamente no acesso à internet de banda larga por meio dos municípios. Erundina citou como modelo a iniciativa da prefeitura de Sud Mennucci (SP), onde qualquer cidadão que possua placa /wi-fi/ obtém acesso à internet de banda larga sem fio gratuitamente, no prazo máximo de 24 horas após solicitar o serviço.
No seminário, o vice-presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, deputado Jorge Bittar (PT-RJ), disse que o Estado precisa elaborar e implementar uma política estruturada para promover a inclusão digital. Para ele, a universalização da internet jamais será alcançada por meio do mercado.
*Estratégias de inclusão*
O representante do Ministério da Ciência e Tecnologia no evento, Emir José Suaiden, afirmou que a universalização da internet, por si só, não vai promover a inclusão digital. Para ele, o governo precisa investir em políticas que capacitem a população a acessar informações, e não apenas disponibilizar os recursos técnicos necessários à navegação na internet. Segundo ele, deve-se buscar "a sociedade da informação e não a informatização da sociedade".
Suaiden lembrou, ainda, que a inclusão digital não leva à inclusão social. Como exemplo, ele citou um estudo da Universidade de Brasília (UnB) que aponta o uso de celular e /palm top/ por mendigos na Escócia.
O seminário prossegue no auditório Nereu Ramos, na Câmara. O evento é promovido pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática.
Fonte: Agência Câmara
Assessoria de Comunicação Social
Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia - Ibict
Data da Notícia: 08/11/2006 11:32
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