O Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) e a Secretaria de Gestão da Informação e do Conhecimento do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (SGIC/TJDFT) se reuniram, no último dia 2/7, para compartilhar com a comunidade interessada avanços do projeto de implementação do Repositório Arquivístico Digital Confiável – RDC-Arq integrado ao sistema Processo Judicial Eletrônico – PJe.
Segundo Juliana Sousa Nogueira, supervisora do Escritório de Projetos de TI do TJDFT, o objetivo da reunião técnica era divulgar aos demais tribunais o andamento do projeto, mostrar como está sendo realizado este trabalho em conjunto e sanar eventuais dúvidas.
Cristiano Menezes Alvares, analista judiciário (Especialidade Arquivologia) e coordenador de Tratamento e Destinação Documental (CODOC/TJDFT), abordou aspectos gerais dos projetos RDC-Arq e PJe-Arq e contextualizou a situação dessas iniciativas.
Em seguida, Edgar Luciano Morais Martins, analista judiciário (Especialidade Análise de Sistema) e integrante do Núcleo de Produtos de Software III (NUSOF3/TJDFT), abordou aspectos técnicos do projeto PJe-Arq e a comunicação entre o PJe-Arq e o RDC-Arq.
Tiago Braga, coordenador-geral de Tecnologias da Informação e Informática do Ibict (CGTI), apresentou o modelo de preservação digital RDC-Arq Hipátia, construído com apoio e financiamento do TJDFT, que já está implementado no Diário de Justiça Eletrônico - DJe, e em vias de implementação no PJe.
O coordenador explicou que a primeira parte deste modelo é o barramento, que extrai os objetos digitais e metadados e, como resultado, gera um pacote no formato OAIS (Open Archival Information System). Esse pacote, então, é enviado para a plataforma de preservação Archivematica e, em seguida, são feitos o pacotes SIP (Submission Information Package), AIP (Archival Information Package) e DIP (Dissemination Information Package).
Uma vez enviados ao Arquivematica, esses pacotes já ficam preservados e os pacotes que podem ser disseminados, como por exemplo os de valor histórico ou outros definidos para difusão, são enviados para a plataforma AtoM. “É importante ressaltar que durante este processo não há nenhuma interferência humana”, relatou Tiago.
Tiago destacou que o interesse do Ibict no projeto é permitir que essa infraestrutura informacional seja disponibilizada para a comunidade e para o maior número de instituições possíveis. “Recentemente lançamos o site do Hipátia e um tópico específico sobre o sistema no Fórum de Discussão que trata das várias tecnologias que o Ibict suporta”.
Além disso, o Ibict está trabalhando na publicação de um livro-manual com todos os requisitos de instalação, implementação e utilização deste modelo e na disponibilização do repositório no GIT do Ibict (sistema de código aberto com controle de versão de arquivos que permite a visualização de todo histórico de alterações no código de projetos), a fim de oferecer acesso a todos os códigos-fonte para que qualquer equipe possa se apropriar deste conteúdo e começar seu processo de implementação.
Lucas Guedes
Núcleo de Comunicação Social do Ibict
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