As equipes das seis áreas temáticas do Projeto Brasília 2060 reuniram-se na quinta-feira (23) em Brasília, no Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict). Ao longo do evento, os coordenadores e vice-coordenadores de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I), Cultura, Esporte e Lazer, Educação, Mobilidade Urbana, Saúde e Segurança Pública discutiram sobre a situação atual e futura do projeto.
Cecília Leite Oliveira, diretora do Ibict, reforçou na ocasião a importância do trabalho conjunto entre as equipes das áreas temáticas: “o Projeto Brasília 2060 permitirá um conjunto de informações integradas e a geração de novos conhecimentos e ferramentas. Não é fácil tocarmos um projeto dessa envergadura, mas ele é único, pois podemos pensar sobre cada área, levantar diagnósticos e propor soluções”, afirmou.
O coordenador do Projeto Brasília 2060, Paulo Egler, falou de uma estratégia que integre as diferentes áreas. “Os resultados do trabalho não devem ser planos fragmentados – a ideia é pensarmos um plano com todas essas áreas temáticas, de modo articulado e dentro de uma proposta de integração. Temos como proposta a construção de um plano integrado e com propostas reais de ações futuras. Precisamos avaliar quais são as possibilidades de implementação e de indicadores para monitorar a implementação das ações propostas”, explicou.
Ciência, Tecnologia e Inovação – Para Geraldo Nunes, coordenador da área de CT&I, os dois pressupostos básicos do tema são a sustentabilidade e o atendimento ao cidadão. Assim como as equipes das demais áreas, o professor comentou sobre a ausência de informações em CT&I no Distrito Federal. “Talvez elas até existam, mas não estão disponibilizadas de forma acessível. O Estado é essencialmente o elemento mais forte para colaborar com o trabalho de articulação que demanda o Projeto Brasília 2060. Precisamos também criar um ambiente favorável para a produção de conhecimento e a participação do cidadão”, observou Geraldo Nunes.
Cultura, Esporte e Lazer – A apresentação da equipe de Cultura, Esporte e Lazer detalhou a organização dos três subtemas no âmbito do Projeto Brasília 2060. A equipe de Cultura, coordenada pela professora Thérèse Hofmann, está trabalhando em várias ações, como as delimitações conceituais do setor relacionado ao campo. Alexandre Rezende, responsável pelo tema Esporte, esclareceu que “o principal desafio dentro do tema é a articulação setorial e com as demais áreas”.
Segundo Valéria Gentil, coordenadora-técnica de Cultura, a equipe está realizando o levantamento de programas e planos. Para Valéria, um dos principais desafios tem sido a deficiência ou ausência de dados na área, sendo preciso trabalhar estratégias para a implementação de políticas públicas e o diálogo com a comunidade.
Educação – Na apresentação da área de Educação, o professor José Pacheco, um dos coordenadores da área, destacou que a equipe tem trabalhado para inventariar diretrizes que subsidiem o desenvolvimento, a elaboração, a implementação e a avaliação de políticas, planos e programas para uma educação de boa qualidade. O professor apontou como principais desafios a definição de indicadores para monitoramento e avaliação das ações voltadas para uma educação de boa qualidade, além do estabelecimento de uma estratégia conjunta de mudança entre alguns atores centrais, como Ibict, escolas e a Secretaria de Estado Educação do DF.
Saúde – Vinícius Oliveira, coordenador da área de Saúde, comentou sobre as cinco frentes de atuação do tema. “Estamos trabalhando no diagnóstico situacional e análise de tendência em séries históricas dos principais indicadores de saúde da população; no diagnóstico de rede assistencial; na análise de entrevistas em profundidade e painéis com atores-chave; na análise documental; e, por fim, na análise prospectiva de tecnologias potencialmente disruptivas em saúde”, detalhou Vinicius.
Mobilidade Urbana – Fernando Regis fez a apresentação de Mobilidade Urbana durante o evento e trouxe breve avaliação e diagnóstico da situação vivida em relação ao tema no DF, bem como questões sobre ocupação urbana. Entre as atividades detalhadas está a elaboração de um diagnóstico geral do sistema de mobilidade urbana, bem como a realização de entrevistas com atores importantes do processo, como técnicos do setor, empresas operadoras de transporte público e organizações não governamentais.
Segurança Pública – George Felipe Dantas, coordenador de Segurança, contou sobre os desafios iniciais da equipe na organização de uma linha de base. “Após as conversas inicias, chegamos a quatro opções estratégicas: recursos humanos, infraestrutura material e processual, integração institucional e gestão pelo conhecimento”, explicou George, que também abordou brevemente os próximos passos da pesquisa, como a realização de um workshop.
Unidades Espaciais de Informação para a Gestão Estratégica – Além das áreas temáticas, houve a apresentação do responsável pelo Sistema de Informações do Projeto Brasília 2060, professor Claudio Egler, falou sobre a organização de informações e o estudo para definir unidades espaciais de informações (UEI) no âmbito do projeto. “Estamos trabalhando para a criação da base documental e bibliográfica do projeto e a base de dados estatísticos”. Claudio apontou que entre as metas está a consolidação de um atlas digital e a unificação das bases de dados utilizadas no projeto.
No final das apresentações sobre as áreas temáticas desenvolvidas no âmbito do Projeto Brasília 2060, houve discussão sobre os próximos passos a serem seguidos. O coordenador Paulo Egler ressaltou a importância de que todas as áreas cheguem à situação semelhante no desenvolvimento das suas atividades, pois somente após esta situação será possível o início das etapas de análise de compatibilidade e consistência, bem como a avaliação de impactos das diferentes opções estratégicas estabelecidas pelas áreas temáticas.
O coordenador também informou que em 2015 a intenção é dar início aos trabalhos para mais seis áreas temáticas, completando o conjunto de doze áreas temáticas que deverão ser consideradas pelo Projeto Brasília 2060. Nesse sentido, esclareceu, que se houver disponibilidade de recursos, que já estão sendo negociados, será feita a inclusão das seguintes áreas: Meio Ambiente; Desenvolvimento Social; Planejamento Urbano e Regional; Agricultura, Pecuária e Pesca; Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda; Orçamento, Planejamento, Fazenda e Administração.
Para saber mais, acesse: brasilia2060.ibict.br.
Patrícia Osandón
Núcleo de Comunicação Social do Ibict
Créditos da imagem: Victor Almeida
Data da Notícia: 23/01/2015 16:15
Redes Sociais