QuartaàsQuatro destaca a importância da ciência cooperativa e colaborativa
A QuartaàsQuatro da última quarta-feira (10) reuniu representantes de algumas das instituições envolvidas no cumprimento do 3º compromisso do 4º Plano de Ação Nacional para Governo Aberto para uma discussão sobre ciência cooperativa e colaborativa por meio do compartilhamento de informações e dados. A QuartaàsQuatro é uma live promovida sempre às quartas-feiras, às 16h, pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
A live contou com a abertura da diretora do Ibict, Cecilia Leite, e de Zaira Turchi, diretora de cooperação institucional do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Como explicou Cecília Leite, “a questão do compartilhamento de informação e de dados é fundamental para o avanço da ciência. É um tema de extrema importância para a pesquisa brasileira e o desenvolvimento do Brasil”.
Cecilia Leite e Zaira Turchi destacaram a importância da parceria entre CNPq e Ibict para a criação de uma plataforma de armazenamento de dados científicos, o Lattes Data. Com o Lattes Data, as equipes estão promovendo uma expansão da Plataforma Lattes com o objetivo de armazenar e permitir acesso aos dados oriundos dos projetos fomentados pelo CNPq, permitindo compartilhamento e reuso pela comunidade científica e acompanhamento pela sociedade, além de múltiplas oportunidades de inovação (saiba mais aqui). Durante a fala de abertura, Zaira Turchi disse que “o Ibict é uma liderança na área e tem uma experiência muito grande em repositórios, informações e dados”, o que traz benefícios à parceria para o Lattes Data.
Ainda na abertura, Bianca Amaro, coordenadora-geral de Pesquisa e Manutenção de Produtos Consolidados do Ibict, chamou a atenção para a importância da ciência colaborativa e cooperativa em 2020 com a pandemia de COVID-19. “Estamos vendo neste período de pandemia o quão importante é o intercâmbio científico. Quanto mais abertos os dados, mais a ciência avançará. Este é um movimento mundial, não é um movimento brasileiro e nós estamos sempre buscando nos alinhar às iniciativas internacionais. O mundo está se organizando para a abertura dos seus dados”, afirmou Bianca Amaro.
Ciência Aberta e compartilhamento de dados de pesquisa: Durante a live, os participantes discutiram sobre assuntos relacionados à Ciência Aberta, à cultura e às políticas de compartilhamento de dados de pesquisa. A live foi mediada por Washington Segundo, Coordenador de Análise, Tratamento e Disseminação da Informação Científica do Ibict. Participaram como palestrantes do evento Paulo Artaxo, da Universidade de São Paulo; Paulo Henrique Santana, do CNPq; Vanessa Jorge, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e Patrícia Bertin, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Em sua fala, o professor Paulo Artaxo citou os benefícios do compartilhamento de dados e da ciência colaborativa, como o aumento da produtividade científica e de citações. Além disso, o pesquisador trouxe exemplos institucionais de experiências bem-sucedidas com o compartilhamento de dados.
“A ciência colaborativa com compartilhamento público de dados aumenta muito a sua produtividade. Infelizmente, a gente observa que mais de 80% dos dados gerados com financiamento de recursos públicos não são publicados. São dados que acabam ficando no computador do pesquisador. Além de ser um enorme desperdício dos recursos públicos, esses dados são uma preciosidade muito grande que pode trazer benefícios enormes para nossa sociedade e para o próprio pesquisador”, explicou Paulo Artaxo.
Também reforçando a importância do compartilhamento de dados e da ciência colaborativa, Paulo Santana, do CNPq, trouxe detalhes sobre a criação do Lattes Data e o estímulo, em parceria com o Ibict, à criação da rede nacional de repositórios de dados de pesquisa. Além disso, Paulo Santana também contou sobre a garantia de atribuição do Digital Object Identifier System (DOI) aos conjuntos de dados depositados por meio de acordo consorciado com a DataCite.
As pesquisadoras Patrícia Bertin, representante da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e Vanessa Jorge, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), trouxeram em suas apresentações as ações das suas instituições em Ciência Aberta e, também, detalhes sobre as iniciativas e contribuições dos parceiros envolvidos na Parceria para Governo Aberto (do inglês, Open Government Partnership - OGP).
Acesse a live em versão integral abaixo:
Patrícia Osandón
Núcleo de Comunicação Social do Ibict
Ibict recebe IV Reunião de Coordenadores de Marcos do Compromisso pela Ciência Aberta
O Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) recebeu na última sexta-feira (18), a reunião da Parceria pelo Governo Aberto (Open Government Partnership – OGP- em inglês) para tratar do 4º Plano de Ação Nacional para Governo Aberto. Durante a reunião, foram discutidos os avanços e os próximos passos para o alcance dos marcos que compõem o compromisso 3 do plano.
“O objetivo deste compromisso é estabelecer mecanismos e aprimorar instrumentos de governança para modos científicos no acesso à ciência aberta no Brasil”, conta Juliana Meireles Fortaleza, pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A Embrapa é coordenadora do compromisso 3. Além de realização de reuniões periódicas com instituições parceiras para acompanhamento dos marcos, a cada bimestre o coordenador elabora um relatório de status de execução.
A reunião contou com a participação de especialistas do governo e da sociedade civil. Participaram do encontro representantes do Ibict, da Embrapa, da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Associação Brasileira de Editores Científicos (ABEC), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), da Open Knowledge Foundation Brasil, da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), da Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade de São Paulo (USP).
Os marcos do compromisso 3 envolvem a implantação de uma rede interinstitucional pela Ciência Aberta; a realização de diagnóstico nacional e internacional da Ciência Aberta; a definição de diretrizes e princípios para políticas institucionais de apoio à Ciência Aberta; a promoção de ações de sensibilização, participação e capacitação em Ciência Aberta; a proposição de padrões de interoperabilidade para repositórios de dados de pesquisa e a proposição de conjunto de indicadores para aferição da maturidade em Ciência Aberta.
Sobre o 4º Plano de Ação Brasileiro
O 4º Plano de Ação Nacional, no âmbito da Parceria para Governo Aberto (OGP), foi lançado no dia 29 de outubro de 2018, em Brasília, durante a 1ª Reunião Geral de Coordenadores de Compromisso.
O Planol é composto por 11 compromissos, os quais foram cocriados com o envolvimento de 88 instituições, com o intuito de fortalecer os princípios de transparência, participação cidadã, inovação, prestação de contas e responsabilização (accountability) que norteiam as ações da OGP.
A OGP foi lançada em 2011 com o objetivo de difundir e incentivar globalmente práticas governamentais relacionadas à transparência dos governos, ao acesso à informação pública, à participação social e ao fomento a inovações e tecnologias.
Carolina Cunha
Núcleo de Comunicação Social
Redes Sociais