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O artigo “Data Geovisualization and Open and Citizen Science - the LindaGeo Platform Prototype” (em português "Geovisualização de dados e ciência aberta e cidadã - a experiência da Plataforma LindaGeo") acaba de ser disponibilizado pelo periódico DHQ: Digital Humanities Quarterly.

São autores do artigo a pesquisadora Sarita Albagli, professora do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação - desenvolvido em parceria entre o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Hesley Py, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); e Allan Yu Iwama, da Universidad de Los Lagos - Centro de Estudios del Desarrollo Regional y Políticas Públicas (CEDER).

O artigo propõe uma discussão sobre as possibilidades e os limites das novas infraestruturas de geovisualização de dados e informações como plataformas de ciência cidadã e cartografia social para o compartilhamento e a coprodução de conhecimentos. O trabalho discute particularmente o uso dessas infraestruturas e metodologias participativas para instrumentação da intervenção social sobre o ordenamento e o desenvolvimento territorial.

Ao longo do texto, os autores conduzem uma resenha crítica das principais definições, conceitos-chave e questões em debate sobre o tema, e apresentam reflexões derivadas dos resultados do desenvolvimento de um protótipo de plataforma de dados abertos geoespaciais, envolvendo a participação de diferentes grupos sociais locais, como parte de uma pesquisa-ação de ciência aberta realizada no município de Ubatuba, no litoral norte do estado de São Paulo.

O artigo está disponível em português e em inglês, no seguinte link: http://digitalhumanities.org/dhq/vol/14/2/000452/000452.html


Patrícia Osandón
Núcleo de Comunicação Social do Ibict
Com informações do artigo “Data Geovisualization and Open and Citizen Science - the LindaGeo Platform Prototype”

Publicado em Notícias

Em uma live histórica com cinco horas de duração, professores, pesquisadores e estudantes da Ciência da Informação de todo o país celebraram o cinquentenário do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação - desenvolvido em parceria entre o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O evento, intitulado “Travessias....1970-2020”, ocorreu no dia 30 de junho.

Ao longo da live, marcada por uma homenagem às grandes mulheres da Ciência da Informação, como Hagar Espanha Gomes e Célia Zaher, tanto os professores convidados quanto o público presente on-line relembraram não apenas a história do PPGCI, mas também a do Ibict e de toda a Ciência da Informação.

Gustavo Saldanha, coordenador do PPGCI/Ibict/UFRJ, abriu a live com trechos de produções literárias de Adélia Prado e Hilda Hilst, recordando o ano de 1954, quando foi criado por decreto o Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação (IBBD), e o ano de 1976, quando o IBDD mudou seu nome para Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia, com a publicação da Resolução Executiva do CNPq n° 20/76.

“O momento é de grande emoção diante do contexto que nos marca. Este evento on-line é um desdobramento de uma série de eventos do PPGCI para o cinquentenário da Ciência da Informação na América Latina e Caribe a partir do primeiro programa de pós-graduação criado nesse contexto”, disse Gustavo Saldanha durante a abertura do evento.

A diretora do Ibict, Cecília Leite, também reforçou a importância das mulheres para a construção da história da Ciência da Informação e do Ibict no Brasil. “É com alegria que faço parte desta linha de mulheres que atuaram na Ciência da Informação. Estamos vivendo hoje um momento em que a informação é o elemento que move o mundo. Nesse sentido, a Ciência da Informação precisa contribuir na diminuição das fake news, na integração dos conhecimentos que já existem, e também na atuação da base das pesquisas, como estamos fazendo com o Universo Científico, o portal que o Ibict lançou no combate ao novo coronavírus”, explicou Cecília Leite.

O evento contou com a participação das professoras e pesquisadoras Eloísa Príncipe, Gilda Olinto, Lena Vania Pinheiro, Nélida González de Gómez, Regina Marteleto, Rosali Fernandez de Souza, Tatiana de Almeida e do professor e pesquisador Geraldo Prado, que relembraram juntos os 50 anos de história da Ciência da Informação e do PPGCI.

Lançamento do portal: Ao final do evento, o professor Gustavo Saldanha anunciou o lançamento de um portal especial em comemoração dos 50 anos do PPGCI/Ibict/UFRJ, desenvolvido pelas equipes da Coordenação de Tecnologias da Informação e Informática do Ibict (CGTI) e da Coordenação Geral de Ensino e Pesquisa, Ciência e Tecnologia da Informação (COEPE) do Ibict.

“A ideia é que todos os meses possamos partilhar mais conteúdos e contar a história desta grande conquista que é comemorar 50 anos de um programa tão importante quanto o PPGCI. Esperamos permitir que as equipes de pesquisa que estão no Ibict no Rio de Janeiro e em Brasília possam atuar conjuntamente e construir soluções e propostas que contribuam para a gestão e a organização da informação científica e tecnológica no Brasil”, explicou Tiago Braga, coordenador da CGTI do Ibict.

