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Segunda, 05 Outubro 2020 11:37

Confira como foi a participação do Ibict no Mês Nacional da Ciência, Tecnologia e Inovações, promovido pelo MCTI

Confira como foi a participação do Ibict no Mês Nacional da Ciência, Tecnologia e Inovações, promovido pelo MCTI Victor Silva

A partir deste ano, o mês de outubro passou a ser oficialmente o Mês Nacional da Ciência, Tecnologia e Inovações. A data, que agora será comemorada todos os anos, foi instituída por decreto Nº 10.497/2020, publicado em setembro.

Para celebrar a data, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) promove durante todo o mês, em conjunto com suas instituições vinculadas, uma série de atividades de popularização da ciência voltadas para a aproximação do tema à população. A ideia desta primeira edição é inspirar toda a família, sobretudo as crianças e os jovens, promovendo, assim, melhorias na qualidade de vida das pessoas.

No dia 3 de outubro, o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) foi o responsável por toda a programação online do evento, que contou com uma série de atividades, entre palestras e oficinas transmitidas pelo canal do MCTI no Youtube ao longo do sábado.

A programação inicial foi a exibição de um vídeo sobre o instituto. Em seguida, aconteceu um bate-papo sobre os projetos e serviços do Ibict, que contou com a apresentação das atividades do dia, por parte da diretora do Ibict Cecília Leite, e a fala dos coordenadores gerais do instituto.

Cecília Leite, ao abrir a transmissão, explicou que a missão da organização é contribuir para a infraestrutura informacional do País. “A informação é a base do conhecimento, da inovação, da pesquisa e sem a organização e disseminação das informações, o conhecimento tem muita dificuldade de avançar”, disse.

Em seguida, a diretora do Ibict contextualizou as atividades realizadas em suas coordenações, com a participação de Bianca Amaro (Coordenação-Geral de Pesquisa e Manutenção de Produtos Consolidados), Tiago Braga (Coordenação-Geral de Tecnologias de Informação e Informática), Gustavo Saldanha (Coordenação de Ensino e Pesquisa, Ciência e Tecnologia da Informação) e Anderson Itaborahy (Coordenação-Geral de Pesquisa e Desenvolvimento de Novos Produtos).

A segunda atividade do dia foi a palestra “Ciência Aberta e Inteligência Artificial”, com Washington Segundo, coordenador da área de Tratamento, Análise e Disseminação da Informação Científica do Ibict. Ele explicou a questão da infraestrutura para repositórios de dados de pesquisa e as aplicações disso para a inteligência artificial.

“O papel do Ibict é o de dar suporte para a criação de repositórios, bibliotecas digitais e revistas eletrônicas”, refletiu. O coordenador apresentou o Portal Brasileiro de Publicações Científicas em Acesso Aberto (oasisbr), formado por uma rede de mais de 500 instituições, as quais agregam aproximadamente 2,6 milhões de documentos.

A parte da manhã contou ainda com a oficina “A competência em informação como subsídio nas práticas escolares e acadêmicas”, promovida pelo Canal Ciência, projeto de produção de conteúdos de divulgação científica e tecnológica do Ibict. A atividade foi ministrada por Joelma Carneiro, Abrão Rodrigues Neto e Valquíria Leite, que abordaram como incentivar as competências em informação nas escolas.

No início da tarde, foi a vez do coordenador-geral de Tecnologias de Informação e Informática (CGTI), Tiago Braga, falar sobre “Visualização de Dados como Instrumento de Promoção da Democracia”. Segundo ele, uma democracia só é fortalecida se há acesso a dados abertos e que, neste sentido, dados são importantes para além das vivências individuais, mas também para as relações com o outro”.

Como exemplo prático, Tiago demonstrou o Sistema Aberto de Observatório para Visualização de Informações (Visão), desenvolvido em código aberto pelo Ibict e explicou como a plataforma pode auxiliar numa melhor interpretação de informações a partir da forma como são apresentadas à população.

Anderson Itaborahy, coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento de Novos Produtos (CGNP), iniciou a palestra “Aventuras na Sociedade da Informação” citando o geógrafo baiano Milton Santos ao apresentar a evolução dos processos de produção do meio geográfico, que o autor divide em três grandes momentos: “Natural, Técnico e o qual vivemos hoje, Técnico-científico-informacional”.

“Neste terceiro período, a informação é o principal fator que define, por exemplo, o grau de riqueza e poder de uma nação. Por outro lado, a sociedade pode sofrer com o paradoxo da plenitude, ou seja, a dificuldade para lidar com o grande volume de informações. A Sociedade da Informação não é essencialmente boa ou ruim, mas o estágio atual da evolução das sociedades e parece avançar de forma inexorável por todo o mundo”, relata.

Já no bate-papo com o cientista, a doutora em Biotecnologia Vegetal e pesquisadora do Canal Ciência do Ibict, Hetiene Pereira Marques, conduziu uma conversa didática e elucidativa sobre o grafeno, o primeiro nanomaterial bidimensional a ser isolado em laboratório.

O encontro teve a participação de Ricardo Schaefer, co-fundador e CEO da Planar Consultoria em Grafeno e Diego Piazza, pesquisador e professor da Universidade de Caxias do Sul, que apresentaram um histórico do material, as possibilidades de utilização, o status atual das pesquisas sobre o tema e enfatizaram a importância da inovação e tecnologia na sociedade.

A última palestra do dia foi apresentada por Fábio Castro Gouveia, tecnologista em Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação (convênio entre o Ibict e a Universidade Federal do Rio de Janeiro) e do Mestrado em Divulgação da Ciência, Tecnologia e Saúde da Fiocruz. Como explicou em sua fala, “a ciência tem se mostrado cada vez mais fundamental e está presente em todas as esferas, inclusive nas próprias redes sociais”.

Durante a palestra, intitulada "Estudos Métricos da Informação e sua Importância para o Desenvolvimento da Ciência", o professor discutiu as metrias da informação, explicou questões relacionadas ao fator de impacto das revistas científicas e a complementaridade das métricas sociais, bem como trouxe questões dos estudos de redes de pesquisa. O tecnologista também afirmou que as trocas de conhecimento por intermédio das diversas formas de publicações são fundamentais para o desenvolvimento da ciência.

O evento contou ainda com uma entrevista com a diretora do Ibict, Cecília Leite, realizada pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes (confira matéria sobre a entrevista aqui). Caso tenha perdido a programação ou queira rever algo, acesse o canal do MCTI no YouTube, onde todos os vídeos estão disponíveis.

Carolina Cunha, Lucas Guedes e Patrícia Osandón
Núcleo de Comunicação Social do Ibict

Última modificação em Segunda, 05 Outubro 2020 18:05
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