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O portal Canal Ciência, serviço de divulgação científica do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), lançou o Ciência Jovem, uma nova seção que traz artigos inéditos de pesquisas científicas realizadas por estudantes do Ensino Básico, Ensino Superior e Pós-graduação. A proposta é levar ao conhecimento da sociedade os trabalhos realizados por esses estudantes, ao mesmo tempo em que se busca incentivá-los a apresentar suas pesquisas científicas em linguagem acessível a todos os públicos.

“A seção Ciência Jovem aceita publicar trabalhos que tenham sido realizados seguindo o método científico, que tenham resultados interessantes e que contribuam para a divulgação da ciência realizada no âmbito escolar ou universitário. Trabalhos dessa natureza são orientados por professores ou pesquisadores, garantindo a validação do conteúdo divulgado e o rigor científico da pesquisa”, explica Leda Sampson Pinto, coordenadora do Canal Ciência.

Para ser publicado, o trabalho deve seguir os seguintes critérios: ser original, fruto de pesquisa realizada por estudante do Ensino Básico, Ensino Superior ou Pós-graduação; a pesquisa deve estar concluída ou em fase de conclusão, mas não publicada em revista indexada; pode ser apresentado trabalho em qualquer área do conhecimento; o estudante deve ser o primeiro autor do artigo/texto; a linguagem do artigo/texto não deve ser excessivamente técnica, para que seja acessível a todos os públicos - sua leitura deve ser leve e devem ser evitados jargões e termos de difícil compreensão.

Estímulo às pesquisas da Educação Básica

Em muitas escolas brasileiras, a pesquisa científica inicia-se nos primeiros anos do ensino fundamental. Muitas vezes, essa prática representa a oportunidade de ter contato com o aprendizado aplicado. “É grande o número de alunos que participam de feiras de ciências e projetos de iniciação científica, são membros de clubes de ciências ou realizam atividades extracurriculares que empregam o método científico para a testagem de hipóteses. Essas atividades podem gerar relatórios, resumos e textos redigidos pelos próprios estudantes, que acabam ficando restritos aos ambientes onde foram produzidos e não alcançam o grande público”, aponta Leda.

Segundo a coordenadora, ao oferecer um espaço para a divulgação deste tipo de material, o Canal Ciência busca valorizar o fazer científico desde os primeiros anos escolares e apresentar à sociedade o potencial dos jovens estudantes brasileiros. Além disso, existe a perspectiva de cativar e gerar a identificação de jovens leitores que se interessam por ciência, mas não se enxergam como possíveis protagonistas no processo de construção e consolidação de uma cultura científica no país.

Graduação e Pós-graduação: foco na divulgação científica

Estudantes de graduação e pós-graduação produzem com frequência documentos técnico-científicos referentes a suas pesquisas, tanto para avaliações internas das instituições quanto para registrar o progresso de seus estudos. A proposta do Ciência Jovem é incentivar os estudantes a utilizarem esse material para divulgação científica, apresentando-o em linguagem acessível a todos os públicos.

“Tais documentos não têm maturidade suficiente para submissão a revistas avaliadas por pares ou não são produzidos com intenção de divulgação externa, o que faz com que fiquem restritos às próprias instituições ou mesmo aos membros do grupo de pesquisa ao qual o estudante pertence. Contudo, são conteúdos de qualidade, resultados relevantes que merecem ser apresentados à sociedade”, diz Hélia Chaves, Coordenadora de Inclusão Informacional e Divulgação de Ciência e Tecnologia do Ibict.

De acordo com a coordenadora, a seção Ciência Jovem se apresenta como uma ferramenta de disseminação de conhecimento, que oferece uma maior flexibilidade se comparada a um periódico científico.“A seção não exige o rigor de uma revista, nem se propõe a realizar qualquer tipo de avaliação por pares, mas oferece um espaço de valorização desses jovens cientistas, ao mesmo tempo em que divulga a ciência de alto nível que é realizada por eles. Da mesma forma, esta seção se adequa à publicação de resultados de pesquisas que estão em fase de conclusão, cuja maturidade ainda não é suficiente para submissão a uma revista indexada, mas que já podem ser amplamente divulgados”.

Por se tratarem de artigos voltados à divulgação científica, a equipe do Canal Ciência sugere que o autor priorize a justificativa da pesquisa, a descrição da hipótese e a apresentação dos resultados, dando menos ênfase às técnicas e metodologias utilizadas. “Desta forma, a publicação no Ciência Jovem não impede ou invalida uma submissão posterior da mesma pesquisa a uma revista indexada”, avalia Hélia.