O Colóquio Ciência da Informação 50 anos pode ser conferido em versão integral no Youtube (clique aqui para assistir).


Patrícia Osandón
Núcleo de Comunicação Social do Ibict

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O Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia promoveu ontem (24/6), mais uma live QuartaàsQuatro. O tema desta edição foi “Mudanças Climáticas: entre desinformações e desigualdades”, com Liz-Rejane Issberner e Philippe Léna.

Liz-Rejane Issberner é pesquisadora titular do Ibict e professora do Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação (PPGCI), desenvolvido por meio de convênio entre a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o Ibict. A pesquisadora realizou pós-doutorado pelo Institut de Recherche pour le Développement (IRD-Paris) e é doutora e mestre em Engenharia de Produção pela COPPE/Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Philippe Léna é pesquisador emérito do (IRD-Paris), possui graduação em História e Geografia (Sorbonne, 1970) e doutorado em Geografia Humana (Universidade de Paris I Panthéon Sorbonne, 1980). Desde 1980, o professor vem se dedicando ao estudo das contradições do desenvolvimento na Amazônia e às políticas públicas visando a sustentabilidade.

Para entender melhor como se constrói o negacionismo climático, Lená apresentou de forma detalhada a linha histórica que explica as dimensões do colapso ambiental no mundo. Ele também explorou o progresso nas discussões que apontavam para a importância das questões climáticas, que só se tornaram políticas em 1989, quando representantes de governo de 60 países se reuniram em Noordwijk (Holanda) para discutir o tema.

Para o pesquisador, o negacionismo do clima (corrente que não acredita no aquecimento global como consequência da intervenção humana, por exemplo) deve ser situado num contexto mais amplo, em que são levados em conta aspectos como exclusão social, globalização, rejeição às instituições e à ciência, desvalorização da tradição e insegurança em relação ao futuro.

“O negacionismo nasceu nos meios conservadores norte-americanos como uma reação ao crescimento das ciências ambientais que ameaçavam impor regulações e limitações à iniciativa privada”, informa Léna, que cita os fenômenos que compõe ou facilitam a expressão do negacionismo, como redes sociais, fake news, ceticismo generalizado e conceitos de pós-verdade e relativismo.

Liz-Rejane chamou atenção para as formas de desigualdade na produção das mudanças climáticas e sua dimensão jurídica. Ela explica que a justiça climática é englobada pela justiça ambiental, que trata de ações como invasão de territórios indígenas ou destruição de espaços com populações tradicionais para construção de represas.

Como exemplo, a professora apresentou dados e infográficos demonstrativos com as regiões do planeta e a quantidade de suas emissões totais de CO2. A partir destas informações, relacionou o nível de emissões às questões de renda e população e apontou que “o padrão de vida é um fator determinante no nível das emissões dos países”.

Para Liz-Rejane, as ações humanas em função da lógica utilitarista do mercado desencadearam uma crise ambiental sem precedentes. “Encontrar um caminho viável para o nivelamento da desigualdade é um dos maiores desafios deste século”, completa.

Confira abaixo o vídeo completo do encontro.

Lucas Guedes
Núcleo de Comunicação Social do Ibict

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Os 50 anos do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação - desenvolvido em associação ampla entre o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) - serão celebrados durante o Colóquio Ciência da Informação, com o tema "Travessias... 1970-2020". O evento ocorrerá em formato on-line no dia 30 de junho, das 14h30 às 18h30, e será transmitido ao vivo pelo Youtube do PPGCI.

O colóquio é um desdobramento dos atos comemorativos do primeiro semestre do ano, como a semana de recepção, com a aula magna de Cecília Leite, diretora do Ibict, e as Escolas de Verão e de Outono. A programação do colóquio inclui a presença de pesquisadores e docentes que contribuíram para os 50 anos de atividades científicas e acadêmicas do PPGCI/Ibict/UFRJ.

A programação do evento está focada nos relatos de pesquisas teóricas e aplicadas destes personagens que marcaram a histórica do campo informacional, a partir do primeiro programa de pós-graduação em Ciência da Informação da América Latina e Caribe.

O PPGCI: O Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação oferece cursos de mestrado acadêmico e de doutorado em Ciência da Informação, tendo como objetivo geral a formação para a pesquisa e o aprimoramento em alto nível de profissionais comprometidos com o avanço do conhecimento nesse campo. O PPGCI é desenvolvido entre o Ibict e a Escola de Comunicação (ECO) da UFRJ.

O Programa tem origem no Curso de Documentação Científica (CDC), criado pelo Ibict em 1955, em nível de especialização, que foi oferecido por cerca de 35 anos ininterruptamente. Em 1970, o Ibict deu início ao curso de mestrado em Ciência na Informação, pioneiro na introdução desse campo do conhecimento no Brasil e na América Latina. O doutorado em Ciência da Informação foi iniciado em 1994. Entre 1970 e 2020, o PPGCI contou com docentes de diferentes países e formou 700 mestres e doutores em 5 décadas.

