O Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), por intermédio do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e do Núcleo de Inovação Tecnológica NIT-Rio, está presente na décima segunda edição do Fortec, o encontro anual da Associação Fórum Nacional de Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia, que acontece no Rio de Janeiro de 14 a 19 de outubro.
Com o tema “Contribuições dos NIT (Núcleos de Inovação Tecnológica) para o desenvolvimento econômico: transformar conhecimento em riqueza”, o evento é composto por palestras, minicursos, reuniões e rodadas de negócio, com a participação de instituições essenciais na implementação de políticas e narrativas que constroem o cenário da inovação no Brasil.
A cerimônia de abertura aconteceu nesta segunda-feira (14) e teve início com a fala da vice-presidente da Fortec, Shirley Coutinho, que apresentou os convidados e fez uma breve retrospectiva das edições anteriores. Cristina Quintella, a presidente, foi responsável pela coordenação da mesa e ressaltou a importância do evento para a troca de ideias, encontro de pares, atualização e para a manutenção de um sistema de parcerias que apoie a inovação em tecnologia.
Edgard Rocca, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) abordou a questão da inovação continuada e da transferência de tecnologia como base para promoção de novos projetos. Já Mauro Maia, do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), apresentou um panorama da inovação no mundo, em que o Brasil ocupa a 64ª posição no índice global. Para ele “limitar a inovação enfraquece a indústria e impede o desenvolvimento da economia”.
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) esteve representada por Maurício Guedes, que falou da importância das bolsas de pesquisa na formação de cientistas, sobre publicação de artigos e participações em eventos de atualização e fez um contraponto com a aplicação na prática de estudos acadêmicos, como por exemplo avanços nas pesquisas sobre eficácia de vacinas. Ainda segundo Guedes, “o financiamento de bolsas promove um alavanque de investimentos privados, geração de empregos e melhora na vida das pessoas”.
José Alberto Sampaio Aranha, presidente da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), ressaltou a necessidade de pesquisas que possam efetivamente solucionar questões práticas, com impacto real na vida da população.
Isabela Pimentel, da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI),
agência se dedica à constante atualização e proposição de padrões internacionais de proteção às criações intelectuais em âmbito mundial, apresentou as ações da agência e enfatizou a educação e atividades de cooperação como fator determinante na produção de conhecimento.
Após a abertura, aconteceu a palestra “Tecnologias 4.0 na Indústria do Futuro” com João Carlos Ferraz e David Kupfer, em que foram abordadas as trajetórias do progresso técnico, os mercados em expansão e os impactos potenciais das tecnologias sobre setores específicos.
Segundo os palestrantes um dos principais desafios para empresas inovadores é ampliar e diversificar competências em convergência tecnológica. As empresas eficientes precisam integrar e digitalizar cadeias de valor e as que ainda não alcançaram nenhum destes dois primeiros níveis necessitam avançar competências empresariais, incorporando tecnologias digitais.
Para Ferraz, “em até 10 anos, todos os setores deverão enfrentar tecnologias disruptivas sobre modelos de negócio, padrões de concorrência e estruturas de mercado”.
Lucas Guedes
Coordenação de Tecnologias Aplicadas a Novos Produtos/IBICT
Créditos da imagem: ACV/IBICT
Redes Sociais