Benefícios para o estudante

Além da circulação do conhecimento, ao publicar uma pesquisa no Ciência Jovem, o estudante fortalece habilidades para sua trajetória científica. “Ele adquire familiaridade com a realidade de publicar os resultados de suas pesquisas, que é uma atividade corriqueira na vida profissional de um pesquisador. Além disso, para redigir textos claros e objetivos, o estudante deve dominar o assunto sobre o qual escreve, o que contribui para a assimilação do conhecimento”, exemplifica Leda Sampson Pinto.

Os artigos publicados na seção Ciência Jovem também são divulgados nas redes sociais do Canal Ciência, promovendo maior visibilidade.“O estudante poderá ainda listar o artigo publicado na área de publicações de divulgação científica do Currículo Lattes, o que poderá contribuir para alavancar uma possível carreira científica no futuro, caso o estudante opte por esse caminho”, diz Hélia.

Como publicar

Para a submissão do artigo, os interessados devem entrar em contato com a equipe do Canal Ciência pelo e-mail: canalciencia@ibict.br, identificando no assunto a seção Ciência Jovem. A equipe então enviará o modelo de publicação com as orientações para submissão e o Termo de autorização de publicação, que deve ser preenchido e assinado pelo primeiro autor do artigo e por seu professor/orientador.

Além do artigo, o Canal Ciência também solicita o envio de um vídeo curto, de até dois minutos, onde os autores descrevem sua pesquisa e os resultados. O vídeo será publicado no YouTube do Canal Ciência e tem o objetivo de ampliar o alcance da publicação.

 

Para conhecer a seção Ciência Jovem, acesse:
https://www.canalciencia.ibict.br/ciencia-jovem

 

Núcleo de Comunicação Social do Ibict

 

 

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O cientista brasileiro César Lattes deu uma enorme contribuição para a Física, ao comprovar a existência da partícula atômica “méson pi”. A bióloga Marta Vannucci dedicou a vida a pesquisar os ecossistemas dos mangues. Nise da Silveira foi uma médica psiquiatra que revolucionou o tratamento para pessoas com transtornos mentais.

Esses são nomes de cientistas brasileiros que podem ser encontrados na galeria de Cientistas Notáveis da Ciência Brasileira, disponível no portal do Canal Ciência, serviço de divulgação científica do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict).

A galeria apresenta informações sobre personalidades científicas de relevante e notório conhecimento e que deixaram grandes contribuições para o Brasil. O espaço traz um conteúdo biográfico sobre as personalidades em diferentes momentos de suas trajetórias. Ao clicar no nome do cientista, o usuário pode acessar informações como profissão, área de conhecimento, biografia, sugestão de material complementar, imagens, prêmios e condecorações, obras e entrevistas.

“A Galeria dos Notáveis é um exemplo de proposta de divulgação científica multidisciplinar, onde a ciência está imersa em contextos históricos e os cientistas são vistos como grandes pensadores, protagonistas de mudanças sociais e, muitas vezes, responsáveis por importantes quebras de paradigmas que alavancaram o desenvolvimento. O objetivo é levar ao conhecimento dos brasileiros a vida e a obra desses pesquisadores, pouco conhecidos por uma parcela da população, além de mostrar um pouco da história do Brasil”, diz Leda Sampson Pinto, coordenadora do Canal Ciência.

De acordo com Leda, nos últimos anos, houve um grande crescimento da produção científica brasileira, colocando o Brasil em posição de protagonismo científico mundial, atualmente ocupando o 13º lugar, entre 234 países, no ranking internacional de publicações acadêmicas Scimago Journal & Country Rank. Contudo, grande parte da população desconhece a ciência brasileira e nossos cientistas, conforme apontado na 4ª edição da Pesquisa de Percepção Pública da C&T no Brasil, realizada em 2019 pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), organização social do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).

“Infelizmente, em um período de 13 anos, o percentual de brasileiros que não se lembra de algum cientista brasileiro cresceu de 86,7% (2006) para 93,2% (2019). São dados alarmantes, que conferem um alto grau de relevância ao trabalho prestado pelo Canal Ciência na Galeria dos Notáveis”, avalia Leda Sampson Pinto.