O PPGCI foi desenvolvido pelo Ibict com mandato acadêmico da UFRJ até 1981 e, de 1982 a 2002, como parte da estrutura acadêmica da Escola de Comunicação da UFRJ. De 2003 a 2008, o PPGCI funcionou em convênio com a Universidade Federal Fluminense (UFF), tendo retornado à UFRJ ao final de 2008.

Para acompanhar o evento, basta conectar-se ao Youtube do PPGCI no dia e horário do evento.


Patrícia Osandón
Núcleo de Comunicação Social do Ibict, com informações do PPGCI

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Em busca da ampliação do entendimento sobre os processos de produção, circulação e uso da informação científica e também a respeito dos desafios às estruturas e modelos tradicionais e hegemônicos da comunicação científica, o pesquisador André Appel, hoje doutor em Ciência da Informação, decidiu realizar uma ampla pesquisa sobre o assunto.

A pesquisa de André Appel gerou a tese “Dimensões Tecnopolíticas e Econômicas da Comunicação Científica em Transformação”, defendida no Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação (PPGCI), desenvolvido por meio de convênio entre a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict). O trabalho foi orientado pela professora Sarita Albagli.

Em entrevista para o site do Ibict, André Appel, que é pesquisador da Coordenação de Tecnologias Aplicadas a Novos Produtos (COTEA) do Ibict, conta sobre a importância das transformações no processo de publicação de periódicos científicos, as quais têm ocorrido intensamente especialmente desde a pandemia de COVID-19, fato que obrigou a ciência se reinventar.

André Appel também explica sobre a importância da Ciência Aberta e do Acesso Aberto para o crescimento da ciência brasileira e mundial, em especial o potencial de renovação nos processos de produção e publicação de resultados de pesquisa, com ampliação da participação e do acesso.

Confira!

Ibict: O que motivou a escolha do tema da sua tese? Por que estudar a comunicação científica?

André Appel: Meu interesse pelos temas da comunicação científica e do Acesso Aberto vem desde a graduação, época em que participei como voluntário em um programa de iniciação científica, trabalhando em pesquisas sobre esses temas. Ao longo do mestrado e doutorado no PPGCI, por conta da rica interação com os docentes e colegas do programa, com minhas orientadoras e com diversos pesquisadores e pesquisadoras, em eventos da área e outros canais da Internet, tive a oportunidade de absorver variadas perspectivas e abordagens sobre esses temas. Depois disso, além de uma abordagem mais técnica, de análise dos suportes e fluxos de informação, procurei então investir em uma perspectiva mais crítica e mais analítica de como esses fenômenos, comunicação científica e acesso aberto, por meio de condicionantes sociais, políticos ou econômicos, chegaram às suas configurações atuais.

Ibict: Tendo como base os resultados da sua tese, qual a importância da Ciência Aberta e do Acesso Aberto?

André Appel: O Acesso Aberto, desde muito cedo, advoga pela garantia de acesso livre e gratuito ao conhecimento científico, isto é, um acesso livre de barreiras de natureza técnica, social ou econômica. Já a Ciência Aberta configurou-se como um movimento que advoga não somente pela garantia do acesso irrestrito ao conhecimento, mas também pela garantia de que todos e todas tenham chance de contribuir com o “fazer ciência”. Essas são características de uma ciência mais justa e menos elitizada e que, por consequência disso, torna-se mais eficiente na sua tarefa de beneficiar toda a sociedade, todas as culturas, e não somente determinadas nações ou determinados grupos.

Ibict: Sua tese foi produzida em 2019. Com o novo cenário vivenciado a partir da pandemia, o que mudou a partir do seu estudo?

André Appel: Creio que uma das principais mudanças diz respeito ao significativo aumento da interação e da atividade de pesquisa por meio da Internet, com a consequente ampliação da demanda por ferramentas e plataformas para mediar esse tipo de interação. Aulas, reuniões, treinamentos, disseminação de conteúdo, grande parte das atividades relacionadas à produção e circulação de conhecimentos que antes se dava pela via presencial, passou a ser realizada de forma remota. Nesse aspecto, é muito importante que possamos usufruir de infraestruturas comuns e compartilhadas de pesquisa, e isso inclui não somente ferramentas eficazes de telecomunicação audiovisual, mas também ferramentas para facilitar o acesso e o compartilhamento de dados e demais resultados de pesquisa.

Tanto no Brasil quanto no exterior vem ocorrendo um movimento de investimentos, públicos e privados, nessas infraestruturas de dados abertos e de comunicação em pesquisa, as quais agora se mostram cruciais para o intercâmbio, o monitoramento e a análise de dados sobre a pandemia, além de viabilizarem a continuidade do trabalho de pesquisa pela via remota.

