A ontologia no âmbito do projeto de Inventário do Ciclo de Vida para a Competitividade Ambiental da Industrial Brasileira (ACV) está na fase de validação dos termos que irão compor e padronizar os seus relativos conceitos. A construção desses conceitos da ontologia de ACV está sendo desenvolvida pela professora do Departamento de Ciência da Informação (CID), da Universidade de Brasília (UnB), Marisa Brascher, como o apoio do especialista de ACV e professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) e presidente da Associação Brasileira de Ciclo de Vida, Gil Anderi da Silva. A expectativa é que a metodologia brasileira de ACV esteja pronta até julho de 2008, segundo a gerente do projeto ACV do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), Celina Rosa Lamb.
Objetivos da Ontologia
A ontologia de ACV, segundo a professora Marisa Brascher, deve atender às necessidades do projeto Inventário do Ciclo de Vida para a Competitividade Ambiental da Indústria Brasileira. Nesse sentido, foram definidos, segundo ela, os seguintes objetivos para a ontologia: possibilitar a aquisição, representação e manipulação de conhecimento sobre ACV, por meio de um conjunto consistente de conceitos básicos modelados; estruturar e organizar bibliotecas de conhecimento, permitindo o acesso organizado ao conteúdo das normas da família ISO 14040 e à documentação especializada; difundir uma terminologia brasileira padronizada na área de ACV; apoiar o processo de aprendizagem na área de ACV, utilizando a ontologia como material instrucional; melhorar a compreensão e visão compartilhada do domínio ACV.
A ontologia deve fornecer um conjunto de termos e definições que cubra adequadamente e de maneira precisa os conceitos relevantes da terminologia de ACV. Seguindo os princípios definidos na metodologia, outros termos mais específicos poderão ser incluídos posteriormente para elaboração da ontologia.
Coleta
Para a coleta dos termos e definições que compõe a OACV, foram utilizadas, conforme a professora Marisa Brascher, as seguintes fontes de informação: Normas ISSO 14040, 14041, 14042, 14043, 14048 e 14049 e o livro Análise do Ciclo de Vida, do estudioso de ACV, José Ribamar B. Chehebe.
Marisa explica que na etapa da coleta foi realizada a identificação dos conceitos básicos e dos relacionamentos do domínio de interesse, independentemente da linguagem de codificação. As definições em linguagem natural encontradas na documentação foram registradas na OACV para efeito de documentação. “A partir dessas definições será produzido um texto de definição preciso, sem ambigüidade, para os conceitos e relacionamentos que será registrado na ontologia como “definição formal”. Analisando-se as definições, foram identificados os conceitos de nível básico e as categorias para organização sistemática da ontologia”, conta. A etapa de coleta de dados contou com a colaboração da bolsista e ex-bolsista do Ibict Ludmila Guimarães e Alessandra Marinho.
Relembrando ACV
A Avaliação do Ciclo de Vida estuda os aspectos ambientais e os impactos potenciais ao longo da vida de um produto, desde a aquisição de matéria-prima, passando por produção, uso e disposição. As categorias gerais de impactos ambientais que necessitam ser consideradas incluem o uso de recursos, a saúde humana e as conseqüências ecológicas, conforme a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Também define que a ACV é uma técnica para avaliar aspectos ambientais e impactos potenciais associados a um produto mediante a compilação de um inventário de entradas pertinentes de um sistema de produto, a avaliação dos impactos ambientais potenciais associados a essas entradas e saídas e a interpretação dos resultados das fases de análise de inventário e de avaliação de impactos em relação aos objetivos dos estudos.
Por Daniela Cunha
Assessoria de Comunicação Social do Ibict
01/04/2008
Data da Notícia: 02/04/2008 15:01
Redes Sociais