Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

A noite de terça-feira (20/1) marcou o início do I Workshop Brasileiro de Adaptação de Inventário de Ciclo de Vida de Produtos e Serviços, que ocorre no período de 21 a 23 de janeiro. Realizada nas instalações da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a cerimônia de abertura reuniu autoridades e convidados do workshop, além de representantes das instituições parceiras. Participaram da mesa o secretário-executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Álvaro Toubes Prata; a diretora do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), Cecília Oliveira Leite; a diretora da CNI, Mônica Messenberg; a diretora do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), Maria Aparecida Martinelli; e a representante do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Unep) no Brasil, Denise Hamu.

Na abertura, Cecília Leite ressaltou o trabalho e a dedicação dos diversos profissionais que fazem parte do projeto desde o princípio, como o professor Gil Anderi, da USP; professor Armando Caldeira, da UnB; a professora Cássia Ugaya, da UFPR; e a antiga coordenadora Celina Lamb. A diretora destacou também a importância do MCTI que, a partir de uma demanda feita ao Ibict, deu início ao desenvolvimento do ACV no Brasil. “Há nove anos participamos da capacitação e conhecimento das metodologias mais interessantes em nível mundial a respeito do assunto”. Cecília ressaltou ainda a parceria do Inmetro, CNI, Unep, Embrapa e a Rede Empresarial de ACV, entre outras instituições igualmente importantes. “Encerra-se um momento e inicia-se outro que eu espero ser ainda mais promissor para o desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação do nosso País. Já foram feitos significativos avanços, e considero que eles sejam a ponta de um grande iceberg que vai se mostrar ao longo dos próximos anos”.

Em seguida, a diretora da CNI falou sobre o novo cenário internacional e a exigência para que as empresas promovam constante absorção de novas tecnologias tanto em produtos quanto em processos. “Acreditamos que a avaliação do ciclo de vida sirva como uma ferramenta para identificação de oportunidades para melhorarmos o desempenho ambiental de produtos, aumentando o nível de informação dos tomadores de decisão da indústria, que devem ter na ACV uma ferramenta útil para garantir a eleição por opções mais sustentáveis, desde a escolha de fornecedores até a criação de metas e planos de ação. Ao quantificar os impactos ambientais de determinado produto ou processo em todas as suas etapas, a ACV oferece uma visão mais ampla sobre os procedimentos industriais, indicando os melhores caminhos”. Mônica Messenberg também destacou o papel estratégico do Ibict e do Inmetro como instituições coordenadoras “que têm atuado com persistência na divulgação do ACV no País”.

Representando a Unep, Denise Hamu informou aos presentes sobre as ações realizadas pela Divisão de Tecnologia e Economia, que promoveu a vinda dos dois consultores especialistas na área de ACV para o workshop. “A Unep tem enorme satisfação em promover essas parcerias. A nossa tarefa é servir de ponte e também apresentar projetos demonstrativos relevantes para o projeto”, explicou.

Representando o ministro Aldo Rebelo, o secretário-executivo do MCTI, Álvaro Toubes Prata, elogiou o trabalho realizado pelo Ibict e parceiros. “O Ministério acredita muito na sua atuação transversal e isso estipula e promove todos os tipos de parceria. Uma parceria como essa que aproxima os setores industriais, produtivos, acadêmicos, organizações civis, instituições nacionais e internacionais é extremamente importante. Desejo a todos muito sucesso”, finalizou.

No encerramento, o novo coordenador do projeto de Avaliação do Ciclo de Vida do Ibict, Tiago Braga, apresentou as ações realizadas em 2014 pela equipe; a criação de um novo site de ACV, que foi desenhado a partir das mais modernas técnicas de arquitetura da informação; o Manual de Sistema Internacional de Referência de Dados sobre Ciclos de Vida (ILCD); o livro Avaliação do Ciclo de Vida: Ontologia Terminológica; e o banco de dados do Programa de Avaliação do Ciclo de Vida.