Há diversas plataformas de uso comercial ou restrito permitindo o uso gratuito, especialmente para pesquisas relacionadas à Covid-19. É preciso lembrar, por outro lado, e isso eu destaco na minha pesquisa, que esse uso não é a custo zero. Enquanto interagimos e inserimos dados nessas plataformas, nós trabalhamos indiretamente para a melhoria e para o aperfeiçoamento delas, alimentando algoritmos e modelos computacionais, gerando novos conjuntos de dados para análise de desempenho e produtividade em pesquisa e novas ferramentas que não necessariamente serão fornecidas de graça no futuro. O advento da pandemia, por exemplo, resulta em condições extremas de uso dessas plataformas e em volumes de dados para análise e avaliação de desempenho outrora inalcançáveis.

Ibict: É correto dizer que a comunicação científica nunca mais será a mesma depois da pandemia?

André Appel: Na visão de diversos estudiosos da área, a comunicação científica compreende basicamente dois grandes conjuntos de canais. Os formais, onde estão os livros e periódicos, que são avaliados e validados por pares e também são de ampla circulação; e os canais informais, que envolvem as comunicações tradicionalmente mais efêmeras, resumidas, menos formais, e que circulam entre um público mais restrito. Lembrando que essas definições já sofreram muitas transformações com a transição para o ambiente digital, mas muitos aspectos ainda se mantêm. E, a meu ver, os canais informais são os mais impactados pela pandemia, até o momento.

Penso em três exemplos para explicitar isso. Primeiro, o dos colégios invisíveis, essa que é uma expressão usada para representar pequenos grupos de cientistas, que se comunicam constantemente e sob uma intensa relação de confiança. São aqueles colegas com quem a gente primeiro compartilha ideias, textos, resultados de pesquisa etc. em busca de revisões, conselhos, novas ideias e diferentes perspectivas. Esses grupos que há muito tempo fazem uso das telecomunicações, farão agora um uso ainda mais intensivo e enfrentarão menos barreiras para manter o contato, mesmo com a redução da interação presencial.

Como segundo exemplo, cito o caso das comunicações realizadas em congressos e eventos que, creio eu, levarão muito tempo ainda para voltar a ocorrer de forma presencial. E mesmo com o retorno, creio que se configurem de forma totalmente diferente do que estamos acostumados, muito em função das inúmeras experimentações que têm ocorrido nesse período da pandemia. Tenho visto congressos em que trabalhos são apresentados na forma de posts no Twitter, palestras e seminários com transmissão ao vivo para públicos amplos, seminários no formato de webconferências, nos quais o público tem uma presença um pouco mais destacada em relação às transmissões, entre outros exemplos.

Esse contexto traz alguns prejuízos, como a perda da informalidade inerente à comunicação face-a-face, fazendo com que muitos se sintam constringidos ou pouco à vontade para se manifestar, além da perda das conversas e trocas de ideias durante os intervalos do café e outros fatores. Por outro lado, traz também benefícios, como a disponibilidade para um público maior e mais disperso geograficamente, que outrora não teria condições de participar por dificuldade de descolamento, por exemplo, além do potencial de multitarefa, ou seja, possibilidade de acompanhar os eventos enquanto trabalhamos em outras atividades. Como terceiro exemplo, trago a questão dos preprints, que também têm seu protagonismo ampliado durante a pandemia.

Ibict: Poderia contar um pouco sobre o que são preprints?

André Appel: Preprints são formas de comunicação prévia e mais ágil de resultados de pesquisa enquanto estes ainda passam pelo processo de validação e revisão por pares ou enquanto aguardam publicação formal e chancela final da comunidade científica, com a publicação em um periódico científico. Esse processo pode levar de semanas a meses, tempo este que é absolutamente crítico em meio a uma pandemia. No Brasil, ganham destaque duas novas iniciativas para viabilizar a disponibilização de preprints, uma delas encabeçada pela parceria entre Ibict e Abec e outra encabeçada pela rede SciELO, ambas com foco, no momento, na difusão de pesquisas sobre Coronavírus e Covid-19.

No plano global, um estudo recente, um preprint, justamente, mostra que mais de 40% de toda a literatura sobre Covid-19 gerada até o momento foi divulgada como preprint. Com o crescimento desse protagonismo, pode-se vislumbrar um cenário futuro em que todos os novos resultados de pesquisa sejam primeiramente depositados em repositórios de preprints, os quais serão monitorados de perto por editores e editoras que, por sua vez, convidarão os autores a publicarem aqueles resultados também em seus periódicos, conforme interesse temático, interesse em receber citações etc., fazendo com que periódicos se tornem espécies de coleções curadas de preprints/artigos.

E para todos esses três exemplos que acabo de citar, ressalto novamente a importância das plataformas e infraestruturas anteriormente mencionadas, pois elas subsidiam muitas das atividades nesses canais informais.

