Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia - Em live, Glòria Pérez-Salmerón, Emir Suaden e Cecília Leite debateram biblioteca, leitura e gestão da informação na pós-pandemia Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > Sala de Imprensa > Notícias > Em live, Glòria Pérez-Salmerón, Emir Suaden e Cecília Leite debateram biblioteca, leitura e gestão da informação na pós-pandemia
Início do conteúdo da página
Quarta, 22 Julho 2020 21:20

Em live, Glòria Pérez-Salmerón, Emir Suaden e Cecília Leite debateram biblioteca, leitura e gestão da informação na pós-pandemia

No dia 22/07 aconteceu mais uma edição da QuartaàsQuatro, live promovida semanalmente pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), unidade de pesquisa do MCTI. O tema desta edição foi "Informação e Infodemia na Pós-Pandemia: Biblioteca, Leitura e Gestão", com a participação de Glòria Pérez-Salmerón (IFLA), Emir Suaiden (Unb) e Cecília Leite (Ibict).  

A conversa abordou os aspectos informacionais da crise do novo coronavírus. “A informação está no centro do furacão dessa pandemia”, diz Cecília Leite. A diretora do Ibict destacou três pontos importantes: a biblioteca como um espaço amplo para a sociedade, a leitura como meio para o conhecimento e a gestão como fator de enfrentamento de uma crise.

Glòria Pérez-Salmerón observou que durante a pandemia, as pessoas ficaram isoladas em casa e bibliotecas foram fechadas. Esse cenário atípico demonstrou a importância dos serviços das instituições. Segundo ela, as bibliotecas públicas precisam ter força em seus espaços físicos, mas também virtuais. “Isso realmente nos dá uma pista de como devemos atuar no futuro”, diz ela, ressaltando a importância da existência de ferramentas que conectam ao mundo da informação e ampliam o acesso para o público.  

Pérez-Salmeron também destacou o papel da biblioteca em situações de crise, que deve ser vista como um verdadeiro ponto de apoio para a busca de informação que possa apoiar as mais variadas necessidades da população. Ela abordou ainda o protagonismo das bibliotecas para a promoção da cidadania e o alcance das metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas.

Emir Suaden falou sobre a importância da leitura para a autonomia do ser humano e fez um breve histórico sobre fatores relacionados à falta de leitura na América Latina, como o colonialismo, a educação de baixa qualidade e a ausência de políticas públicas.  

Para o professor, um dos desafios do futuro pós-pandemia será o de reescrever o papel do bibliotecário. “A formação deverá privilegiar o papel de filtro entre o livro e o leitor. O bibliotecário de referência terá que ser uma autoridade na formação de competência informacional”.  E nas escolas, o livro terá que ter visibilidade e as bibliotecas devem ter vínculo com a coordenação pedagógica, afirma o professor.   

Sobre o cenário de desinformação, Suaden tentou buscar um lado positivo, como a valorização da informação de qualidade. “O bibliotecário terá que comprovar que Fake News, desinformação e manipulação não são ameaças para os profissionais da informação, mas uma grande oportunidade de liderar a validação da verdade”, acredita.

Para Suaden, os bibliotecários e cientistas da informação também não devem deixar de sonhar. “Não podemos nos esquecer da ilusão e da utopia. O fortalecimento da leitura poderá tornar a biblioteca centros de resistência para combater os grandes desafios que estamos enfrentando”.

A inovação na gestão foi o foco de Cecília Leite. A diretora do Ibict falou sobre os novos serviços e produtos e serviços que foram lançados pelo instituto em função da pandemia, como a plataforma Ciência em Casa, voltada para a popularização da ciência para crianças e adolescentes, e o portal Universo Científico, que agrega informações relacionadas com o universo científico na temática coronavírus/COVID-19.

Segundo Cecília Leite, a pandemia também trouxe aprendizados para a superação da crise e representa uma mudança de paradigmas na ciência. “A gente vai ter um novo tempo. Assim como a gente mudou para o analógico para o digital, agora a gente vai ter que fazer um novo salto. Quando acontece alguma emergência as coisas se aceleram, porque mesmo com risco é melhor tentar fazer alguma coisa do que não fazer nada”.  

Sobre aprendizados, a diretora do Ibict reflete sobre a missão de trabalhar com a gestão do conhecimento. “Precisamos compartilhar as informações, a ciência precisa ser cada vez mais cidadã. Eu gostaria de dizer que o nosso país é a Terra, o nosso espaço é o universo e as nossas possibilidades são infinitas, desde que optemos pelo conhecimento verdadeiro, a ciência e a consciência que ela traz da nossa responsabilidade, deveres e posição”.

A live pode ser assistida na íntegra no  no canal do Ibict no Youtube.

 

Carolina Cunha

Núcleo de Comunicação Social do Ibict

 

Última modificação em Quinta, 23 Julho 2020 15:52
Fim do conteúdo da página