A inserção de novos notáveis no portal do Canal Ciência ocorre de maneira contínua e a divulgação também é feita nas redes sociais do serviço. A equipe prevê, no futuro, a inserção da biografia de cientistas contemporâneos. “Futuramente, realizaremos estudos para definir critérios de inserção específicos do Canal Ciência e que contemplem tanto os grandes personagens históricos da ciência brasileira, quanto os cientistas contemporâneos. Cabe ressaltar, que dentre os critérios a serem definidos, pensamos em incluir a conquista de prêmios de mérito científico e/ou cultural pelo conjunto da obra”, conta Iolanda Galvêas Fonseca de Oliveira, pesquisadora do Canal Ciência/Ibict.

 

Clique aqui para acessar a galeria de Cientistas Notáveis da Ciência Brasileira.

 

 

 

Núcleo de Comunicação Social do Ibict

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O Canal Ciência, serviço de divulgação científica do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), anuncia o lançamento do projeto Encartes: trilhas de aprendizagem, série de fascículos digitais voltada para professores da educação básica, com uma metodologia que apresenta como trabalhar o texto de divulgação científica na escola.

O objetivo é apresentar práticas de ensino que possam ser aplicadas em sala de aula para o trabalho com textos de divulgação científica produzidos pelo site do Canal Ciência. A partir de agora, para cada texto publicado na seção Ciência em Síntese do portal, haverá uma proposta de trabalho em fascículo para ser utilizado em sala de aula, como uma atividade de sequência didática.

“Esses materiais consistem em metodologias, baseadas nas competências e habilidades da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), para o desenvolvimento dos objetos do conhecimento que podem ser trabalhados com os textos do Canal Ciência como suporte”, aponta Joelma Carneiro, pesquisadora e professora das oficinas do Canal Ciência.

O Ciência em Síntese traz resumos de textos de autoria de pesquisadores brasileiros (artigos científicos recém publicados) nas mais diversas áreas do conhecimento científico. São sínteses de trabalhos originais, reescritas em linguagem simples, revisadas e aprovadas pelos próprios cientistas (autores da pesquisa).

De acordo com a educadora, os fascículos foram desenvolvidos para atender ao professor da educação básica que busca uma metodologia eficiente, mantendo o rigor conceitual e uma linguagem acessível. O projeto Encartes: trilhas de aprendizagem foi pensado após a equipe do Canal Ciência perceber, principalmente nas oficinas de competência em informação, a necessidade de apresentar aos professores algumas possibilidades de trabalho em sala de aula com os textos de divulgação científica.

“A proposta é desenvolver trilhas de aprendizagem, com as metodologias ativas, para o professor utilizar em suas aulas. É a entrega de um planejamento, com práticas de ensino modernas, as quais deixam o estudante no centro de seu processo de aprendizagem, promovendo a interação professor e aluno”, explica Joelma Carneiro.

Clique aqui e conheça os primeiros encartes disponíveis.

 

Carolina Cunha

Núcleo de Comunicação Social do Ibict 

 

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O Canal Ciência, serviço de divulgação científica do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), está projetando uma plataforma on-line chamada Clube da Ciência, voltada para todas as idades.

A proposta é incentivar a formação de clubes de ciência, promovendo a interação entre famílias, estudantes, professores e a ciência e seus métodos. Serão oferecidos conteúdos práticos de diferentes áreas do conhecimento, para que o usuário possa aprender e participar ativamente do fazer científico, em um ambiente propício à interação e trocas de experiências entre todos os interessados em ciência e tecnologia.

Para ajudar a desenvolver a plataforma, a participação da sociedade é muito importante. O Canal Ciência criou uma pesquisa online para entender um pouco sobre o interesse do público em ciência e tecnologia, bem como suas expectativas em relação ao que encontrar em um portal como esse que está sendo planejado. 

“A pesquisa busca conhecer um pouco dos gostos, preferências e hábitos dos usuários em relação ao consumo de C&T, para nos ajudar a planejar a interface e o conteúdo da plataforma Clube da Ciência”, diz Leda Sampson Pinto, chefe da Divisão de Divulgação e Popularização da Ciência e Tecnologia do Ibict.

O questionário fica disponível para resposta até o dia 16 de maio de 2021.

Clique aqui para participar da pesquisa.

 

 

Carolina Cunha

Núcleo de Comunicação Social do Ibict

Com informações do Canal Ciência

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A astrônoma Leda Cardoso Sampson Pinto cresceu sonhando em ser cientista.Quando menina, gostava de observar as estrelas no céu. Ela cursou a graduação em Astronomia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), fez mestrado pelo Observatório Nacional (RJ) e se formou como Ph.D pela Universidade de Cambridge (Reino Unido). Leda havia se tornado uma especialista em galáxias.

