Érika Kokay explicou que o Ibict tem vários programas que são extremamente interessantes do ponto de vista da inclusão digital. Um programa, conforme a deputada, que é capaz de “empoderar” e atrair um segmento que está sendo vulnerabilizado no Distrito Federal (DF), especificamente, o segmento dos jovens.
“Temos aqui o índice de morte de jovens bem acima da média nacional. Para se ter uma idéia, há por volta de 48,15 mortes por 100 mil habitantes no Brasil,e no DF o percentual sobe para 70,30. Em termos de jovens entre 15 e 24 anos, o percentual por morte por homicídios, suicídios e acidentes de transportes sobe para 74,42 por 100 mil habitantes, em nível Brasil, e 108,44 em 100 mil habitantes, no Distrito Federal. Esses dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PNAD/IBGE), de 2001”, frisou.
De acordo com Érica Kokay, um relatório mais recente da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) sobre Desenvolvimento Juvenil de 2004, que analisa o Índice de Desenvolvimento Juvenil, destaca que o DF aparece em vigésimo segundo lugar da federação em casos de mortalidade de jovens de 15 a 24 anos por causas externas. “Ou seja, uma violência vertiginosa, que tem idade, que é jovem. Precisamos fazer algo para que os jovens se sintam pertencentes à sociedade e que tenham resgatada a sua auto-estima e não precisem de armas”, ressaltou.
A deputada explicou que uma futura parceria com o Ibict será uma das chances de incluir os jovens digitalmente, além de capacitá-los para um mundo transcendente, no qual eles possam disputar o “empoderamento”, que eles conseguem pelas armas e pela gang, só que desta vez pela capacitação e pela educação.
“O programa de inclusão social do Ibict é fundamental para a inserção dos jovens na sociedade. Por isso, estamos aqui, para ver se o Distrito Federal poderá contar com a inclusão e a capacitação dos jovens. Precisamos mudar a realidade, se não vamos ter uma cidade onde seremos prisioneiros de nós mesmos e cercados pelo medo, por uma crônica do não futuro anunciado por meninos e meninas”, salientou.
A coordenadora de Gestão da Informação do Ibict , Cecília Leite, reiterou, por sua vez, o fato de o Ibict ter sido procurado pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa em função do programa de inclusão social e digital do instituto. “A vontade é que a gente possa estar atuando em algumas comunidades, levando informação e serviços, que membros da própria comunidade possam fazer do espaço um centro de inclusão. Isso está dentro do espírito do programa do Ibict. Então, é uma demanda que surge e que pode se transformar em um projeto real, positivo, tanto para a comunidade que for atendida, quanto para nós, como instituto de pesquisa trabalhando a popularização da informação”, disse.
Segundo Cecília Leite, são necessárias condições para que o Ibict possa fazer alguma coisa em parceria. Ela explicou que o instituto não tem condições de assumir um projeto completo desta natureza, não sendo, inclusive, missão do instituto: “A missão do Ibict tem a ver com a popularização, com a disseminação da informação. E é isso que a gente quer fazer, mas tem de ser em parceria”.
Assessoria de Comunicação Social
Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict)
Data da Notícia: 16/08/2006 17:19
Redes Sociais