Políticas de Preservação Digital, Políticas de Informação, TV Digital, Curadoria Digital e Arquivamento Eletrônico foram os temas tratados no segundo dia do 5º Seminário sobre Informação na Internet e II Sinpred, realizado no Parlamundi, em Brasília.
O Seminário, organizado pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), está reunindo até o dia 6 de agosto representantes do governo, iniciativa privada e academia para abordar assuntos relevantes relacionados ao uso técnico, científico, educacional, cultural e social da Internet. Simultaneamente ao Seminário, o Sinpred (Seminário Internacional de Preservação Digital) discute a preservação digital e o uso de tecnologias para arquivamento de documentos eletrônicos na internet em longo prazo.
O dia teve início com um painel sobre Políticas de Informação: Abertura e Controle, moderado pela pesquisadora do Ibict, Sarita Albagli, com os palestrantes Henrique Parra da Universidade Federal de São Paulo e Sérgio Amadeu da Silveira da Universidade Federal do ABC/Santo André.
Para Sarita Albagli, o evento é de extrema importância para a sociedade, pois ele coloca em destaque uma agenda de questões atuais que mexem com as práticas e as políticas de informação, desde a questão de preservação digital até as questões dos dados abertos, políticas de informação, entre outras temáticas. “O painel que eu participei tratou exatamente das oportunidades e das novas plataformas digitais, que trazem maior acesso e maior circulação da informação e do conhecimento. Além disso, falamos sobre as novas formas de controle, vigilância, de atentado à privacidade e da necessidade de se criarem princípios democráticos que regulem e regam as relações dos vários segmentos sociais, que hoje são profundamente afetados por essas novas formas de produção e circulação da informação”, observou Sarita.
Em seguida, a doutoranda da Universidade de Brasília, Sonia de Assis Bôeres, moderou o Painel - Políticas de Preservação, que contou com a participação de Peter Burnhill da University of Edinburgh/Escócia e de Ernesto Carlos Bode do Centro de Documentação e Informação da Câmara dos Deputados. Segundo Sonia, o evento preenche um espaço deixado pela falta de realizações voltadas ao tema preservação digital. “Essa ação é importantíssima para os profissionais da área, porque aqui é oferecida capacitação e atualização para esses profissionais. Nesse Seminário temos a oportunidade de conhecer especialistas de todo o Brasil e do exterior, que trazem experiências novas e realidades diferentes”.
O período da tarde teve inicio com o painel sobre TV Digital. Participaram da mesa o superintendente executivo de relacionamento da Empresa Brasil de Comunicação, André Barbosa (moderador), e os especialistas (painelistas) em TV Digital Julio Bertolotti da Universidad Nacional de Tres de Febrero/Argentina e Cosette Castro da Universidade Católica de Brasília.
André Barbosa destacou que o Seminário é fundamental para discutir os rumos da comunicação digital, os pontos de vista do transporte de informações, a construção de conteúdos digitais e o acesso e apropriação dos conteúdos digitais. “Mesmo que haja um grande controle das corporações que atuam no mundo da internet, estamos vivendo um ótimo momento. Atualmente há uma abertura da expressividade humana e da individualidade. A mesa que eu participo lembra para esse público presente, que em sua maioria acredita que a TV (mesmo presente no dia a dia) é algo ultrapassado, que o vídeo é 90% do tráfego da internet e que esse material é produzido, na maioria das vezes, por projetos ligados ao audiovisual. A indústria audiovisual ainda é o que permeia a maioria dos espaços da internet, a maioria dos espaços onde há plataformas de conteúdo”, destacou Barbosa.
O painel sobre Curadoria Digital e Arquivamento Eletrônico encerrou as atividades da terça-feira. Na mesa, a moderação da professora da Universidade Federal de Goiás Laura Vilela R. Rezende, com as palestras de Rafael Cobbe Dias, do Grupo Uninter, e de Carlos Augusto S. Ditadi, do Arquivo Nacional. De acordo com Laura Rezende, foi bastante interessante a relação entre curadoria digital e arquivamento de documentos eletrônicos. “Tivemos a oportunidade de esclarecer e mostrar como tratar e inserir conceitos da curadoria digital dentro do processo de arquivamento de documentos eletrônicos, que é o contexto atual em que estamos inseridos. Essa é uma ótima oportunidade para os profissionais da área, uma vez que são raros os momentos em que são discutidos esses assuntos. Aproveito esse evento para levar aos meus alunos de biblioteconomia os conceitos e as experiências aqui passadas, para que eles tenham conhecimento do que existe em relação a essa temática aqui no Brasil e no exterior”, falou Laura.
Victor Almeida
Núcleo de Comunicação do Ibict
Data da Notícia: 04/08/2015 19:30
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