Ao voltar para o Brasil, Leda encontrou na política pública um caminho para promover a ciência. Tornou-se servidora do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), onde participou de importantes projetos de divulgação científica. Em 2021, assumiu o cargo de Chefe da Divisão de Divulgação e Popularização da Ciência e Tecnologia do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), unidade de pesquisa do MCTI. No Ibict, Leda está à frente do Canal Ciência, que promove serviços de popularização da ciência para o público em geral, especialmente a estudantes brasileiros em diversos níveis.

Confira a entrevista e saiba mais sobre a nova Chefe da Divisão de Divulgação e Popularização da Ciência e Tecnologia do Ibict.

Ibict: Poderia comentar um pouco sobre sua trajetória profissional?

Leda Pinto. Meu tema de estudo sempre foi galáxias com altas taxas de formação de estrelas, incluindo colisões de galáxias no Ph.D. Terminei meu Ph.D. em 2007, mas àquela altura, decidi que não queria mais seguir vida acadêmica. Voltei ao Brasil em busca de um outro rumo profissional. Em 2008, fiz concurso para o MCT. Em 2010, consegui mudar minha lotação para o Departamento de Popularização e Difusão da Ciência da Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social, área em que permaneci durante nove anos.

Durante esse período, aprendi muito e me especializei no tema, tendo atuado também como Diretora Substituta. Trabalhei com análise e acompanhamento de projetos, apoio à formulação e gestão de políticas públicas, editais e chamadas públicas, interlocução com diversos atores da área, inclusive parceiros internacionais, entre diversas outras atividades. Em 2016, fui nomeada para o cargo de Coordenadora de Projetos e Espaços de Divulgação Científica e passei a atuar como Coordenadora-Geral de Popularização e Divulgação da Ciência Substituta/Interina, até 2018.Foram muitas realizações e feitos inéditos, entre eles a formulação do Plano de Ação em CT&I para Popularização e Divulgação da Ciência e Tecnologia. Em 2019, em busca de novos desafios e oportunidades, passei a atuar como assessora no gabinete da Secretaria de Políticas para Formação e Ações Estratégicas e, em seguida, fui assessora na Coordenação-Geral de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, até dezembro de 2020.

Ibict: Você se formou como astrônoma. O que te motivou a seguir a área de ciências e a estudar as galáxias? Por que, para você, a ciência é uma área bonita e interessante?

Leda Pinto: Desde criança eu sempre gostei de observar o céu. Quando fiquei mais velha, comecei a ler livros relacionados à Astronomia e na hora de me inscrever para o vestibular, acabei escolhendo essa faculdade. De fato, nunca parei para pensar nas matérias que teria que estudar ou na dificuldade do curso, apenas gostava. Mas como também sempre me dei bem em Física e Matemática na escola, deu tudo certo. Quando chegou a hora de buscar uma iniciação científica, conversei com vários pesquisadores no Observatório Nacional (ON) e o projeto que mais me chamou atenção trabalhava com Galáxias HII, um tipo específico de galáxias que formam muitas estrelas. Parecia muito emocionante e foi mesmo! São galáxias superinteressantes e eu fiquei muito feliz com minha escolha. Segui estudando galáxias com altas taxas de formação estelar até o doutorado.

A ciência é a forma mais bonita de enxergarmos o mundo à nossa volta. Permite-nos conhecer nosso passado, entender nosso presente e projetar nosso futuro. Interagir de forma mais inteligente e respeitosa com a natureza e com a humanidade, em sociedade ou individualmente. O método científico contribui para que aprendamos diversas habilidades, que são utilizadas cotidianamente, mesmo que não percebamos. Tudo ao nosso redor é ciência. A Astronomia, em particular, é uma ciência que encanta, com suas imagens espetaculares, que ativam a imaginação, e implicações filosóficas sobre a origem e destino do universo e o propósito de todas as coisas.

Ibict: Que cientistas te inspiram como pessoa?

