O ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, em seu discurso, disse “ser uma satisfação grande participar de um evento promovido pelo Ibict , evento que mostra o esforço que o instituto está fazendo para se modernizar”. Ele lembrou que o instituto já é quase cinqüentenário, tendo sido criado em 1958, e que “é muito fácil pegar uma instituição nova, transformá-la e adequá-la aos novos meios existentes na sociedade, do que modificar uma instituição na faixa dos 50 anos, que, como nós, com o passar do tempo, vai ficando mais teimosa e difícil de se mudar, pois as idéias vão se cristalizando”. Sérgio Rezende acrescentou que o Ibict está conseguindo fazer isso muito bem, referindo-se à modernização.
Segundo o ministro, desde a criação do Ibict, muita coisa mudou na área da informação. “Na época em que o Ibict foi criado as pessoas utilizavam máquinas de datilografar. Depois, apareceram as grandes máquinas, chamadas cérebros eletrônicos, isso 20 anos após a criação do instituto. Eu já era um pesquisador de física, fazia contas no computador, repetia a listagem de números e fazia à mão os gráficos. Eu tinha de me corresponder com os meus colaboradores internacionais e escrevia à mão cartas, que levavam 10 dias para chegar lá e 10 dias para voltar. Trinta anos depois, surgiu a Bitnet. Em poucos anos, chegamos aos 40 anos de idade do Ibict, e as coisas começaram a mudar rapidamente. A Internet foi desenvolvida, principalmente, no meio acadêmico norte-americano. Ela foi ganhando dimensão. Em 1993/1994 a Internet foi desenvolvida no Brasil. E hoje é rara a família brasileira de classe média que não tem um computador em casa”, enfatizou.
Sérgio Rezende afirmou que o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) está fazendo uma progressão, apoiando, quando possível, iniciativas como a do Ibict. O ministro disse que o ministério está fazendo um upgrade na Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) para fazer com que as entidades de pesquisa e o meio acadêmico tenham uma conexão mais rápida de banda larga.
“Precisamos fazer mais, pois grande parte da sociedade brasileira está excluída do processo. O presidente Lula, logo no início do seu governo, lançou o desafio de fazer um grande programa de inclusão digital. Um programa que tem tido dificuldade de articulação e anda lentamente. Porém, iniciativas estão sendo tomadas, como o progresso do computador popular. O desafio é fazer muito mais”, salientou.
O ministro congratulou todos do Ibict pela organização do evento e disse “acreditar que o instituto está conseguindo, mesmo com meio século de existência, apropriar-se das novas tecnologias e tomar importantes iniciativas”.
O subsecretário de Coordenação das Unidades de Pesquisa do MCT, Abílio Antônio Franco, parabenizou o diretor do Ibict, Emir Suaiden, por fazer parte de um processo importante de recuperação da área de informação no âmbito do MCT.
“Eu assumi a minha pasta em um momento bastante crítico que o Ibict passava e é com imensa satisfação que eu vejo um evento como este. Evento que reúne a competência brasileira na área da informação, no qual são lançados vários produtos. Alguns deles fazem parte de um projeto maior, que é o da difusão da informação neste país. Fico satisfeito com o apoio do MCT ao projeto e às realizações do Ibict. Que a comunidade brasileira seja beneficiada tanto pelas informações que nós geramos, quanto pelas que trazemos e recebemos do exterior”, afirmou.
O reitor da UnB, Timothy Mulholland, por sua vez, saudou o ministro Sérgio Rezende pelo seu trabalho à frente do MCT e pelas mudanças que sua gestão tem trazido na orientação da pesquisa no país e no desenvolvimento tecnológico. Timothy Mulholland disse que o Ibict, como o MCT, deu um grande salto nos últimos tempos, acrescentando que “a informação é equivalente à democracia hoje no mundo. Quem tem informação tem poder, quem não tem não existe. O Ibict, ao colocar a informação no seu sentido amplo à disposição da sociedade brasileira, cumpre um papel fundamental não só para a ciência e tecnologia e o desenvolvimento cultural e científico, mas também para a nossa democracia”.
O diretor do Ibict agradeceu a presença de todos e disse ser importante para o sucesso do instituto o apoio que o ministro Sérgio Rezende tem dado aos projetos. O diretor agradeceu a força dos bibliotecários e classificou como “máfia” a classe bibliotecária. “Máfia no bom sentido é claro, pois estão sempre apoiando as iniciativas do Ibict”, explicou Emir Suaiden, que também agradeceu o apoio dos parceiros em projetos, como a RNP e a UnB.
Também participou da solenidade o representante da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil, Vincent Defourny.
Assessoria de Comunicação Social
Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict)
Data da Notícia: 13/09/2006 16:11
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