Ibict: Quais limites você encontrou como pesquisador para a realização do seu estudo? Recomendaria outros estudos nesse sentido?

André Appel: Acho que o principal desafio enfrentado diz respeito à dinamicidade da relação comunicação científica e Acesso Aberto. A todo momento surgem novas proposições, práticas, diretrizes, novos modelos de negócio no cenário comercial etc., tornando difícil documentar e analisar todos esses acontecimentos.

Outra dificuldade está na barreira linguística e geográfica. Linguística quando muitos dos estudos sobre o tema são publicados em outros idiomas ou quando a gente precisa publicar nossos próprios estudos em outro idioma para atingir um público mais amplo ou em atendimento a demandas de avaliação e de produtividade, e isso gera uma camada extra de atenção e de trabalho, por assim dizer, e geográfica quando reuniões e discussões importantes sobre o tema ocorrem em regiões distantes e a gente não tem a chance de acompanhar presencialmente. Minha recomendação é para que se intensifiquem os estudos sobre as plataformas e infraestruturas de pesquisa, especialmente de acesso, código e padrões abertos, para que não fiquemos reféns de soluções pagas no futuro.

A tese em versão integral de André Appel pode ser encontrada no Repositório Institucional do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia - RIDI/Ibict, clicando aqui.


Patrícia Osandón
Núcleo de Comunicação Social do Ibict

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A próxima QuartaàsQuatro – live tradicionalmente promovida pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) às quartas-feiras, às 16h, reunirá os pesquisadores Liz-Rejane Issberner e Philippe Léna para uma conversa sobre “Mudanças Climáticas: entre desinformações e desigualdades”.

Liz-Rejane Issberner é pesquisadora titular do Ibict e professora do Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação (PPGCI), desenvolvido por meio de convênio entre a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o Ibict. A pesquisadora realizou pós-doutorado pelo Institut de Recherche pour le Développement (IRD-Paris) e é doutora e mestre em Engenharia de Produção pela COPPE/Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Philippe Léna é pesquisador emérito do Institut de Recherche pour le Développement. Possui graduação em História e Geografia (Sorbonne, 1970) e doutorado em Geografia Humana (Universidade de Paris I Panthéon Sorbonne, 1980). Desde 1980, o professor vem se dedicando ao estudo das contradições do desenvolvimento na Amazônia e às políticas públicas visando a sustentabilidade.

Liz-Rejane Issberner e Philippe Léna são organizadores do livro “Brazil in the Anthropocene. Conflicts between predatory development and environmental policies” (em português: Brasil no Antropoceno. Conflitos entre desenvolvimento predatório e políticas ambientais), lançado em 2017. O livro vem se destacando nas Ciências Humanas e Sociais pela forma como aborda as questões sobre o antropoceno, o desenvolvimento e o meio ambiente.

O evento acontecerá no canal do Youtube do Ibict. Não perca!

Clique aqui para acessar o link direto da live. 



Patrícia Osandón
Núcleo de Comunicação Social do Ibict

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A partir de inquietações sobre a ausência das questões étnico-raciais dentro dos cursos de Biblioteconomia no Brasil, Franciéle Carneiro Garcês da Silva lançou um questionamento: como promover a inserção da temática africana e afro-brasileira no ensino de Biblioteconomia? O questionamento vem acompanhando os estudos de Franciele desde a graduação, realizada na Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC).

Após a graduação, Franciéle Silva prosseguiu os estudos e tornou-se mestre pelo Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação (PPGCI), desenvolvido por meio de convênio entre a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict). Atualmente, a pesquisadora é doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Os estudos de Franciéle Silva foram reconhecidos durante a 20ª edição do Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação (Enancib), principal evento da área no Brasil, que aconteceu em 2019. A comunicação “Biblioteconomia negra brasileira: caminhos, lutas e transformação”, orientada pelo professor Gustavo Saldanha (PPGCI/Ibict/UFRJ), conquistou o primeiro lugar do GT6 (Informação, Educação e Trabalho).

Em entrevista para o site do Ibict, a pesquisadora conta sobre a importância da presença das questões étnico-raciais nos cursos de Biblioteconomia e detalha sua história com a Ciência da Informação. Confira!

Ibict: Conte um pouco da sua trajetória e o que motivou seu estudo?

Franciéle Silva: Eu sou uma mulher negra. Venho do estado do Rio Grande do Sul, da zona rural, lá no extremo sul do país. Como mulher negra, eu sempre passei por muitas situações de racismo dentro das minhas relações não só familiares, mas também de trabalho e nos estudos. Em 2013, ingressei na graduação no curso de Biblioteconomia da Universidade do Estado de Santa Catarina, quando passei a participar do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (NEAB), onde aprendi muitas coisas relacionada às questões étnico-raciais.