Leda Pinto: Acho que nunca fui inspirada por um único cientista. Li livros de Stephen Hawking e Carl Sagan – que, para mim, é o maior divulgador de ciência de todos os tempos! Acho muito impressionante como pessoas como Galileu, Newton, Einstein, Hubble, Tesla, Darwin e tantos outros deram contribuições de imenso valor para a ciência e para o seu avanço, mas acho que, acima de tudo, admiro a coragem de propor quebras de paradigma e lutar para mostrar à população, à academia, aos governantes, uma nova visão de mundo. Acho que o que mais me impactou enquanto estudante foi interagir com os cientistas que eram referência para os meus estudos e participar, em tempo real, da construção de novos caminhos e novos entendimentos na área que escolhi. Os grandes cientistas, por melhores que sejam, povoam o imaginário. Os pesquisadores com os quais interagimos têm vida, são gente como a gente, sua atuação é palpável. Dá para ver o esforço e dedicação que as descobertas exigem, mas, ao mesmo tempo, a satisfação pelo trabalho realizado. Isso é muito inspirador para mim.

Ibict: Para você, o que é Divulgação Científica?

Leda Pinto. É mostrar para a sociedade, em especial crianças e adolescentes, as maravilhas da ciência, do processo de descoberta, a importância de se fazer perguntas para entender o universo que nos cerca. É desmistificar a ciência e despertar o encantamento, abrir horizontes e plantar sementes de novos cientistas.

Ibict: Qual é a sua visão sobre o processo de descoberta da ciência pelos cidadãos – o público em geral– e como isso pode mudar a visão de mundo de alguém?

Leda Pinto. Eu acredito que entender o mundo à nossa volta é direito de todos. Ter uma melhor compreensão dos benefícios que a ciência pode trazer no dia-a-dia de cada pessoa, também. É um processo complexo que deve levar em consideração toda a bagagem histórica, cultural e social de cada pessoa, proporcionando um diálogo e uma troca de saberes.

O indivíduo apropriado da ciência, dos métodos e dos resultados científicos torna-se questionador, passa a cobrar que a ciência seja utilizada em prol de sua melhoria de vida e defende que sejam feitas pesquisas que contribuam para geração de renda e inclusão social. Ou seja, o indivíduo exerce sua cidadania. Assim, quando a pessoa entende a ciência, seus horizontes são ampliados por meio do conhecimento, surgem novas oportunidades e ela passa a ocupar seu lugar na sociedade, cidadão de fato.

Para crianças e jovens, esse processo é ainda mais relevante, pois traz também novas opções de carreiras, novas formas de se encaixar e se enxergar no mundo, cria perspectivas e impulsiona a imaginação e a vontade de buscar, querer ser mais.

Portanto, a oferta de conteúdo científico de qualidade, em linguagem acessível, respeitando o histórico e os saberes que cada indivíduo possui, é um dever do governo e das instituições de um país.

Ibict: Quais são as perspectivas do Canal Ciência para 2021?

Leda Pinto. O Canal Ciência está atualmente envolvido em um projeto solicitado pelo MCTI, chamado Clube da Ciência. A proposta é incentivar a formação de clubes de ciência em ambientes escolares e domésticos, promovendo a interação entre famílias, estudantes, professores e a ciência e seus métodos. Serão oferecidos conteúdos diversificados, como experimentos científicos, materiais lúdicos, jogos, simulações, links para projetos de ciência cidadã, em um ambiente propício à interação e trocas de experiências entre os membros.

Uma das vertentes desse projeto é a reformulação do Canal Ciência, que trará uma nova cara para o portal, novos conteúdos, uma interface mais moderna e interativa. Enquanto isso, as atividades do Canal Ciência continuam. Periodicamente são publicados novos textos no Ciência em Síntese, as oficinas do Canal estão com inscrições abertas para a modalidade online e a nossa participação nas redes sociais está se intensificando. Teremos novidades muito em breve, como, por exemplo, lives com cientistas. No longo prazo, o Canal Ciência vai oferecer inúmeras possibilidades de inserção da ciência no cotidiano do cidadão de todas as idades, contribuindo especialmente para o alcance do letramento científico da sociedade.

Ibict: Como você acha que o Ibict pode colaborar mais com a sociedade a partir da informação, da ciência e da tecnologia?

Leda Pinto. No mundo em que vivemos, a informação se tornou parte estruturante da sociedade. A transformação dessa informação em conhecimento aproveitável no dia-a-dia, tanto para o crescimento individual quanto para o desenvolvimento do país, continua sendo um desafio. O Ibict exerce papel fundamental nessa transformação, realizando pesquisas de ponta no setor de Institutos de Ciência e Tecnologia e levando à sociedade, em primeira mão, o resultado de pesquisas e possibilidades de aplicação em diversas áreas do conhecimento humano em linguagem de fácil compreensão.

