A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) será sede amanhã (07) das celebrações do Dia Mundial da Preservação Digital. Entre os palestrantes está Miguel Ángel Márdero Arellano, coordenador da Rede Brasileira de Serviços de Preservação Digital (Rede Cariniana) do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), que conduzirá uma apresentação especial sobre a comemoração da data. Miguel Arellano é mestre e doutor em Ciência da Informação pela Universidade de Brasília (UnB) e acumula várias experiências na área.
O Dia Mundial da Preservação Digital foi reconhecido pela Coalizão de Preservação Digital (DPC) (saiba mais sobre o assunto: http://www.dpconline.org/events/international-digital-preservation-day). O objetivo do Dia Mundial da Preservação Digital é criar uma maior conscientização sobre a preservação digital, podendo trazer um entendimento mais amplo que possa permear todos os aspectos da sociedade.
Como explica Miguel Arellano, a celebração da data e as ações relacionadas são fundamentais para a preservação digital no mundo. “O Ibict vem atuando fortemente em várias atividades relacionadas à preservação digital há vários anos. A Rede Cariana está incentivando seu grupo de pesquisa, que conta com mais de 100 pesquisadores, para que eles produzam conteúdos sobre o assunto para a preservação dos materiais digitais”, explica Miguel Arellano.
A programação do evento na Unifesp contará também com palestras de pesquisadores e professores da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP), da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP) e Terra Verde. O destaque do encontro será o momento de encerramento, quando os presentes apresentarão uma proposta de carta aberta sobre a preservação digital no Brasil.
“Vamos propor algumas ações às instituições brasileiras para que evitem a perda de material por causa da obsolescência dos formatos, dos arquivos ou dos softwares”, detalha Miguel Arellano.
Sobre a Rede Cariniana
A Rede Cariniana surgiu no Ibict da necessidade de se criar um serviço de preservação digital de documentos eletrônicos com o objetivo de garantir o acesso continuado a longo prazo dos conteúdos científicos armazenados digitalmente no Brasil. A implantação da Rede está fundamentada em uma infraestrutura descentralizada, utilizando recursos de computação distribuída.
A atividades são desenvolvidas em parceria com instituições brasileiras de ensino e pesquisa e com a colaboração da Stanford University, University of Edinburgh e Harvard University. A Rede disponibiliza serviços de preservação digital de periódicos, teses e dissertações eletrônicas, repositórios de dados de pesquisa para instituições com publicações de acesso livre, além de fontes de informação e mecanismos que facilitem a automatização dos processos de identificação, armazenamento, validação e conversão para novos formatos digitais. A Cariniana promove o compartilhamento de estudos e práticas de preservação digital no Grupo de Pesquisa Dríade, registrado no Diretório do CNPq.
As inscrições para o evento estão disponíveis por meio do seguinte endereço: http://bit.ly/36FQOsm
Texto: Patrícia Osandón
Núcleo de Comunicação Social
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