Foram quatro anos de formação nas questões étnico-raciais, mas percebi que no meu curso isso não era uma coisa que prevalecia. Nós não tínhamos abordagens das questões étnico-raciais nas disciplinas e foi isso que me levou a fazer o primeiro estudo da minha carreira, que foi meu trabalho de conclusão de curso. Nesse trabalho de conclusão, eu entrevistei docentes buscando entender qual era a importância da inserção das questões étnico-raciais para eles, além da história e da cultura afro-brasileira na formação bibliotecária, e se tinham conhecimento de instrumentos normativos sobre isso.

Tenho o entendimento de que o preconceito nasce de um pré-conceito criado a partir daquilo que a gente tem da história que as pessoas contam, da classificação que as pessoas fazem. A gente precisa formar pessoas para entender que todo mundo faz parte do grupo de seres humanos. Somos diferentes e diversos, então cada um tem uma característica, um fenótipo, um pertencimento étnico-racial.

A partir da graduação, eu consegui então ter uma análise local do que os professores consideravam importante e da intersecção entre questões étnico-raciais e o ensino. Quando fui analisar a estrutura do curso, ele não tinha disciplinas específicas sobre isso, mesmo os professores considerando isso muito importante. Eles desconheciam os instrumentos normativos e uma parte dos entrevistados justificou também que, por serem disciplinas mais tecnológicas, não era possível inserir as questões étnico-raciais.

Então, a partir daí, foi possível ter uma percepção maior de como a docência está construída e que, muitas vezes, ela pode sim perpetuar alguns preconceitos. Porque se não se aborda isso dentro da formação, como é que você vai conscientizar os estudantes sobre como olhar para aquela comunidade que vem desde a pós-abolição sofrendo com várias desigualdades?

Ibict: Depois da graduação, quais foram os próximos passos na sua pesquisa com a Biblioteconomia e as questões étnico-raciais?

Franciéle Silva: No mestrado, a partir desse recorte local, eu ampliei a pesquisa. No PPGCI/Ibict/UFRJ, eu tive a sorte de contar com a orientação do professor Gustavo Saldanha e foi partir daí que ele me mostrou algumas outras concepções teóricas, alguns outros movimentos. Conheci o movimento da Black Librarianship, dos Estados Unidos.

Como nos Estados Unidos as pessoas afro-americanas tiveram um período de segregação racial, no qual muitas pessoas não conseguiram acessar as bibliotecas, elas começaram a lutar para serem graduadas em Biblioteconomia, para estarem nesses espaços como bibliotecários* e para levarem informação às populações afro-americanas e transformarem a sociedade por meio do acesso à biblioteca, à leitura e ao livro.

Ibict: Qual a importância de discutir sobre a Biblioteconomia negra brasileira?

Franciéle Silva: Hoje, o meu intuito é que as pessoas negras sejam também reconhecidas como produtoras de conhecimento, como pessoas que estão refletindo, pesquisando e publicando dentro da área não só com viés étnico-racial, mas sobre todas as outras áreas que compõem a Biblioteconomia. Muitas vezes, se você pergunta para as pessoas se elas conhecem um intelectual bibliotecário negro, a maioria não conhece. Então, o intuito de fortalecer esse movimento da Biblioteconomia negra é mostrar quem produz conhecimento e projetos e quem faz ações dentro da biblioteca com viés étnico-racial, refletindo como tornar aquela biblioteca um lugar de representatividade dessa população.

É preciso mudar a biblioteca como sendo um lugar da elite e para elite, ou seja, somente quem faz parte da elite é que deveria estar nesse espaço. A biblioteca deve acolher a todas as pessoas e representá-las. Então, nesse sentido, a Biblioteconomia vem para demonstrar que existem ações, pesquisas e intelectuais dentro do Brasil que estão refletindo sobre questões étnico-raciais e que também há pessoas negras que estão fazendo pesquisas, mas não só pesquisas. A gente também está atuando em prol da questão das políticas de cotas – há pessoas que estão dentro de vários movimentos civis, em todos os espaços. Então, acredito que estudar a Biblioteconomia Negra e promover a sua visibilidade seria uma forma de reconhecer aquelas pessoas que muitas vezes estão “invisibilizadas” porque são bibliotecárias negras.

Ibict: Como pensar uma Biblioteconomia Negra partindo do princípio que a história das produções intelectuais (e da administração dessas produções) foi, em grande parte, construída por homens brancos?

Franciéle Silva: O intuito de reconhecer e de pensar a Biblioteconomia Negra é mostrar que essa intelectualidade existe e que, sim, há uma epistemicídio, que é a supressão, a invisibilidade desse conhecimento que é produzido por pessoas negras. Hoje, nós temos uma gama de livros que têm sido elaborados e produzidos por bibliotecários negros e pensados sobre as questões étnico-raciais. Reconhecer que esses bibliotecários negros estão contribuindo para a construção de uma Biblioteconomia diversa, representativa, antirracista, afro-diaspórica, é importante para desconstruir esse pensamento de que somente o homem branco produz ciência.