 

 

Carolina Cunha e Lucas Guedes

Núcleo de Comunicação Social do Ibict

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Foram divulgados os resultados do Desafio Caça Asteroides, inciativa do International Astronomical Search Collaboration (IASC), programa de ciência cidadã da National Aeronautics and Space Administration (NASA), em uma parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), por meio do Canal Ciência.

A campanha foi lançada em junho de 2020 pelo ministro astronauta Marcos Pontes no programa “Bate-papo Ciência e Tecnologia do Dia a Dia” e tinha por objetivo fazer com que pessoas comuns, os cidadãos, ajudassem a Ciência a encontrar asteroides.

De acordo com a doutora em Biotecnologia e pesquisadora do Canal Ciência, Hetiene Pereira Marques, a função da campanha consiste na busca por asteroides localizados no cinturão entre Marte e Júpiter. “Muitos destes asteroides ainda não foram catalogados e oferecem risco ao planeta Terra”.

Ainda em junho, a ação recebeu a inscrição de quase 500 equipes – incluindo uma dos Estados Unidos – e as primeiras 20 inscritas participaram do treinamento inicial realizado pela professora e coordenadora-geral de Popularização da Ciência no MCTI, Silvana Copceski Stoinski, com apoio do Ibict.

O esforço das instituições parceiras e a dedicação das equipes renderam bons frutos e, durante as duas campanhas realizadas entre junho e agosto, foram encontrados 20 asteroides que ainda não haviam sido catalogados pelo IASC, os chamados asteroides preliminares, sendo cinco na primeira edição e quinze na segunda.

Para Helia Chaves, responsável pela Coordenação de Inclusão Informacional e Divulgação de Ciência e Tecnologia (COIND), estes resultados significam ineditismo. “Cada asteroide preliminar localizado pelas equipes poderá ser batizado com as iniciais da pessoa que o encontrou”.

Helia explica que o Ibict, por meio do Canal Ciência, participou de todo o planejamento e implantação do desfio Caça Asteroides junto ao MCTI. “Tínhamos reuniões frequentes e contatos diários com Silvana Copceski. Criamos uma metodologia com os procedimentos e formulários para inscrições online e contatos com os participantes, elaboramos conteúdos diversos. Hetiene pegou o material básico fornecido por Silvana, pesquisou conteúdos na Web para complementar e elaborou a “Apostila de Treinamento Caça Asteroides”, que é utilizada até hoje em todas as campanhas”.

“Participamos dos treinamentos das equipes nas duas primeiras campanhas e da Videoconferência de abertura e encerramento do primeiro grupo, em que falamos sobre o IBICT e sobre o Canal Ciência. Além disso, produzimos dois vídeos, que nós mesmos propusemos ao MCTI. Essa produção, totalmente feita por Marcos Sigismundo, da equipe do Canal Ciência, envolveu: i) a redação dos roteiros, que foram discutidos e validados com a coordenação do Canal Ciência; ii) a criação e edição das imagens utilizando software de design de animações; iii) a narração do texto do roteiro, além da tradução de um deles para a língua inglesa; iv) e a produção final, com a narração em língua inglesa feita por um dos participantes da equipe dos Estados Unidos da primeira campanha: Greg Embry”, relata a coordenadora.

Em relação aos próximos passos, Hetiene afirma que “o Canal Ciência está trabalhando na consolidação da atividade no Brasil, como treinamentos e participação de outras instituições. O Ibict também será encarregado pela construção do site do Caça Asteroides dentro de uma plataforma de divulgação científica”.

Como funciona o desafio

Para realização do treinamento, as equipes foram separadas em campanhas e aprenderam como usar o software Astrometrica, do IASC, um dos elementos principais da atividade e que serve como base para a busca dos asteroides em imagens captadas por telescópios.

Segundo Hetiene, o IASC envia as imagens do cinturão captadas por um telescópio, situado na Universidade do Havaí, aos cientistas cidadãos que, por sua vez, analisam as imagens no Astrometrica e devolvem ao IASC os relatórios com os resultados de suas análises.

Após o exame desses relatórios, o IASC diz quantos asteroides preliminares foram encontrados. Tais asteroides passam, então, por um processo de análise da Minor Planet Center (Universidade de Harvard), organização que nomeia corpos no sistema solar, como pequenos planetas, cometas, satélites naturais e asteroides e, em seguida, passam para a fase de maior análise e futura nomeação.

Acesse o site do Canal Ciência e o Ciência em Casa MCTI para acompanhar as novidades e conhecer melhor esta e outras atividades promovidas pelo Ibict.

Lucas Guedes

Núcleo de Comunicação Social do Ibict

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Em um bate-papo informal realizado no sábado (03), o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, e a diretora do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Cecília Leite, dialogaram sobre os 66 anos do Ibict. A atividade fez parte das ações do Mês Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovações, instituído pelo decreto nº 10.497/2020.

Durante a apresentação, Cecília Leite agradeceu a atuação do ministro Marcos Pontes nas ações voltadas para o crescimento da ciência, da tecnologia e da inovação no Brasil e reforçou a importância da parceria entre o Ibict e o MCTI no combate à COVID-19. Entre as ações destacadas na conversa, o ministro e a diretora mencionaram os portais Universo Científico, Rede Vírus MCTI, Visão (mapa interativo com informações oficiais relacionadas à COVID-19) e Ciência em Casa.

O ministro Marcos Pontes elogiou o Ibict em relação à capacitação e à experiência na criação de infraestruturas informacionais, como o Ciência em Casa, que contém conteúdos do Canal Ciência do Ibict e ações de outras instituições ligadas ao ministério, como jogos, enquetes e vídeos educativos. Como parte das ações divulgadas no Ciência em Casa está a atividade Caça Asteroide, promovida a partir de parceria entre o MCTI e a International Astronomical Search Collaboration (IASC/NASA), com o apoio do Ibict, por meio do Canal Ciência. 

Como explicou Cecília Leite, o portal Ciência em Casa possibilita que crianças e adolescentes aprendam ciência de maneira divertida, colaborando, inclusive, para a formação de possíveis futuros cientistas. “É importante que os pais estimulem seus filhos a conhecerem mais sobre ciência. Às vezes, uma ação como a do Ciência em Casa chega no momento certo em que a criança está em dúvida sobre qual caminho futuro seguir”, explicou Cecília Leite.

Ao longo da apresentação, Cecília Leite destacou o papel do Ibict na vanguarda da informação. Entre as ações de destaque do Ibict, Cecília Leite também apontou para a importância do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação, realizado a partir da parceria entre o Ibict e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O PPGCI/Ibict/UFRJ completa 50 anos no ano 2020. A diretora destacou, além dos cursos de pós-graduação do PPGCI, as ações voltadas para toda a comunidade, como as Escolas de Outono, Inverno, Primavera e Verão.

Outro aspecto discutido durante a entrevista foram as ações do Ibict em Ciência Aberta. “A ciência tem a função de desenvolver conhecimento, mas não adianta nada desenvolver um conhecimento se ele não for utilizado”, disse o ministro Marcos Pontes, em relação ao trabalho de disseminação do conhecimento que é realizado pelo Ibict.

Sobre essa questão, a diretora explicou a importância da internacionalização dos dados de pesquisa. “Hoje, o mundo é uma aldeia global. O pesquisador que está na China, na Coreia, precisa trocar informações com um pesquisador do Brasil porque eles estão falando uma mesma língua, trabalhando para o avanço do conhecimento”, disse.

Também foram discutidas no evento on-line questões sobre o meio ambiente, com destaque para as ações do projeto de Avaliação do Ciclo de Vida do Ibict, preservação digital e o aumento da participação das mulheres na ciência.

A entrevista está disponível em versão integral no canal do MCTI no Youtube. Acesse abaixo:

 

 

Patrícia Osandón
Núcleo de Comunicação Social do Ibict

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Com a impossibilidade de realizar as tradicionais oficinas presenciais nas escolas, a equipe do Canal Ciência do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) realizou um encontro de capacitação online.

A oficina foi ministrada por Joelma Fernanda Carneiro Silva e Abrão Rodrigues Neto e reuniu 4 coordenadores e 43 professores do ensino fundamental e médio da Escola Salesiana, em Brasília.

Por meio do aplicativo Zoom, os ministrantes puderam interagir com os educadores e apresentaram, como de costume, estratégias de pesquisa na internet, dicas de como fazer um melhor uso das tecnologias e formas de identificar sites de procedência confiável.

De acordo com Joelma, os educadores se comprometeram a auxiliar seus alunos a pesquisarem de maneira ética, crítica e reflexiva e não houve diferença expressiva em relação às oficinas presenciais. “Mesmo estando distantes, não há frieza nas relações porque há interação”, relata.