A gente tem que desconstruir essa questão relacionada de ver o homem branco nesse lugar de cientista e descolonizar essa Biblioteconomia que ainda é eurocentrada e americanizada. Ou seja, a gente só olha para fora e tenta colocar aquilo que eles produzem dentro do Brasil sem pensar outras realidades que fazem parte do contexto brasileiro e que são muito específicas. Por exemplo, a gente tem que pensar que hoje nós temos alguns impeditivos que fazem com que a população negra ainda esteja em um espaço de desigualdade, tanto educacional quanto financeiro e político.

Quantos de nós estamos representados dentro do Congresso Nacional ou de outros espaços? Quando a gente analisa essa representatividade dessa população, ela não está lá nesses passos de tomada de decisão e de poder, inclusive na ciência. Quando a gente vai olhar palestras, publicações de livros, a maioria dessas publicações é feita por pessoas brancas e quando nós reivindicamos o nosso lugar, o nosso protagonismo, nós somos até taxados de pessoas radicais, mas o movimento da Biblioteconomia Negra não exclui a produção científica feita por pessoas não negras. Ao contrário, é parte dessa produção científica que também está refletindo sobre questões fundamentais para a humanidade.

Ibict: Quais os caminhos para ampliar discussões democráticas sobre racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância?

Franciéle Silva: Para mudar a situação que nós temos hoje – infelizmente muito negativa de muitos retrocessos dentro das políticas públicas, é preciso formar pessoas. Os cursos de Biblioteconomia devem ser modificados para a inserção das questões étnico-raciais, e outras também, como as de gênero, por exemplo. Como é que a gente vai capacitar bibliotecários para serem sensíveis a essas causas se dentro dos nossos meios, os nossos profissionais que estão formando pessoas não estão conscientes de que isso é importante?

Muitas vezes, os docentes também podem propagar um pensamento meritocrático, ou seja, é como se colocasse população negra e branca no mesmo lugar, quando a gente sabe que não é isso: a população negra está em desigualdade desde que o país começou. Os profissionais que formam os bibliotecários têm uma responsabilidade muito forte nesse sentido.

O professor tem que lutar para ter questões relacionadas às humanidades dentro dos projetos político-pedagógicos. Deve fazer parte da nossa profissão, da nossa consciência ético-política enquanto profissionais. Nós temos que trazer representatividade e ajudar na criação de identidade dessas populações, do conhecimento dos aspectos sócio-históricos que nos construíram enquanto população brasileira e, principalmente, mostrar o outro lado que não esse que é hegemônico.

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Para ler o trabalho “Biblioteconomia negra brasileira: caminhos, lutas e transformação”, clique aqui.

* Nesta entrevista, quando ler a palavra “bibliotecário”, leia-se bibliotecário ou bibliotecária.


Patrícia Osandón
Núcleo de Comunicação Social do Ibict
Publicado em Notícias

Bianca Amaro, Washington Segundo e Tainá Batista, pesquisadores do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), estarão juntos, nos próximos dias 18 e 19, ministrando cursos na Escola de Outono. As aulas são realizadas pelo Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação (PPGCI), desenvolvido por meio de convênio entre a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o Ibict. As inscrições estão abertas.

A Escola de Outono parte da proposta de oferecer modalidades alternativas de práticas de ensino e de pesquisa. O objetivo da iniciativa é explorar temáticas, teorias, conceitos, métodos e ferramentas inovadoras em Ciência da Informação, a partir da experiência da Escola de Verão 2020.

Os cursos são livres, gratuitos e totalmente on-line.

Curso 1. Mecanismos para o controle bibliográfico da informação científica e tecnológica no Brasil: o papel e desafios do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict)
Docentes: Tainá Batista de Assis (Ibict) e Bianca Amaro (Ibict)
Quando: 18/06/2020
Horário: 9h-12h
Inscrições: http://www.ppgci.ufrj.br/escola-de-outono/
Onde: Canal Youtube do PPGCI


Curso 2: Interoperabilidade e Tecnologias Aplicadas a Repositórios de Dados de Pesquisa
Docentes: Whasington Segundo (Ibict) e Bianca Amaro (Ibict)
Quando: 19/06/2020
Horário: 9h-12h
Inscrições: http://www.ppgci.ufrj.br/escola-de-outono/
Onde: Canal Youtube do PPGCI

Para conhecer todos os cursos disponíveis da Escola de Outono, acesse: http://www.ppgci.ufrj.br/escola-de-outono. Ou clique aqui para assistir todos os cursos já ministrados.


Patrícia Osandón
Núcleo de Comunicação Social do Ibict

Publicado em Notícias

No dia 3 de junho, a professora Liz-Rejane Issberner, pesquisadora titular do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), ministrará uma palestra online gratuita com o tema "Crises Ambientais: A Era do Antropoceno". A palestra será durante o I Circuito Oline SIAMB, uma iniciativa da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), em alternativa ao cancelamento do Simpósio Ambiental UFU, que seria realizado presencialmente em maio de 2020.

Liz-Rejane Issberner é pós-doutora pelo Institut de Recherche pour le Développement (IRD-Paris) e doutora e mestre em Engenharia de Produção pela COPPE/Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A professora tem se destacado pela forma como trabalha o termo antropoceno nas Ciências Sociais e Humanas, especialmente depois do lançamento do livro “Brazil in the Anthropocene. Conflicts between predatory development and environmental policies” (em português: Brasil no Antropoceno. Conflitos entre desenvolvimento predatório e políticas ambientais), em 2017.

Como explica Liz-Rejane, o “antropoceno” desafia as Ciências Sociais e Humanas. De maneira didática, ela explica que o termo “antropoceno” advém do fato de “que o ser humano conseguiu uma força capaz de transformar a natureza, o que antes só acontecia, por exemplo, quando caía um meteorito ou um vulcão causava uma grande explosão. A partir da Revolução Industrial, o ser humano passou a ter essa capacidade: ele interfere no ar, no oceano, na emissão de gases, entre outros”.   

Durante a palestra, Liz-Rejane discutirá questões como: o que é o antropoceno e sua importância, as implicações do antropoceno para os seres humanos, as emergências climáticas e a desinformação e as ações do Estado.

O evento será 100% gratuito e haverá emissão de certificado. Em caso de dúvidas, os interessados em participar do evento devem entrar em contato pelo e-mail simposioambiental.ufu@gmail.com ou pelas redes sociais do Simpósio Ambiental UFU.

As inscrições podem ser realizadas por meio do seguinte link: https://forms.gle/533MGJEwq7fzQxPVA.

Se quiser conhecer mais sobre o tema “antropoceno”, clique aqui para ler um artigo de autoria da professora Liz-Rejane Issberner.


Patrícia Osandón
Núcleo de Comunicação Social do Ibict

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O campo das Humanidades Digitais motivou a realização do I Seminário Internacional Remoto do Laboratório em Rede de Humanidades Digitais (LARHUD), no dia 13 de maio. O seminário on-line, intitulado “Experiências do Sul Global em Humanidades Digitais: abordagens críticas, comparativas e metodológicas”, reuniu especialistas da Argentina, Austrália, Brasil e República dos Camarões, para discussões acerca das metodologias empregadas e o pensamento crítico sobre o impacto, urgência e desdobramentos dos recursos computacionais na produção do conhecimento em Humanidades.

O Seminário foi realizado pela Coordenação de Ensino e Pesquisa, Ciência e Tecnologia da Informação do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (COEPE/Ibict), sob a supervisão do professor Ricardo Pimenta, coordenador do LARHUD, e integrou as ações de celebração dos 50 anos do PPGCI/Ibict/UFRJ.

Representando Cecília Leite, diretora do Ibict, o professor Gustavo Saldanha, coordenador do PPGCI/Ibict/UFRJ, disse que o seminário fez parte das várias ações do Ibict em políticas de inovação no país. “Entre essas ações, estão as políticas de enfrentamento à pandemia da COVID-19, que já é um dos maiores problemas da nossa geração. Como parte das ações do cinquentenário do PPGCI, o evento foi fundamental para pensar nosso papel ontem, hoje, e amanhã, especialmente diante do atual contexto mundialmente enfrentado”, afirmou Gustavo Saldanha durante a abertura do evento online.

A gravação do evento já está disponível ao público. Confira abaixo as palestras disponíveis:

* Abertura, com Gustavo Saldanha (IBICT; coordenador PPGCI/Ibict/UFRJ)
* Humanidades digitais e ciência da informação: práticas laboratoriais em inform(ação), com Ricardo M. Pimenta (IBICT; PPGCI/Ibict/UFRJ - Brasil)
* Humanidades Digitales: apuntes desde el Sur del Sur Global, com Gimena del Rio Riande (HD CAYCIT LAB/CONICET; UBA - Argentina)
* Digital Hijras: Intersex/tions of Queer and Postcolonial Digital Humanities, com Rahul K Gairola (Murdoch University - Austrália)
* Digital-Spatial Histories: Contesting Colonial Spaces of Interrogation, Massacre, and Counter/narrative, com Ethan Blue (Murdoch University - Austrália)
* Can Digital Humanities Help to Reshape the Agenda of Knowledge Production in the Humanities and Social Sciences in Africa?, com Emmanuel Ngué Um (Yaoundé I University - República dos Camarões)
* Creating a graduate program in Digital Humanities: The UFRRJ´s experience, com Alexandre Fortes (IM/UFRRJ - Brasil)
* Debate
* Fim da transmissão

O vídeo está disponível integralmente no Youtube. Para assistir, clique aqui.


Patrícia Osandón
Núcleo de Comunicação Social do Ibict

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