Para receber as oficinas de capacitação do Canal Ciência, basta entrar em contato pelo telefone (61) 3217-6427, pelo e-mail canalciencia@ibict.br ou pelo formulário disponibilizado no site canalciencia.ibict.br.

Lucas Guedes
Núcleo de Comunicação Social do Ibict

Publicado em Notícias

No programa “Bate-papo Ciência e Tecnologia do Dia a Dia” de 16 de junho, o ministro Marcos Pontes anunciou a atividade Caça Asteroide, promovida numa parceria entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e o International Astronomical Search Collaboration (IASC/NASA), com apoio do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), por meio do Canal Ciência.  

O objetivo da atividade, divulgada no portal Ciência em Casa MCTI, era selecionar equipes para a missão de encontrar asteroides a partir de imagens captadas por telescópios que seriam distribuídas aos participantes por meio do software Astrometrica, do IASC.

A iniciativa obteve tanto sucesso, que recebeu 477 equipes inscritas. Desse total, 20 foram selecionadas, incluindo uma dos Estados Unidos, para o treinamento realizado na última sexta-feira, dia 26, pela professora e coordenadora-geral de Popularização da Ciência no MCTI, Silvana Copceski Stoinski.

De acordo com Silvana, o processo tem sido exitoso. “As equipes estão se saindo muito bem e todos estão ativos, compartilhando cada experiência e cada asteroide encontrado”, comemora a coordenadora.

Silvana participa das campanhas de pesquisa de asteroides do IASC com seus alunos, no município de Tangara da Serra (MT), desde 2017. No treinamento, ela explicou todo o processo da atividade, incluindo um passo-a-passo de como utilizar o Astrometrica, que serve como base para a busca de imagens captadas por telescópios e é essencial na descoberta dos asteroides.

O evento teve ainda a participação do astrônomo Patrick Miller, coordenador do IASC, que falou sobre a importância da descoberta de asteroides, sobretudo os mais próximos da Terra, entre Marte e Júpiter. “O IASC é um projeto que procura por estes asteroides que podem atingir o planeta, como aconteceu há 65 milhões de anos, destruindo os dinossauros”.

Reconhecido como um programa internacional de Ciência Cidadã, o IASC existe desde outubro de 2006. Foi fundado na Hardin-Simmons University (Texas/EUA) com apenas cinco escolas participantes e, atualmente, agrega mais de 2.200 escolas espalhadas por 80 países, reunindo pesquisadores e estudantes interessados em astronomia, desde o ensino médio até a universidade.

As turmas têm até o dia 10 de julho para concluírem a primeira fase de análise das imagens e envio ao IASC. Devido ao alto índice de inscrições, Silvana comenta a possibilidade de abrir um novo processo seletivo. “Faremos o possível para atender a todas as equipes”, finaliza.

Lucas Guedes
Núcleo de Comunicação Social do Ibict

Publicado em Notícias

No mês de maio, o Canal Ciência do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) lançou, em conjunto com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o desafio da semana para escolha dos mascotes do Canal e do Portal Ciência em Casa MCTI.

A ideia é que estes mascotes sejam os personagens das aventuras e desafios que envolvem a divulgação de descobertas e produtos da ciência e das inovações tecnológicas no Brasil.

Para escolha destes personagens, o Canal divulgou uma enquete para que o público pudesse escolher entre três avatares de garotas e três de garotos, em que os mais votados formariam a dupla que, futuramente, será acompanhada de um robô nas aventuras durante o ano de 2020.

A enquete recebeu 196 votos, sendo 85 (43,4%) para a menina e 91 (46,4%) para o menino vencedor. O restante dos votos foi dividido entre os outros mascotes disponíveis.

Mascotes escolhidos pelo público

                                                                                            Mascotes escolhidos pelo público

A partir de agora, os dois mascotes serão protagonistas das próximas animações e porta-vozes na divulgação das ações temáticas do Canal Ciência e do portal Ciência em Casa MCTI.

O portal Ciência em Casa MCTI conta com o apoio do Ibict desde quando foi lançado, em abril deste ano. Em consonância com o que o Ibict já faz por meio do Canal Ciência, projeto da Coordenação de Redes e Serviços de Informação de Novos Produtos (CORES), o portal apresenta atividades científicas, jogos e informações destinadas a levar à população o conhecimento científico de forma lúdica e divertida.

Para saber mais sobre esta e outras ações do portal, clique aqui.

Lucas Guedes
Núcleo de Comunicação Social do Ibict

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